"Começou a desejar a estima dele, quando já não podia ter esperança de conquistá-lo."
(Orgulho e Preconceito)
Enquanto os dias voavam, a relação entre Connor e eu melhorou. Não sei como, mas eu suponho que quando ele ajudou a Senhora Wugly me responder uma carta... Foi no momento em que ele disse que era dela que meu coração começou a bateu mais forte quando eu o via. Qualquer lampejo. Qualquer objeto que poderia ser dele eu me pegava suspirando.
Às vezes ele roçava sua mão nas minhas, principalmente quando cozinhávamos. Quando íamos dormir, Connor insistia em me beijar, mas não conseguia. Eu o tratava diferente também e ele gostava. Na frente dos outros éramos Cameron e Senhor.
Uma vez quando estávamos tomando banho, Connor me abraçou por trás. Por alguns segundos eu fiquei tensa, mas quando ele beijou meu ombro eu amoleci. Toda vez ele inventava alguma desculpa para nós não tomarmos banho junto com os outros. Às vezes ele não dava para ir, mas não deixava ninguém chegar perto da área do banho. Uma vez perguntaram porque eu não tomava banho com eles, respondi com uma mentira dizendo que era envergonhado com uma cicatriz em meu peito. Era feia e elevada da pele, expliquei. Até ergui um pouco a camisa para ver minhas ataduras. Contei que minha mãe uma vez não agüentou minha arte e jogou água quente em meu peito e quando formou bolhas, ela jogou água com sal. Todos ficaram horrorizados, até sentiram compaixão. Fingi uma cara triste e até Connor me deu tapas em minhas costas para me confortar.
Quando fazia frio, Connor me chamava para dormir com ele em sua cama, eu hesitei nas primeiras vezes, mas logo ele me abraçou e dormimos assim algumas vezes. Era bom e quente... Sentia-me em casa. Sentia-me segura em seus braços. Sabia de uma coisa. Aprendi a amá-lo.
Não era normal isso e eu sabia. Era totalmente impossível termos alguma coisa. Ele não poderia assumir isso e... Bem, estou mentindo. Queria que ele pudesse me assumir como sua noiva um dia.
Era um pensamento bobo vendo as minhas circunstâncias. Mas quando a gente passa a conviver com alguém, você geralmente se afeiçoa a ela. Era inevitável isso.
Não convivi com meus pais, morávamos na mesma casa, mas quando nos encontrávamos eram sempre para me repreender ou dizer que uma coisa que eu tinha feito estava errada.
Aprendi da pior maneira que nada podia agradar meus pais. Não fui planejada. Todos os meus irmãos foram planejados. E quando nasci e descobriram que eu era menina... Foi quando o desprezo começou.
Minha infância foi marcado pela tristeza, mas nunca demonstrei isso na frente de ninguém, nem de meus irmãos. Mas quando a minha adorada Meredity, senhora Wugly para alguns, me encontrava em algum recanto da casa chorando ela sempre dava um jeito de me acalmar. E eu a amei como se fosse minha mãe. Amo meus irmãos também, claro. Principalmente Dave.
Senhora Wugly disse em sua carta que meus pais e meus irmãos desistiram de me encontrar depois de um mês de desaparecimento e me deram como morta. Doeu saber disso, mas era o melhor. Disse que sentia muitas saudades minhas e que não via a hora de me encontrar. Já se passaram três meses desde de que saí de casa.
Quando terminei de ler a carta dela, chorei. Chorei porque não a veria novamente Chorei porque estava com saudades de casa. Chorei porque se não desse certo o meus planos eu estaria com Dave em breve.
Connor entrou em sua tenda neste preciso momento de minha fraqueza. Nunca demonstrei algum sinal de vulnerabilidade desde que entrei. Lutei para conquistar algum sinal de respeito nesse acampamento, e consegui graças a minha comida. Não podia abaixar a guarda nenhum momento.
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Vingança não vem com Amor
Romance1° LIVRO DA SÉRIE 'AMOR E GUERRA' PLÁGIO É CRIME! Vingança não vem com amor é o primeiro livro da série Amor e Guerra. Três amigos (Connor, Edward e Ethan) leais uns aos outros que narrarão seu enlace amoroso. O segundo livro Cartas não correspondi...