A ascensão de Kanefiris

95 17 26
                                    

- Não temos tempo de apresentações - disse Diana, nossa quanto tempo que eu não a via - os cinco magos já devem estar próximos de conseguir invocar o Kanefiris.

Então eu atirei no último ladrão que restou e nos fomos correndo na direção da montanha até Claustrus nos chamar.

- Vocês esqueceram que eu sou um mago? - ele disse - venham, entrem aqui!

Um vórtex se formou onde ele tinha falado e nós entramos. Aparecemos no sopé da montanha e começamos a correr. Minha mãe ia na frente, eu atrás, depois Diana e Claustrus cobrindo atrás. As nuvens estavam pretas e raivosas. Às vezes um raio aqui, outro acolá. Talvez os magos estivessem próximos de conseguir invocar Kanefiris, muito próximos.

Chegamos ao topo da Colina e todos nós sentamos atrás das pedras que incrivelmente foram colocadas pelo destino ali. Os cinco magos estavam muito concentrados na sua magia.

- É o seguinte, aventureiros - disse minha mãe - os magos estão quase no fim de sua magia, eles só precisam de mais uns cinco minutos. Esse é o tempo para nós matarmos eles.

- Matar? - perguntei assustada.

- Sim, filha - disse minha mãe - se eles não forem mortos, não há jeito algum de impedir a volta de Kanefiris.

- Ele já veio antes? - perguntou Diana curiosa.

- Sim - respondeu minha mãe - e vocês não vão gostar de saber o que aconteceu.

- Ele destruiu o Reino Amado e Idolatrado de Caribeanis - respondeu Claustrus - antigamente os cinco reinos eram unidos. Unidos em um só. Todos eles se ajudavam e ninguém tinha guerras ou disputas. Era tudo muito feliz, mas tinha pessoas que não queriam a paz, queriam o poder. Essas pessoas eram os cinco magos que nós vemos hoje.

- Como você sabe de tudo isso? - perguntei pasma com aquela explicação tão detalhada.

- Um minuto - disse minha mãe e nós saímos de trás das pedras.

Diana foi rápida. Ela lançou duas adagas em direção a Clark, mas elas foram rebatidas.

- Eles criaram um campo de força! - gritou Diana - não da para penetrá-lo e nem atacá-los!

Eu atirei uma flecha, mas também foi rebatida. Claustrus canalizava uma bola de raios em suas mãos.

- Trinta segundos! - gritou minha mãe.

Claustrus lançou duas bolas de raios, uma colidiu e não fez nada, mas a outra perfurou o campo.

- Dez segundos! - minha mãe gritou.

Eu, Diana e Claustrus nos preparamos e jogamos tudo que nos tínhamos contra eles. Cinco, quatro, três, dois, um... Minha flecha perfurou a cabeça de Vladimir Thin, as adagas de Diana se cravaram nos pescoços dos Magos humanos e a bola de raios do Claustrus atingiu Clark e o outro mago.

Uma explosão se formou no local e lançou todos nós para o chão. Aaaaaaarrrgggghhhhhhh! Um grito foi escutado a dez milhas de distância. Eu olhei para cima e quando dei por mim, tentei me arrastar sem forças para trás.

"Ele era enorme, sua pernas eram do tamanho de titãs, talvez sua boca pudesse engolir um reino inteiro sem muito esforço. Os braços eram um pouco menores que as pernas. Um pouco. Suas garras eram do tamanho das árvores que rodeavam o Reino dos Elfos. Não sei se alguém conseguiria deter aquele monstro. Talvez nem o amor fosse mais forte que aquilo".

Então um balão foi visto pousado na minha frente. Um elfo estendia a mão para mim e a Diana, Claustrus e minha mãe estavam nele. Peguei sua mão e desabei no balão. Kanefiris estava se levantando. "Minha santa Varda, que monstro enorme".

Por trás de Máscaras e EspelhosOnde histórias criam vida. Descubra agora