Quando uma flecha acertou o braço de Caih, souberam que era a hora de recuar. Vermo gritou para que todos se retirassem quando as fechas pararam de ser atiradas e o portão abriu lentamente. A abertura revelou toda uma vila. Havia árvores perto do portão e uma estrada que dava para várias pequenas casas. Virando a esquerda havia um rio e seguindo direto um grande castelo com as inscrições "MM" e bem á frente do portão aberto um homem com um uniforme preto, blusa com mangas longas e calça camuflada. Esse homem deu uma sensação á Brya de que ela já o conhecia, ele tinha olhos azuis confiantes que os lembravam o dela. Tinha um cabelo negro como os olhos de Dylan e ondulado como o dela. Sua postura era de comandante. Ele tinha dois homens armados com o que pareciam pistolas ao seu lado. Caminhou até onde o grupo estava e estendeu a mão. Vermo pegou sua mão e apertou. Pelo menos alguém entendia de diplomacia, pensou ele.
– Viemos em paz. – Vermo disse pausadamente.
– Que bom para vocês. Considerando as armas, temos muitas e vocês não parecem ter nenhuma. Se viessem atrás de encrenca, não seria um sucesso. – O Homem respondeu.
– Você entende minha língua? – Vermo ficou impressionado.
– Sim, aprendi há tempos, quando ainda era criança. Sou o general Calis C. Matarse, aliás.
– Bem, essa é a equipe. – Ele apontou um por um – Essa é Brya, a menina que nos incentivou a vir para cá. Esse é Gotham, nosso gênio da computação. Esse é Dylan, mecânico e pessimista. Esse é Raion, engenheiro. Essa é Luna, que se formou em medicina, junto a Caih. Essa é Maureen, formando-se em leis e direitos. E eu sou Vermo, ex-soldado e futuro agrônomo.
– É um prazer. Sejam bem vindos. Essa é a aldeia Meia Lua. Podem entrar. Desde que não comem carne humana, aqui é a casa de vocês.
– Comer carne humana?
– Vocês notaram que havia outro caminho ao virem para cá, correto? Com certeza escolheram o certo. Se tivesse escolhido o caminho da direito, estariam sendo devorados por canibais agora. Mais tarde explico melhor, agora vejo que o amigo de vocês, Caih certo? Ele está com uma flecha no ombro, que deve ser retirada logo, ou vai infeccionar. Nossas pontas de flechas são carregadas de um veneno que paralisa a região que a flecha acerta. Vamos, os acompanho até a enfermaria.
Todos seguiram Calis pelo caminho direto ao castelo MM. Calis mandou abrirem o portão e uma ponte levadiça desceu para que eles pudessem passar. Ao adentrarem o castelo viram o enorme pátio, onde cinco mulheres e seis homens treinavam com arcos e flechas, pistolas, espadas e bonecos de luta. Raion ficou entusiasmado, sempre sonhou em vir a um lugar desses e treinar algo assim, mas pensou que só existiam em filmes. E parecia que o pátio na acabava mais, e havia outro bem depois. Calis virou a esquerda e abriu as portas de um enorme hall, que se parecia com a sala de espera de um hotel, com menos luxo. Mas bem maior no tamanho, e então foi até uma porta e passou pela cozinha.
– Desculpem termos que usar esse caminho e passar por aqui. Hoje é dia de treinamento e se passássemos pelo pátio, não sairíamos vivos. – Comentou Calis.
Então passaram direto e adentraram a enfermaria, um lugar com vários leitos e banheiros.
– Caih pode ficar aqui, o resto de vocês vá direto e abra esta porta á sua direita. Esperem-me aí. Vou chamar uma cuidadora e já vou. O pessoal seguiu e deu de cara com uma sala enorme, com uma mesa enorme e várias cadeiras. Uma janela em que se via só floresta. E uma porta á direita.
– Que lugar enorme. E a gente naquela cápsula com três quarto minúsculos. – resmungou Maureen.
– Eles se viraram bem depois do desastre. – comentou Raion.
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/NEWORLD/
Fiksi IlmiahHá anos, a Terra foi devastada por um acidente científico, que junto com várias causas a tornou inabitável. Para tornar a humanidade próspera de novo, os cientistas acharam um novo planeta recentemente instalado na orbita da Terra - Panichulous 365...