Capítulo 7: Conselho De Pai

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Brya acordou com o som de batidas na porta, se assustou, mas percebeu que seus colegas deveriam ter voltado. Gritou que já iria e foi no banheiro se ver, o rosto ainda estava um pouco inchado e vermelho, mas ela poderia dizer que estava dormindo há bastante tempo e por isso estava assim. Decidiu não acordar Gotham, se acordasse, sabe-se lá quando ele dormiria de novo. Ao abrir a porta, viu Maureen, com aparência péssima e desidratada se apoiando em Raion que estava com as bochechas coradas pelo sol. E atrás Dylan, com uma cara derrotada. Ela abriu passagem para eles passarem. Dylan foi para o banheiro e Raion foi buscar comida e água para Maureen. Ela se sentou com Maureen no sofá e tentou iniciar uma conversa.

– O que aconteceu? – disse Brya, feliz por ver a amiga de novo.

– Nada não. – Maureen respondeu secamente, olhando fixamente pra frente. Ela entendia que Brya não tinha culpa, ela nem sonhava que Dylan e Maureen já tiveram algo. Mas mesmo assim, só por estar com Dylan, Maureen já não gostava dela.

– Mas, por que você sumiu? Você foi levada? Te mandaram ir pra algum lugar?

– Não, eu só quis sair pra ver o lugar.

– Quando você saiu? Porque eu acordei com o sol e você não estava aqui.

Então eles ficaram juntos até o sol nascer? Pensou Maureen, e sentiu mais raiva.

– Sai quase depois que conversei com você.

– Estava sem sono?

– Sim.

Brya falou o quanto era perigoso ficar sozinha nesse lugar que ninguém conhecia e outras coisas, mas depois que Raion trouxe comida, Maureen não ouviu mais nada. Acordou de seu transe depois que Dylan falou.

– Vermo, Caih e Luna ainda não apareceram?

– Nenhum sinal – disse Brya

– Deveríamos procura-los. – disse Raion

– Acham uma, perdem três. – disse Maureen, rindo. – Vou com vocês, só esperem eu terminar de comer. – disse ela, tentando concertar depois que viu que estavam realmente preocupados. Mas ela não tinha visto perigo nenhum naquela floresta. Ou talvez estivesse pensando tanto em Dylan que havia se esquecido de prestar atenção em qualquer outra coisa.

Quando Vermo percebeu que estavam perdidos, não queria falar. Mas sua expressão de medo demonstrou. Luna instintivamente abraçou Caih. Ele se surpreendeu. Talvez nunca havia visto Luna com tanto medo pra abraça-lo. Mas correspondeu o abraço.

Vermo pensou no que faria. Lembrou-se dos sinalizadores que mandara todos colocarem na mochila. Na hora em que apertou e soltou, brilhou no céu escuro um carnaval de luzes e fez um barulho ensurdecedor. Ele usou o segundo e o terceiro. Esperava que ajudasse. Enquanto esperavam, ele resolveu pegar madeira e acender uma fogueira, porque já estava muito escuro. Luna e Caih o ajudaram e acenderam o fogo. Ao sentar ao redor da fogueira, Caih pareceu hipnotizado com o fogo, e Luna se deitou para olhar as estrelas.

– Descobrimos o fogo! – Vermo zombou de Caih ao ver ele hipnotizado olhando as chamas.

– Ah, que maravilha! – Caih riu. – Só estou me lembrando de algumas coisas.

– Do quê? – Vermo pareceu uma criança com sua curiosidade e animação.

– Nada. – Caih fechou os olhos para de distrair das lembranças.

– Ah, esqueci que você é um daqueles animais antissociais que só saem à noite pra caçar e de dia ficam na toca.

Caih riu bem alto.

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