Capitulo 11°

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Victória

Sexta-feira passou voando e parece que hoje não vai ser diferente. Katha continua desconfiando de tudo dos nossos visinhos, mais acho que isso é mais uma implicância especialmente com ‘’Thomas’’, acho que ela está tendo uma quedinha por ele e não quer admitir, típico de Katharine Valladres.

O Mike parece que está bem amigo dos meninos ‘’Thomas e Henry’’ ele nem para mais em casa, está mais na casa deles do que na nossa, fico imaginando o que eles ficam fazendo, não é da minha conta eu sei, só que minha curiosidade sempre fala mais alto. Desde o dia em que fomos no parque eu não vi mais o Henry, será que ele está me evitando?  Sei que se passou só dois dias depois que fomos no parque só que essa pergunta não sai da minha cabeça. Por que estou tão preocupada em saber se ele está me evitando? Não acrescentará nada em minha vida ficar pensando nele.

Eu não sou de ficar bisbilhotando a vida dos outros e muito menos fica pensando tanto em um homem ‘’apesar de ser o Homem né...cala a boca mente estúpida’’

Afasto esses pensamentos e volto a prestar atenção na TV. Hoje é sábado, 17:40 da tarde e eu aqui sozinha em casa vendo um programa super chato, isso mesmo SOZINHA, a Katha foi no shopping com umas amigas dela. Pois é ao contrario de mim a minha irmã tem amigos e o Mike...bom...adivinhem onde ele está...vizinho? Sim vizinho. 

O dia estava tão entediante que subi pro meu quarto e dormi a tarde toda, acordei era umas 23:00 horas da noite, é eu sei durmo muito, mais não posso fazer nada se dormi é a melhor coisa que existe. Saio do meu quarto, passo pela sala e vou para cozinha e para minha surpresa a luz estava ligada, encontro Katharine mexendo na geladeira.

ㅡ Assalto a geladeira é? ㅡ minha voz sai um pouco roca por que tinha acabado de acordar.

ㅡ MEU JESUISINHO VOCÊ QUER ME MATAR DE SUSTO? ㅡ diz ela com a Mão no coração.

ㅡ Jamais gatinha. Ta sem sono?

ㅡ É quase isso, não ia conseguir dormir sem comer alguma coisa. ㅡ disse sentando no balcão com um copo de leite. ㅡ E você? Quando cheguei fui no seu quarto e você já estava dormindo.

ㅡ Pois é,  deitei muito cedo, vim só pra toma água e volta pra cama.

ㅡ Garota você não cansa não?

ㅡ Do que? ㅡ pergunto pegando um copo de água.

ㅡ De dormir tanto. ㅡ começo a rir.

ㅡ Jamais. ㅡ digo entre risos.

ㅡ É doida mesmo. ㅡ diz saindo de cima do balcão e coloca o copo na pia. ㅡ Bom vou subindo, na hora que sair da cozinha não esquece de apagar a luz.

ㅡ Sim senhora. ㅡ ela me da um beijo e vai para seu quarto.

Tomo minha água, desligo a luz e volto para meu quarto, tomo um banho e visto um vestido azul com um tecido bem fininho que bate até no meio da minha coxa, sento na minha cama desmancho o meu coque e deixo o cabelo solto, nem se eu quisesse não conseguiria dormir agora.

Levanto e vou até a sacada, olho para o céu e não tem nenhum vestígio de uma nuvem se quer  e tem varias estrelas, isso é muito lindo.

Por algum motivo que não sei, olho em direção a casa da frente, está bem escura, olho fixamente na parte de baixo que eu acho que seja a sala, de repente vejo um par de olhos vermelhos me olhando da janela da sala me assusto, isso só pode ser minha imaginação, fecho os olhos e balanço a cabeça, olho novamente mas não vejo nada.

Entro para meu quarto e fecho a porta da sacada e deito em minha cama, o que era aquilo? Não entendo. Será que era coisa da minha cabeça? Aqueles olhos pareciam muito com o do lobo que eu tinha sonhado esses dias. Isso ainda vai me deixar louca qualquer hora. Com esses pensamentos acabo dormindo.

///

Acordo bem animada no Domingo, tomo um banho visto uma calça jeans uma blusa branca que vai até a minha coxa, calço uma sapatilha preta e arrumo meu cabelo em um coque bagunçado.

Desço e encontro Mike na sala. Que milagre é esse? Mike em casa?

ㅡ A onde vai? ㅡ pergunta olhando pra mim.

ㅡ Vou compra algumas coisas que falta no meu material escolar, amanhã  começa as aula né.

ㅡ Há sim.

ㅡ Não precisam me esperar pra almoçar.

ㅡ E quem disse que ía esperar? ㅡ diz rindo que nem uma hiena.

ㅡ Seu idiota. ㅡ falo pegando a chave da minha moto ou meu bebê.

ㅡ Você vai sair de moto? ㅡ pergunta com uma expressão séria.

ㅡ Sim, qual o problema?

ㅡ O problema é que faz 4 anos que você não anda de moto. – pelo jeito ele não está gostando da idéia de eu voltar a pilotar moto.

ㅡ Ta achando que esqueci como se pilota uma moto? ㅡ não esperei a resposta dele e fui até a garagem.

Com o controle abri o portão da garagem e vi minha moto coberta por um pano branco, uma Suzuki GSX preta e vermelha, tiro o pano empoeirado de cima da minha bebe e la está ela, sorrio quando a vejo, pego meu capacete vermelho que está em um dos armários do lado esquerdo e dou partida nela, nossa como sentia falta desse barulho.

Acelero só para ouvir mais o barulho do motor e logo saio em direção da avenida. Faz tanto tempo que não andava na minha moto que esqueci o quanto é bom sentir o vento no rosto, acelero e isso me deixa tranqüila, amo andar de moto principalmente se é eu quem está pilotando.

Chego no shopping bem rápido, estaciono a moto e entro. Fiquei lá dentro mais o menos, uma hora e não comprei nada, a verdade é que não vim compra nada só vim andar um pouco, refrescar a cabeça, faz tempo que não saio sozinha.

De repente adivinham quem eu vejo, o Henry. Na moral que homem lindo, ele está com uma calça jeans uma jaqueta preta e com um óculos escuro. O mesmo aparenta estar bem bravo, ele não me viu então decido ver a onde ele vai, sigo ele até o estacionamento, o mesmo pega um capacete preto e vai em direção de sua moto que para minha surpresa é idêntica a minha só muda a cor, a dele é toda preta.

SOU DELE - livro 1 Onde histórias criam vida. Descubra agora