27 || Histórias

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Aviso: gente, eu tenho certeza que muitas pessoas não acompanharam a última atualização dos capítulos 25 e 26 porque eu os coloquei antes dos capítulos "aviso" e "desafio", o que foi errado de minha parte porque causou um pouco de confusão. Já arrumei e agora irei postar corretamente. Mil desculpas pela confusão.

Acordo de mais um sonho com Kennan. Demoro cerca de dez segundos para perceber que estou no meu dormitório na sede dos Rebeldes. Viro-me e vejo pela janela que está noite. Solto um suspiro, não sei mais por quanto tempo vou aguentar ficar na sede... olho ao meu redor, tendo uma visão geral de meu dormitório.

Foco minha visão no armário que está ligeiramente virado para a esquerda. Viro meu pescoço e franzo meu cenho. Tem algo errado, mais cedo quando me deitei o armário não estava nessa posição. Levanto-me e me encaminho até o local, meus pés, ao terem contato com o chão frio, suplicam pelo calor da cama. Paro em frente ao armário e o observo. Tiro os cabelos loiros que estão em frente aos meus olhos, estão crescendo novamente e, mais uma vez, não os cortarei. Olho para o chão. Está riscado... como se alguém tivesse empurrado o armário. Mais uma vez franzo o cenho. Seguindo os riscos no chão, começo a arrastar o armário. Quando o tiro de seu lugar, não resisto soltar um suspiro de exclamação. No chão há uma pequena câmera, reconheceria o objeto em qualquer lugar... é o mesmo equipamento de filmagem que é usado nos postos de vigias... o objeto é pequeno e possui uma cor preta que se infiltra facilmente em qualquer lugar. Engulo em seco.

A certeza torna-se algo assombroso: estão me vigiando. William está por trás disso. Oh cara... o que eu faço? Coloco o armário no lugar em que estava, a câmera volta a se infiltrar no móvel. Passo a fingir que não vi a tal maldita câmera... deve haver mais. Começo a, disfarçadamente, olhar tudo ao meu redor... as outras câmeras devem estar escondidas. Vou até o banheiro, ligo a torneira e lavo meu rosto, olho-me no espelho velho e sujo. Tem algo muito errado acontecendo. Sento-me na cama. Estão me vigiando... William sempre pareceu tão... hospitaleiro comigo.

Levanto-me e começo a sair do dormitório, não sei ao certo meu destino. Preciso espairecer e pensar sobre as coisas que estão acontecendo. Preciso me controlar... só até a missão, preciso descobrir minha origem e eu dou o fora... sim, estou usando os Rebeldes... e agora, tenho mais do que certeza que eles andam me usando também. As câmeras só podem ser obra de William, esse doido deve estar me espionando para saber mais sobre minhas ações... Entro no refeitório, tudo está escuro... a não ser por um canto ao qual consigo ver uma silhueta, o indivíduo está sentado em uma das mesas, noto quando me aproximo mais que a pessoa segura nas mãos uma lanterna. Meus pés fazem barulho suficiente para que o dono da lanterna a dirija para o meu rosto, fazendo com que eu bote minha mão em frente ao mesmo tamanha intensidade da luz.

— Ah... é só você! — reconheço a voz como sendo a de Matt, ele permanece dirigindo a lanterna para o meu rosto.

— Será que dá para tirar isso da minha cara, por favor? — digo fazendo uma careta e cerrando os olhos.

— Ah, me desculpe. — Matt coloca a lanterna em cima da mesa, ela é tão forte que ilumina metade do refeitório. Nem sei porque ao certo estou aqui. Sem nenhuma permissão ou aviso, sento-me do lado de Matt, o rapaz olha para mim. — Deixa eu adivinhar... não consegue dormir?

Olho para Matt e desvio meu olhar para os papéis que estão na frente dele. Concordo a cabeça.

— Você também? — pergunto cutucando minha pulseira de couro.

— Na realidade, estou morrendo de sono e não quero dormir. — Matt revela enquanto organiza os papéis em cima da mesa. Levanto uma sobrancelha.

— O que está tirando seu sono? — questiono. É claro que eu estou doido para saber qual o conteúdo das milhares de folhas que estão sobre a mesa em frente a Matt.

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