A arqueira misteriosa

78 19 19
                                    

- Claustrus - disse Fineu para mim - o que faz aqui tão cedo? Já pensou em um plano para derrotar Kanefiris?

- Não tivemos tempo, o Kanefiris rasgou o nosso balão e tivemos que pular no vórtex, se não iríamos morrer - digo escondendo a história do necromante, era muita coisa para ele pensar e eu não queria prejudicar um velho amigo.

- E onde está a sua amiga? - ele perguntou.

- Eu estou aqui - disse Diana e ele riu.

- Não você, aquela tal de Rany, você não disse que ela vinha com você? - ele perguntou.

- Teve uns problemas na viagem e ela não pôde vir - eu disse.

- E por acaso a volta do necromante é um dos problemas? - ele disse, esqueci de que Fineu podia ler pensamentos.

- Eu não queria lhe causar mais problemas, Fineu - eu disse tentando aliviar a situação.

- Tudo bem... - ele disse e olhou para trás de mim - para onde sua amiga vai?

Então vejo Diana correndo em direção a Floresta Nevada.

**********Diana***********

Eu tinha que procurar a Ran, ela caiu perto da Floresta, e poderia estar em apuros agora. No momento que ela caiu, a mãe dela tinha pego uma coloração vermelha ou amarelada nos olhos. Quando o necromante possuí alguém, a pessoa já fica toda avermelhada, como se fosse pegar fogo. Como eu sei disso? Experiência própria. Eu resolvi pegar o caminho da esquerda, pois segundo a placa que tinha entre os dois caminhos, ali era para voltar em direção ao reino dos gnomos.

Antes de fugir do Claustrus, eu deveria ter pedido um casaco. Ali estava realmente muito frio. Não era a toa que se chamava Floresta Nevada. Os pinheiros se distribuíam em forma de um caminho sempre para frente, cobertos de neve e sem nenhum animal se quer por perto, eu teria que achar a Ran, pois se não, eu morreria de frio ou fome.

O cansaço já me atingia, e eu não tinha achado nada para me agasalhar até agora, nem que seja algum tipo de planta. Então eu tropeço num galho e desmaio.

- Será que ela está bem? - uma voz realmente muito fina falou ao meu lado.

- Peguem um casaco do tamanho élfico, ombros curtos e cintura fina - disse outra voz super fina, só que com mais autoridade.

- Quer que eu pegue água, mirana Trizz? - perguntou outra voz fina também. O que era aquilo?

- Sim, Clary - disse a suposta "mirana Trizz".

Eu arrisquei abrir o meu olho e assim que vi aquela pequena criatura, me assustei.

- Aaaaahhhhh! - gritei um pouco fino demais.

- Rápido, se escondam - gritou uma... Fada?

A criaturinha tinha olhos puxados, pequenas asas de anjo nas costas e uma folha amarelada recortada de modo que fosse uma roupa.

- Quem é você? - eu pergunto retomando a voz.

- Ela está falando com a mirana - disse uma voz fina vindo da árvore.

- Cale a boca, Clary! - gritou a tal "mirana" e viu que eu a estava observando ainda - eu me chamo Trizz e você? Sou a mirana das fadas, então tenha um pouco de respeito.

- O que é mirana? - pergunto sem entender - ah, meu nome é Diana.

- Mirana quer dizer chefe de patrulha, e nós viemos pegar suprimentos para o fim do inverno na Floresta Nevada - ela diz - e você? O que faz perdida?

Por trás de Máscaras e EspelhosOnde histórias criam vida. Descubra agora