Transcendendo Limites

Bônus Alana

Alana Vitoria

Antes de mais nada vou me apresentar, por favor não riam em. Meu nome é Alana Vitoria, eu sei não queria ter dois nomes, mas mamãe insistiu em colocar meu nome de Alana e meu pai queria Vitoria, ai já viu né. Mas mesmo com esse nome (que eu não gosto nenhum pouco) eu os amo muito.

Desde quando entrei no Colégio Rio que conheço Breno, na verdade nos conhecemos no dia do simulado para ganhar a bolsa. A cada ano o colégio oferece dez vagas para bolsistas, cinco feminina e cinco masculina. Breno acabou caindo da minha sala e como acabamos a prova quase juntos, saímos para ir lanchar no pátio onde começamos a conversar e descobrimos que moramos na mesma rua e nossas mães trabalhando juntas na empresa. A mãe dele era secretaria do dono e a minha era do RH. A partir dai a amizade só aumentou. Saiamos juntos e descobrimos juntos que estávamos dentro e na mesma sala. Parecia até que nos conhecíamos a anos e não a menos de um mês. Isso estava bom, até entrarmos de fato no colégio.

Tudo mudou, ou melhor eu mudei, depois de colocar os pés dentro desse colégio. Muitos acham clichê, mas foi a primeira vista. O amor, a atração, a paixão, o desejo, tudo foi a primeira vista, o primeiro olhar que eu coloquei nele. Claro que foi somente da minha parte, e isso começou a gerar conflitos entre mim e Breno, que vivia me xingando por gostar de um cara tão bacaca como Guilherme Brandão. Sempre quis confronta-lo e perguntar porque tanta raiva de um carinha que ele nem conhece, mas sempre era interrompida pelo andar descontraído dele no pátio tendo toda a minha atenção e quando notará a minha volta novamente, Breno já não estava mais lá. Isso se perdurou por mais ou menos uns seis meses até que eu e Breno tivemos uma conversa séria, onde eu definitivamente o magoará bastante.

- Flash Back on -

Estava puta da vida com a falta de consideração de Breno comigo. Poxa, já não bastava o garota nem se quer saber que eu estudo na mesma sala que ele ? Breno ainda tinha que ficar jogando na minha cara que ele nunca iria olhar pra mim ? Essa frase realmente foi, pra mim, a gota d'água. Essa conversa não vai passar de hoje. Caminho em passos largos até a casa de Breno tocando sua campainha insistente até ele sair para me atender. De primeira tive um relapso de atenção. Ele estava sem camisa, cabelos molhados e assim que me viu abriu um sorriso tão lindo que quase(vejam bem, QUASE) me fez esquecer o que realmente vim fazer aqui.

- Hey Lana, entra ta aberto.. - Disse ainda sorrindo. Continuei sem expressão nenhuma passando pra dentro do seu portão e caminhando até a porta onde ele ainda se encontrava parado, e ainda sem camisa(alguém pode pedir, por favor coloque a camisa) assim fica dificil. - Aconteceu alguma coisa ? - Perguntou assim que fechou a porta depois de entrarmos.

- Sim, quero conversar com você Breno. - Acabei sendo um pouco mais seca do que realmente queria ser, mas eu era assim mesmo, explosiva.

- Ok, senta ai. Vou no qaurto colocar uma camisa. - Falou sumindo pelo corredor. Não demorou nem um minuto e ele já estava de volta com uma camiseta e os cabelos mais secos.

- Vou ser bem direta. Qual é o seu problema ? - Fiquei o encarando esperando uma resposta que não veio. Resolvi ser mais clara um pouco. - Qual seu problema comigo ? Faz seis meses que estamos estudando juntos e você simplesmente parou de ir comigo para o colégio e agora nem me espera mais pra entrar na sala, e ainda tem dias que nem olha na minha cara. - Digo aspera, jogando tudo pra fora.

- Então acha realmente que o problema sou eu Alana ? - Pergunta erguendo a sobrancelha.

- E qual seria o problema então ? - Falo o encarando da mesma forma.

- Alana você não vê aquilo que esta debaixo do seu nariz.. Ainda mais se tratando do Guilherme que é tão obvio.. - Ele bufa.

- Então só porque tenho uma queda pro Guilherme você vai mudar comigo ? - Pergunto completamente ofendida.