24° Capitulo

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Nós estamos todos dentro da SUV à caminho da tal cabana em que Miranda está sendo mantida. Smith dirige o carro e eu fico no banco do carona, segurando uma pistola travada na minha mão. Júlia e Bennet dividem o espaço na parte de trás do carro, ambos exigiram armas e Júlia disse que sabia atirar melhor do que eu e o Bennet juntos, já que havia passado horas treinando com Miranda, depois que Jonh havia raptado-a pela primeira vez.

-Quanto tempo falta para chegarmos, Júlia ? - pergunto, muito impaciente.

-Acho que uns dez minutos. - ela responde, com um suspiro carregado de raiva e angústia, basicamente o que todos nós estávamos sentindo naquele momento.

-Você pode andar mais rápido, Smith ?

- Sinto muito, mas não. A estrada não nos permite atingir uma velocidade maior. -responde ele, sério e impassível. -Preciso avisar-lhes algo, precisaremos parar o carro um pouco antes da cabana e irmos a pé e vocês não podem, em hipótese alguma, se afastar de mim ou dos outros seguranças.

Eu bufo e o encaro.

-Eu não posso lhe prometer nada.- disse, nunca falando tão sério na minha vida. Eu não conseguia responder pelos meus atos sabendo que ela estava em perigo.

-Estou com o François nessa. - Júlia disse. - Pode parar o carro aqui. Estamos à cinco minutos da cabana.

Smith faz um sinal com o braço para o motorista do carro que estava atrás de nós e para o carro. Eu desço com pressa e começo a andar. Júlia, Bennet e Smith logo me alcançam. Coloco minha arma na base da minha coluna, e começo a ver uma parte da cabana.

-Estamos chegando, qual é o seu plano, Smith ?

-Nós vamos cercar a casa e descobrir o jeito mais fácil, rápido e seguro de render o Jonh, vocês precisam ficar fora disso e deixar isso conosco para que essa operação funcione. Nós já entramos em contato com a polícia e eles em breve estarão aqui para levar o sequestrador.

-Tá. -respondi.

O lugar era até bonito, mas eu não conseguia apreciar aquilo. As árvores eram altas e criavam sombra por todo o caminho. Haviam frutos no chão e vários pássaros cantando. Esse devia ser o motivo pelo qual Miranda e seu pai vinham aqui. Era um local pacífico, e longe da maldade, até que o filho da puta do Jonh destruiu a nossa forma de ver aquele lugar.Para mim, aquilo era um inferno feito sobre encomenda para mim.

Nós chegamos aos arredores da cabana e eu via a casa por completo. Meu impulso era de correr até lá e salvá-la, mas eu não deveria fazer isso, o certo era esperar eles acharem o local por onde entrariam antes que eu agisse.

Smith reuniu os 10 ex militares da Seals e começou a explicar o plano para eles. Enquanto isso eu olhava para a casa impaciente. Eu mal percebi o momento em que comecei a correr em direção a casa depois de ter ouvido Miranda gritar por ajuda.

Eu chego na porta da casa e lhe dou um forte chute, fazendo-a se abrir com um estrondoso barulho. Vejo Jonh com a boca no pescoço de Miranda, que está amarrada a cadeira e tiro- o de cima dela, jogando- o na parede com força e ouvindo palavras de ódio voarem da minha boca.

-FICA LONGE DELA, FILHO DA PUTA.

Ele me olha assustado por alguns segundos e eu aprecio aquele olhar medroso. Ele deveria estar com medo, eu vou acabar com a raça dele. Eu dou um cotovelada no rosto dele e vejo sangue espirrar de seu nariz. Antes que ele reaja, dou um soco em seu estômago e o vejo ficar sem ar.

-Você foi tão bom para machucá-la, mas quando luta com alguém do seu tamanho não consegue reagir, não é, seu bosta ?

Levo meu joelho com força para cima e abaixo ele pelos ombros, acertando-o com uma forte joelhada na cara. Ele cai no chão e parece estar desmaiado. Saio de perto dele e em dois passos estou ajoelhado na frente de Miranda, sem nem acreditar que estou com ela novamente.

Totalmente Confuso ♥Onde histórias criam vida. Descubra agora