Gotham entrou no carro e partiram em direção ao Centro de Pesquisas Montheith. Uma faculdade renomada e conceituada, reconhecida pelos ótimos alunos e suas ótimas notas.
Era fácil achar alguém que se interessasse em ir para a Terra, mas difícil era achar alguém que estivesse preparado. Eles chegaram e foram visitar Karyn, tia deles que trabalhava na faculdade como sub-reitora. A desculpa era perfeita: era natal e eles eram a família dela. Os deixaram passar após Karyn os reconhecer, foram ao dormitório dela nos fins de semana, cumprimentaram- na e perguntaram sobre os alunos e o quão bons eram nas áreas necessárias para a equipe ser formada. Karyn, após muita conversa – ela adorava falar sobre seu trabalho e sobre como era satisfeita – deu nove nomes: Dylan e Raion, engenheiros, Jory mecânico, Anuya, Luna e Caih formados em medicina, Cato e Vermo soldados aposentado que resolveram estudar agronomia por que tinham esse sonho desde criança, e Maureen, formada em direito e leis. Esses eram os orgulhos da Dr. Karyn. E foram muito bem ouvidos e anotados por Gotham enquanto Brya fingia estar interessada e tirava mais informações. Após descobrirem as salas e informações, resolveram voltar no dia seguinte, para planejarem tudo. Na volta para casa, passaram num café, dentro havia fotos de bonecos de neve e pessoas sorrindo. Brya olhou para as fotos e sentou numa mesa, Gotham sentou e Brya pegou em sua mão.
– Nós nunca vimos um, nem sequer fizemos um... – disse Bryan, com voz de pesar, o que deixou Gotham com muita dó.
– Bry, a gente vai pra Terra! Lá você vai ver de tudo um pouco. Lá você vai ver suas origens, vai saber tudo o que sempre quis. Até eu vou realizar um sonho pessoal de banhar na chuva. Mas só depois de saber porque os humanos vieram morar aqui. A Terra parecia o melhor lugar do mundo. – disse Gotham, animando Brya.
– Espero Got... Espero. Mas meu querido Gotham, citando um conhecido escritor de antigamente na Terra, "Existem mais coisas entre o Céu e a Terra do que se supõe nossa vã filosofia". Um dia descobriremos todos os mistérios. – disse Brya.
– Espero Bry, espero! Mas enquanto espero, vamos para sua casa? Tia Clace deve estar fazendo o melhor jantar do ano. – disse Gotham levantando da cadeira.
– Não vamos pedir nem um café? – perguntou Brya desanimada levantando da cadeira.
Gotham foi até o balcão e pediu dois com chantilly e baunilha. Ele sabia que eram os preferidos de Brya. Entregou o café para ela e abriu a porta do carro do passageiro. Dessa vez, Gotham iria dirigir.
– O que aconteceu com o Gotham, garoto legal? – disse Brya rindo.
– Oh, minha querida, Gotham está apaixonado, foi se internar numa clinica de sanidade mental, ele me disse "o amor é uma doença, o amor é uma loucura." E me deixou aqui tomando conta de alguém que ele gosta muito. – disse Gotham, fazendo um sotaque diferente do que possuía.
– Ah, já estava na hora, aquele garoto era mesmo louco. – disse Brya.
– Vai falar mal de mim pro meu outro eu quando eu não estou aqui? – disse Gotham, tentando parecer bravo, e falhando.
– Você realmente precisa se internar Got. – disse Brya, fingindo estar assustada.
– Mas o que eu falei sobre amor é serio, e sobre você também... – disse Gotham abaixando a voz.
Brya pegou um cd de um artista de muito tempo atrás, chamado Sam Smith, ela era fã. Colocou a música Make It To Me no rádio.
– Gotham... – disse Brya.
– O que foi Bry? – perguntou ele, nervoso.
– Eu te amo, e não ligo mais se pela lei somos primos. Eu te amo. – disse Bry, pegando na mão de Gotham. Gotham nunca pensou que seria tão fácil fazer Bry reconhecer que eles se pertenciam depois do que aconteceu no natal passado. Ele e Bry sempre tiveram uma relação intensa. Desde os onze anos, quando se beijaram pela primeira vez, com os hormônios a flor da pele, sentiram algo diferente. A família sempre achou que fossem melhores amigos, mas eles sabiam quem era algo mais, porém no natal passado as coisas esfriaram. Gotham estava há um mês na prisão e foi liberado para o natal, porém sua recepção não foi tão boa. Todos estavam chocados com o que ele havia feito e o trataram como um convidado que alguém da família trouxera. Menos Jessica. Sua avó o fez se sentir querido quando todos da família tinham medo dele. Nesse dia de natal, ao terminar a ceia, Gotham foi se deitar e assistir no quarto de visitas enquanto os outros primos estavam jogando basquete, e viu alguém entrar pela porta. Pensou ser Brya, ele não a tinha visto o dia todo desde que chegou. Mas não era. Era Tatiana, prima deles. Ela entrou e trancou o quarto, e começou a fazer o que todos os primos adolescentes com hormônios fervendo fazem quando ficam trancados sozinhos num quarto escuro. E Brya entrou justamente na hora. Ela nunca contou para ninguém sobre isso, prometeu para os dois, e prometeu a si mesma também não sentir mais nada por Gotham. Mas isso era difícil demais de segurar, ou negar. Com Gotham ao seu lado, tudo o que ela queria era agarra-lo e possui-lo, como Tatiana fez, porém não por vingança, por querer fazer o que Tatiana fez, pelo seu ego. Mas sim porque amava Gotham e não conseguia negar isso. Na hora em que Gotham ia passar sua mão pelas pernas de Bryam talvez começando algo que os dois desejavam intensamente, o celular de Brya tocou. Era Jessica. Mas ela não atendeu. Jessica provavelmente só queria falar sobre seu ego ou sobre como a comida estava deliciosa e ela era quem havia ensinado Clace a cozinhar.
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/NEWORLD/
Science-FictionHá anos, a Terra foi devastada por um acidente científico, que junto com várias causas a tornou inabitável. Para tornar a humanidade próspera de novo, os cientistas acharam um novo planeta recentemente instalado na orbita da Terra - Panichulous 365...