Capitulo 17

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Bianca Santana.

Os dias ao lado de Alana e Breno foram os melhores, mas ainda sim senti falta do Ian por esses dias. Ele bem que queria me visitar, mas como minha mãe precisou trabalhar ele não pode vir aqui. Ainda estaria cabisbaixa se não fosse pela mensagem dele ontem a noite avisando que viria aqui me ver e que era pra mim espera-lo na varanda da minha casa, na cadeira de balanço da minha avó. Eu ainda não entendi o porque disso, mas como estou com saudades dele vou contar os minutos para isso acontecer. Também conversei com Sindy essa semana, e apresentei Aly (Alana) para ela. As duas se deram bem logo de cara e ficaram repetindo na minha cabeça o tempo todo como eu e Ian somos um belo casal. Será que ela acha o mesmo ? Ou será que ele nem liga para isso ? Ah, porque estou pensando nisso também, isso nem deve ser coisa importante pra ele. Eu via como ele reagiu quando a Fernanda falou de nós como um casal, e eu não vi nenhum sentimento expresso pelos olhos deles. Mas, prefiro dormir e sonhar do que pensar nisso. Dei um ultimo olhar para a flor que recebi dele assim que acordei no hospital e cai no sono profundo.

[...]

Estava sentada na varanda da minha casa com a flor que Ian tinha me dado quando acordei no hospital. No inicio achei essa historia meio louca, dar uma flor a uma amiga. Ah mas se ele soubesse o que realmente esta flor significou pra mim, ele não teria usado o termo "uma flor bela, para uma bela amiga" , eu fiquei tão emocionada com esse gesto. Quando ele se aproximou de mim no colégio imaginei que ele só queria me zoar como a irmã dele Clara Bitencourt, mas ele se mostrou tão prestativo que eu não imaginava mudar tanto com a proximidade dele. Antes, meu sentimento era somente carnal e isso era bom, pois era algo fácil de se controlar, como por exemplo sorrir e suspirar quando ele anda pelos corredores azuis do nosso colégio, mas agora é bem mais intenso e incompreensível, algo que eu nunca senti antes e isso me assusta de certa forma e o medo de estar confundindo as coisas me da um frio muito agonizante na espinha.

Mas agora estou eu aqui sentada no balanço antigo que tem na varanda da minha casa que minha mãe colocou logo depois que minha avó (mãe dela) faleceu. E nunca mais tirou, estou com um shorts desfiado, uma blusinha branca de alça e sapatilha preta, meus cabelos escuros soltos e um lápis de olho e um rímel, estou simples mas espero que ele não repare. Vejo sua moto se aproximando, ele esta com outra rosa e eu começo a sentir meu nervosismo, minha mão começa a soar e eu estou com os pés inquietos querendo corre ate onde ele esta e abraçar e beijar ele como sempre sonhei.

- Olá Bia, como você esta linda. – Ela fala sorrindo e eu sorrio sem nenhuma dificuldade. Então ele me estende a rosa. – Pra você lindinha. – Ele fala sorrindo pra mim com aquele rosto lindo.

- Obrigada Ian, sempre galanteador... Você também ta muito bonito. – Falo sorrindo de alma, corpo e coração. Ele parece entender e me abraça, e nossa como ele ta cheiroso e lindo. Ele vestindo uma camiseta azul que caiu perfeitamente nele deixando a mostra pouca coisa da musculatura e mesmo assim desejaria que fosse mais, esta com uma bermuda jeans e um tênis muito bonito.

- Podemos nos sentar, quero ficar mais à-vontade pra falar com você linda. – Ele fala me olhando e me parece nervoso.

- Claro, aconteceu algo ? Você me parece nervoso... – Falo achando isso tudo muito estranho.

- Esta sim, mas não sei como falar... – Ele me olha como se pedisse conforto, e como não sei o que fazer apenas sorrio e aceno com a cabeça positivamente pra que ele tome a iniciativa de falar o que ele quer falar. – Bom, não sei se sabe mas eu não tenho tido bons dias nem no colégio, nem em casa e agora nem no meu coração. Minha irmã desde que descobriu que eu estava falando com você fez questão de fazer da minha existência um inferno... – Ele faz uma pausa e eu fico inquieta e com vontade de bater muito nela. – Mas enfim, meu coração ta muito inquieto nesses últimos dias, e eu sei que isso só começou depois que começamos a conversar. Não sei se você sente o mesmo mas se eu não falar vou ficar com isso na minha garganta e no meu coração... – Ele para e me olha no fundo dos meus olhos e meu coração já dispara só de imaginar o que é de tão importante que ele nem consegue falar de uma vez.

Transcendendo LimitesOnde histórias criam vida. Descubra agora