Capítulo 4

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"... uma necessidade insaciável por vingança torna um veneno que vai tentar sua alma e destruir sua vida..."

(Revelada)

5 meses depois

- MEREDITY! – grito pela casa atrás da Senhora Wugly. Depois que ela contou qual era seu nome, nunca mais deixei ela em paz. – MEREDITY, onde você está?

Passo correndo pelo hall e quase tropeço em Bale.

- OH! Senhor Bale, me ajude! Onde está a Senhora Wugly?

Ele ignora meus cabelos despenteados com minha correria.

- Penso tê-la o visto no jardim há poucos minutos...

- OBRIGADA! – o abraço rapidamente. Ele fica estático com meu afeto. Saio correndo rindo pela casa.

Passo pela cozinha e noto o cheiro da comida ainda sendo preparada. Desço os poucos degraus que me levam aos fundos da casa. De longe noto seu avental branco balançando com o vento.

- MEREDITY! – grito. Ela se vira e abana um braço para mim. Corro até ela.

Quando chego, estava ofegante. – Oh! Camile! Olha o estado de suas roupas... – ela tenta desamassar minha saia. – Oh! E seu cabelo... – ela balançava sua cabeça em desaprovação.

- Chega, Meredity. Deus escutou minhas preces!

- O que aconteceu?

- OLHE! – retiro do bolso do meu vestido um panfleto que encontrei na mesa de meu pai. Era um anúncio de que novas vagas para uma nova academia de treinamento para a guerra foi aberta.

- Meu Deus, Camile... E você está pensando...

- Em ir é claro! Vão embarcar no navio um dia depois do casamento de Filipe! Enquanto estão festejando eu partirei! Está tudo planejado, Meredity!

Ela suspira. – Doce Camile, são só homens que podem...

- Eu sei! E esse é o mais importante de tudo! Preciso de roupas masculinas...

Meredity me encara enquanto processa minhas ultimas palavras. Sua boca faz um perfeito O e logo seu rosto é tomado pelo vermelho.

- DE JEITO NENHUM, CAMILE! De todas as travessuras que já aprontou, em hipótese nenhuma você vai fazer isso!

- Por favor, Senhora Wugly! Preciso da sua ajuda! Dave precisa ser vingado...

- Só Deus faz...

- Não, Meredity! Não quero esperar o julgamento divino! Quero que ele seja vingado, não entende Meredity? – meus olhos ficam marejados. – Ele era meu irmão! Eu o amava mais que a mim mesma! Mais que todo mundo!

Ela me puxa para um abraço. Sempre vi Meredity como uma mãe para mim. Ela acaricia levemente meus cabelos. – Shh... Eu sei querida. A dor que carregaste em seu coração é imensa. Mas olhe...

Ela ergue meu queixo para encarar seus olhos. – Sabe que você arriscará tudo para fazer isso, não sabe?

- Sim, sei...

- Até mesmo a vida? Pese na balança, querida. Há muitos pontos que precisam realmente ser refletidos e estudados com cuidado...

- Já tomei minha decisão Meredity.

Vingança não vem com AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora