22 || Callum

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Capítulo tá extenso, várias coisas vão acontecer. Enfim, algo que se passa se não me engano bem no meio do capítulo pode gerar várias dúvidas mas acho importante já esclarecer agora: tudo será bem explicado nos próximos capítulos. Relembrando que é só uma história... algo fictício. Boa leitura!!

Dividimos o plano em etapas. A primeira é: botar fogo no depósito. Ninguém pode saber sobre o nosso furto. Frances dissera que havia galões de gasolina no andar superior, pois algumas armas precisavam. Encontro-me segurando dois galões e espalhando o líquido pelo chão e por todos os cantos do local. Inclusive, nos corpos dos soldados mortos. Não sei como começaremos o fogo ao certo... Frances dissera que daria um jeito nessa parte. Frances e fogo: posso confiar nessa união perigosa?

— Pronto? — ela questiona aproximando-se e jogando um galão vazio para longe, há outro galão cheio em sua outra mão.

Nós dois, antes de começarmos a encharcar tudo com gasolina, trocamos de roupa colocando uniformes - os que menos estavam ensanguentados - dos soldados, também usamos blusas para tentar tirar o sangue dos nossos rostos e de partes do nosso corpo. Por mais que Frances tivesse tirado o sangue, o rosto dela está roxo pelos socos e seu ouvido teima em sempre sangrar, a garota continua usando seu disfarce masculino. Vestir-nos como soldado faz parte do plano.

— Sim. — respondo sério enquanto também jogo um galão vazio.

Frances concorda com a cabeça indo até uma caixa de armas localizada bem no centro do depósito e a abrindo. A arma que ela pega é de tamanho médio e possui uma cor metálica, não sei ao certo porque ela pega mais uma arma. Já estamos devidamente armados. E então a garota, me deixando meio surpreso, coloca a arma em cima da caixa, Frances abre um compartimento no objeto, vejo a abertura no objeto mortal com o cenho franzido. A parte de botar fogo em tudo ficara sobre responsabilidade da Rebelde. Frances pega o galão e, abrindo-o, coloca o líquido dentro da arma. Ao terminar de fazê-lo a garota joga o resto da gasolina em cima de um soldado morto.

— Vamos dar o fora e botar fogo. — a Rebelde umedece seus lábios enquanto encara a arma metálica.

Saímos por uma janela no andar superior, fora preciso Frances me dar um rápido ensinamento de escalada para que eu pudesse chegar ao chão da Comunidade sem quebrar nenhum osso. Decidimos sair pelos fundos com medo do que pode nos aguardar na frente do depósito...

— E agora? — eu questiono aguardando o plano de Frances criar vida.

— Aquela arma, ela é auto-destrutiva, acionada por gasolina. Vai explodir e pegar fogo. Dez minutos para explodir. Agora são cinco. — Frances tem um sorriso vitorioso no rosto. — Vamos sair daqui.

Começamos a correr o mais longe possível do depósito. O uniforme é mais pesado do que o normal, assim como a arma que empunho nas mãos. Começamos a andar calmamente quando chegamos em uma área cheia de soldados. Agora vem a segunda etapa do plano: ir até outro depósito e achar outra passagem. A Rebelde me explicou que, provavelmente, eles devem ter fechado todas as passagens possíveis pela Comunidade, por isso que aquilo ocorrera... Entretanto, as passagens dos depósitos possuem os monitores... e Frances sabe como mexer neles. Mas, qualquer outra passagem, como a que usamos para vir até a Comunidade estão impossibilitadas de serem usadas. E há soldados rondando cada espaço da Comunidade... seria muito estranho ver duas pessoas usando passagens secretas naquele momento.

Escutamos uma explosão. Viro minha cabeça e consigo ver a fumaça e as chamas. Todos os soldados estão atônitos com o acontecimento. Ótimo. Uma forma de distração e, apesar de estarmos disfarçados, uma forma a mais para escaparmos imunes. Os soldados começam a andar até o local da explosão, eu e Frances permanecemos andando e seguindo em frente com a cabeça abaixada. Não queremos chamar atenção.

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