Ocultar e explicar

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Terça, 10:00

Amy acabara de acordar e percebeu que não havia ninguém em casa. Seus pais haviam saído para trabalhar. A garota vestia apenas uma calcinha e uma blusa de manga, que cobria até a polpa da sua bunda. Ela comeu e resolveu que ficaria assistindo algo na sala. Talvez ela devesse ligar para Bruna, mas não sabia como a menina estava a respeito da noite do pub.

O visor do celular de Amy piscou. Era uma mensagem.
"Sua vadia, foi embora, nem se despediu. Vou passar em sua casa."
Amy soltou um sorriso, era Bruna. A garota levantou, tomou um banho e ficou a espera da sua amiga. A campainha tocou. Bruna havia chegado.

-Porque você não me ligou? Ou mandou mensagem? - foi a primeira coisa que Amy ouviu ao abrir a porta.

-Que ótimo humor. - Amy riu.- Você poderia ter feito o mesmo. - elas entraram na casa e seguiram em direção ao quarto de Amy.

-Temos muitas coisas para conversar. Aliás, muita coisa para me esclarecer.

-Não acho. - Amy rebateu. - Você bebeu, eu bebi, nós bebemos. Nos divertimos , você conheceu minha nova amiga e tudo certo. Se bem que, você foi bem rude com ela.

-Se você tivesse me dito que ela gostava de garotas, eu teria me preparado antes.

-E qual o problema de gostar de garotas? Eu não tinha a certeza também. A Mari é uma ótima pessoa, uma grande amiga. Sinto que isso em você é ciúmes.

-Ciúmes? Ah não! - Bruna revirou os olhos. - Não tem problemas ela gostar de garotas, é só que, eu nunca tive contato com uma e sinceramente, prefiro ficar longe de gente desse tipo.

- Gente desse tipo? - Amy perguntou assustada e surpresa ao ouvir a fala da amiga. - Certo, você não faz direito? Tem que ser imparcial, e tals. Você está julgando uma pessoa pela opinião sexual da outra. Não acredito nisso.

-Porque você está defendendo tanto?

-Porque ela é minha amiga e uma ótima pessoa. Não gosto que julguem os outros sem saber. - a voz da menina estava alterada.

-Amy, você está brigando comigo pela sua nova amiga? Ela mal entrou na sua vida e você já está me trocando?

-Não faz drama Bruna. - a dona do quarto levantou e foi até seu criado mudo, pegar o celular.

-Certo, não quero brigar com você. - Bruna se esparramou na cama da amiga. - O dia hoje já foi bem cheio. - elas começaram a falar sobre o dia a dia e coisas comuns. Horas depois de tantas conversas, o celular de Amy tocou. O nome de Mari apareceu no retrovisor.

-Ocupada? - Mari falou ao ver que a garota tinha atendido.

-Conversando com a Bruna. - a amiga revirou os olhos - Aliás, ela mandou um oi.

-Não acredito. Sei que ela não gosta de mim.- Mari sorriu do outro lado. - Bem, eu tenho um trabalho para você. Você me disse que gostava de decoração, arrumei uma decoração para você fazer.

- O que? Do que você está falando? - Amy começou a dar voltas no quarto, enquanto Bruna era tomada pela curiosidade.

-Minha irmã quer fazer uma pequena festa para comemorar sua volta a cidade. Ela ainda têm vários amigos por aqui. - Mari parecia dirigir , porque sua voz estava um pouco distante. - E para a organização, eu disse que você era boa nisso. Pegue o job!

-Você é realmente louca! - a menina sorriu contente. - Sem dúvidas irei pegar.

-Ótimo, as oito passo na sua casa e vamos ter um jantar na minha casa pra você acertar tudo com minha irmã e meus pais.

-Fechado! - os celulares desconectaram.

-Parece que aconteceu alguma coisa boa.

-Ótima. A Mari conseguiu um "job" pra mim. -a morena viu o olhar da amiga loura a sua frente. - Sem ciúmes! Fique feliz por mim, vadia. - Amy se jogou por cima dela e elas se abraçaram.

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