No primeiro capítulo que publiquei aqui, intitulado "A descoberta", disse que não considero o bdsm como um fetiche e sim como um modo de vida. Mas há vários fetiches e várias fantasias dentro do bdsm.
O fetiche representa um comportamento específico que encontra prazer em certas atividades, objetos ou partes do corpo e a fantasia representa o ato de imaginar uma situação que causa prazer.
Todos têm uma fantasia, um fetiche ou ambos. Bom, pelo menos a maioria das pessoas. E alguma fantasia ou algum fetiche desempenha um papel mais importante para cada indivíduo. Alguns são mais fortes e provocam sensações mais intensas que outros e são nesses que costumamos nos definir. Mas as vezes explorar diversas situações oferece um novo olhar para a nossa própria personalidade.
Sabe aquelas famosas frases que dizem: "O que é proibido é mais gostoso" e "O medo de ser pego aumenta o tesão"? Acontece que algumas pessoas se sentem muito mais estimuladas nessas situações do que outras. Eu me enquadro nesse grupo de pessoas e descobri isso experimentando. Se lembram do capitulo intitulado "O amigo"? Após refletir sobre toda a história (que talvez eu conte em outro capítulo futuro), percebi que o que me fez agir desde o começo de forma mais imprudente que o comum foi o meu fetiche extremamente forte de exibição e a fantasia de a qualquer momento alguém vislumbrar aquela cena. Isso foi explorado perfeitamente por meu amigo. Desde o começo ele explorava isso em mim, não sei se por ele também ter esse fetiche ou por perceber que eu tenho, antes mesmo de mim, ou se foi a mistura das duas alternativas anteriores. Acho que a terceira alternativa é a que melhor define. Devo dizer que tenho muito a agradecer a ele, tanto por me proporcionar aquela experiência, tanto por me ajudar no processo de autodescobrimento.
Um fetiche secundário que tenho é em mãos. Observo as mãos dos homens ao meu redor e, caso ela seja atraente para mim, fantasio-a percorrendo meu corpo, arrepiando toda a minha pele, me fazendo gemer, e isso é suficiente para me fazer molhar a calcinha.
Para mim os fetiches estão altamente correlacionados com as fantasias. É como se a fantasia fosse o complemento do fetiche, aumentando sua capacidade de proporcionar prazer. É por isso que os dois devem ser explorados juntos.
Digo isso por que já experimentei sexo em lugar público algumas vezes, mas a sensação não foi tão intensa quanto foi no local que eu realmente poderia ser pega. A fantasia complementou o fetiche e aumentou meu tesão.
Já passei por outras situações relacionadas. Em um ônibus, com vários conhecidos, um amigo X acariciava minha bunda enquanto eu tentava fingir que nada estava acontecendo e estava absurdamente excitada, ainda mais quando ele colocou a mão por dentro da calça e ficou me provocando. Ele descia um dedo pelo centro da minha bunda e subia, me deixando agoniada. Passava o dedo por cima do laço da calcinha, no dia eu estava com um fio dental, apesar de não gostar muito de usar. Apesar de já ter acontecido esse tipo de situação antes, só fui parar para pensar no motivo depois do episódio do amigo, que foi o único que o sexo de fato aconteceu aliado ao fetiche e a fantasia.
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Relatos reais de uma submissa
Non-FictionIrei publicar aqui algumas de minhas experiências como submissa e masoquista. Escreverei também sobre como me sinto ou me senti em determinadas ocasiões e principalmente como me sinto sendo puramente quem eu sou.