A Ordem dos Magos - Especial de Natal

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Ultimamente eu passou por um período difícil. Com a morte do meu pai, do meu tio e de Vera eu acabei achando que para quem eu perguntava quem era o necromante acabava morrendo, mas agora isso acabou. Agora eu sabia quem era o necromante e também sabia onde ele estava. Existia uma Ordem dos Magos que são formados de ancestrais meus e de outras raças e era lá que o necromante estava.

Vladimir Thin. Meu avô. Eu não entendia o porquê de ele não querer que eu fosse rainha. Eu não entendia o motivo de o meu próprio avô, mesmo que eu não conheci, não querer minha sucessão ao trono. Eu precisaria da ajuda de meus amigos se quisesse derrotar o necromante, mas alguma coisa me dizia que não era só ele que ameaçava a paz.

Recebi notícias de cartas dos Elfos Noturnos que eles estão se reconstruindo, mas ficaram sabendo de um ataque no reino dos goblins. Eu sabia que tinha uma força muito maior por trás de toda esta história.

- Rany, tudo bem? O que aconteceu aqui? - perguntou Claustrus - Rany? Esse é o seu pai? Ele está morto! Rany o que aconteceu?

Meu pai estava morto. Ainda não acreditava e o pior de tudo era que eu que o tinha matado. Acho que não tem nada pior do que matar seus próprios familiares. Ver alguém morrer é terrível, mas eu teria que superar de alguma forma.

- O necromante o havia possuído e eu fui forçada a matá-lo - disse eu secamente - não quero falar sobre isso agora. Onde está a Diana?

- Ela continua digamos... - ele fez uma pausa - instável.

- Como assim? - eu falei e ele desviou o olhar - Como ela está, Claustrus?

- Ela continua falando sobre o necromante - ele disse.

Fomos ao encontro de Diana e ela estava deitada no chão tremendo. O necromante havia feito algo permanente nela. Sentei ao lado dela e acariciei os seus longos cabelos alaranjados.

- Dia, o que foi? - perguntei mantendo a voz calma.

- Ele está vivo... - ela disse olhando para o mar - ele está vivo... ele está vivo...

- Quem está vivo, Dia? - perguntei segurando as lágrimas. Eu sabia que ela não estava bem.

- O necromante - ela falou - Vladimir Thin, ele está vivo.

- Eu sei, Diana - falei para ela - e nós iremos pegá-lo. Não se preocupe.

- Não, você não entende - ela olhou agora para os meus olhos - ele está aqui nos observando.

- Ele não pode fazer nada para nos machucar, Dia - eu disse sabendo que não era verdade - agora venha, temos que encontrar ele e derrotá-lo.

O Claustrus sabia o caminho para o reino dos gnomos e não era muito longe. Eu não sabia no momento onde ficava o antigo ritual de sacrifícios, mas se tinha alguém que sabia de todos os lugares escondidos do múndi eram os gnomos. Era pequenos, mas muito espertos em relação as outras raças. Nós esperávamos encontrar ajuda também com o rei dos gnomos, eles eram um povo pacífico com todos os reinos e como os nossos suprimentos estavam acabando, teríamos que ir lá de qualquer jeito.

Também tinha outra coisa, os gnomos poderiam saber como ajudar a Diana, pois sem ela nós nunca estaríamos aqui. Teria como salvar alguém da loucura? Se tivesse, acho que eu mesma faria um tratamento. Com tantas mortes, traições e histórias por trás da minha família, acho que eu estaria me tornando louca.

- Chegaremos ao reino dos gnomos daqui a três dias de viagem - disse Claustrus.

- Tudo bem - falei e olhei para Diana - acho melhor descansarmos um pouco.

Por trás de Máscaras e EspelhosOnde histórias criam vida. Descubra agora