Quedas e segredos

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- Gente, é o seguinte - disse Barry e todos nós olhamos para ele - precisamos de algum plano para derrotar Kanefiris.

- Não tenho a mínima ideia - digo eu exausta - vocês?

- Não - diz Diana.

- Também não tenho - diz Claustrus.

- Eu acho que tem um jeito - disse minha mãe finalmente - se nós fizermos ele ir para os Vulcões Orc-Doms talvez termos uma chance de derrotá-lo.

- Mas como? - eu digo.

- Ele gosta de destruição, certo? Faremos uma ilusão para ele de uma cidade com várias pessoas felizes, um de nós avisa ao exército para ir por trás dos Vulcões Orc-Doms. Lá enquanto ele se derrete na lava, nós o atacamos.

Não achei esse plano bom. Vai que a ilusão falhava? Se Kanefiris fosse imune a lava? Não sei, várias coisas poderiam acontecer.

- Não acho que seja um plano muito bom - digo.

- E você tem algum melhor? - diz minha mãe.

- Não, mas não irei arriscar todos os reinos por uma ideia que pode fracassar facilmente.

- E o que você sabe sobre fracasso?

- Do fracasso nada sei, mas sei que se puder antecipar um desastre, eu irei - digo e ela me da um tapa.

- Sempre igual ao seu pai, vocês sempre tentaram me contrariar - diz ela - mas agora você irá morrer, Rany Thin.

Foi tudo rápido demais. Minha mãe, minha própria mãe me empurrou do balão e eu caí para a terra firme, mas então vi uma fumaça no balão e uma voz dizendo:

- Eu voltei! - não é possível, era... era...

** ** ** **

Fineu sempre foi um mago muito desajeitado. Os anões sempre foram desajeitados. Claro que não eram todos, mas uma grande parte era um pouco agitada e outra mais calma. Fineu agora estava indo avisar ao rei o que estava por vir. Um desastre que iria acontecer. A volta de Kanefiris.

- Necessito de uma audiência agora com o rei - disse Fineu para os dois guardas anões a sua frente.

Eles eram do mesmo tamanho que Fineu e isso não aumentava muito sua posição sobre ele. Os guardas tinham também uma armadura de ferro com a imagem do javali no peitoral direito, símbolo dos Anões, e um machado de ferro na mão esquerda, escudo na direita e as longas barbas eram escondidas dentro do capacete que só mostrava os olhos deles.

- O rei está em reunião agora, só a tarde - disse um dos guardas.

- É urgente - disse Fineu - uma questão de ameaça ao reino.

- Ele está em reunião, como já disse e não quer ser atrapalhado - disse o mesmo guarda.

Sem mais nenhuma palavra, Fineu saiu e se escondeu nas paredes do corredor a direita. Ele iria falar com o rei a todo custo, pois já era a quinta vez que ele tentava. "Aniningard hatchslafk paquiridir someanlinkn". Imediatamente uma borboleta veio da janela.

- Livre-se deles para mim - sussurrou Fineu para a borboleta.

Ela tinha a cor amarela com listras pretas nas asas, mas quando Fineu falou aquilo, ela mudou para um tom completamente preto. A borboleta voava levemente, e os guardas só a notaram quando ela se aproximou mais. A borboleta pousou no chão e lá ficou até que um grande pé a esmagou rapidamente. Um pó preto se espalhou pelo ar e rapidamente os dois guardas desmaiaram. Fineu saiu de trás do seu esconderijo e empurrou as grandes portas. Elas fizeram um imenso chiado e Fineu encontrou o rei sentado olhando para o seu grande reino através das janelas.

Por trás de Máscaras e EspelhosOnde histórias criam vida. Descubra agora