Vermo e Caih estavam distraídos até que Luna chegou onde estavam sentados e começou a falar com eles sobre como seria essa tal Terra.
Ela dizia que a Terra seria um lugar cheio de pessoas cor de arco-íris. Luna era tão sonhadora quanto Caih era tímido e distraído. Vermo percebia que enquanto Luna falava, Caih tinha um brilho nos olhos. O que era impressionante, aos olhos de Vermo. O amor era mesmo algo lindo. Isso o fazia lembrar-se de Helena, a namorada que ele deixou em casa. Ele ficaria muito feliz em partilhar esse momento com ela. Quando olhou no relógio percebeu que já haviam passado os cinquenta minutos e que eles estavam a pouco tempo de criar história.
– Pessoal, está na hora de irmos á Terra. – gritou Vermo. – essa é pra você, Helly – ele sussurrou pra si mesmo.
Todos se juntaram e deram as mãos em um sinal de união. Então Brya se encaminhou a porta. Como a criadora da ideia, ela deveria ser a primeira a conhecer o novo mundo. Brya se preparou pra abrir a porta e ver o caos que havia expulsado os humanos da Terra. Ao abrir a porta, o maior choque: Um mar de aguas verdes e azuis, nada mais do que mar.
– E agora? Vamos nadar? – Vermo tentou ser o mais cômico possível, diante a situação.
– Vamos remar. – disse Brya com determinação.
– Mas como vamos fazer isso? E como vamos tirar a cápsula dessa pedra? Porque caso vocês não tenham percebido, caímos em uma pedra enorme e depois dessa pedra, parece uma imensidão de água. – Luna falou com medo.
– Calma. A julgar pelo movimento dessas aguas, sairemos daqui sozinhos, e depois remaremos com tudo o que tivéramos até avistarmos terra. – disse Vermo com confiança.
– Mas e se demorarmos horas? Dias? Meses? Séculos? Não temos comida o suficiente pra isso. O que vamos fazer? – Caih disse como sempre desesperado.
Luna o abraçou e o acalmou. Depois disso ele teve certeza que tudo ia ficar bem. Para Vermo, chegava a ser interessante ver aonde iria à relação do inseguro e desesperado Caih e da louca e sonhadora Luna. Vermo foi se sentar para esperar alguma onda os tirar de lá, e logo os outros o seguiram e cada um se sentou em um lugar, pensando coisas aleatórias, mas todas focadas em uma coisa: o novo mundo. Caih pensava como iriam sobreviver, sem comida, sem água potável. Pelo menos tinham ar puro, era um bom começo. Luna pensava em tudo, absolutamente tudo. Desde se haviam humanos na Terra, até quantos olhos eles teriam. Maureen pensava em como fazer todos a obedecerem, ela já não aguentava ser mandada por Vermo, 'só porque ele é velho, acha que pode ser meu pai. ' Pensou Maureen com raiva. Gotham, Dylan e Brya só pensavam em uma coisa: como resolver a tal questão de sentimentos. Passaram cinco minutos sentados até que sentiram um movimento forte e saíram do lugar, Vermo olhou pela viseira e havia saído da pedra e sido empurrados muito a frente. Ao menos a onda ajudou.
– Vamos remar então, amigos. – Disse Vermo animado.
Todos pegaram um pedaço de ferro qualquer, abriram o compartimento de dispensa de lixo e começaram a remar enquanto Gotham ficava nos comandos, os dizendo se havia algum sinal de Terra. Remaram por trinta minutos, e quando Brya já estava se cansando, Gotham gritou 'Terra a vista. ' Todos se empolgaram e remaram ainda mais rápido até sentirem encostar-se a areia. Não era como nada já visto em Pani, uma areia fina e bem amarela. Largaram os remos e foram em direção à porta, um por um foram saindo e pegando na areia para sentirem-na escorrendo pelos dedos. E logo que olharam para seu horizonte, viram muitas árvores, milhares delas. E logo ao lado, ruínas do que parecia ser um castelo. As ondas batiam nessas ruínas, mas elas não pareciam se destruir, eram muito resistentes. E atrás das ruínas, mais floresta. Ficaram maravilhados com a paisagem. Quando saiu da nave, Brya tirou os sapatos e correu pela areia, sentindo a maciez e a beleza do lugar. O ar era naturalmente puro, não precisava ser purificado com condutores como em Pani. E ao olhar para detrás da nave, viu a imensidão das águas, pareciam não acabar nunca. Era tudo tão lindo, melhor do que lhe contavam. Quando era pequena, sua mãe lhe contava das aventuras de seu pai, e ela sonhava com isso. Certo dia sonhou que encontrava seu pai em um lugar todo branco. Sua mãe lhe disse que o nome que se dava era neve, e soube disso quando seu pai lhe chamou de Branca de Neve. Ela corria e brincava com o pai, foi o momento mais feliz de sua vida. Pena que foi só um sonho.
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/NEWORLD/
Science FictionHá anos, a Terra foi devastada por um acidente científico, que junto com várias causas a tornou inabitável. Para tornar a humanidade próspera de novo, os cientistas acharam um novo planeta recentemente instalado na orbita da Terra - Panichulous 365...