Totalmente Confuso ♥

25º Capítulo

Connor arrastava a minha cadeira de rodas pelo hospital mais silencioso do que o normal, eu não aguentava mais aquilo e o questionei.

-Desembucha, Connor. Sei o que você quer falar, então diga logo.- eu disse com a voz firme e ele riu baixo.

- Vejo que pelo menos um dos seus hábitos não desapareceram.- ele falou com ironia.

- O que você quer dizer ?-perguntei intrigada

- Você está namorando, Miranda ? Namorando ? Eu achei que havia te ensinado melhor do que isso.

-Eu me apaixonei, Connor. Isso às vezes acontece.- digo com confiança

-Não, não acontece Miranda. Não com pessoas igual a nós. Você abandonou o BDSM também? Foi a única coisa que fez você se reconstruir depois que o Jonh te destruiu.

-Não abandonei, Connor. Mas com o François é diferente, ele consegue me entender e eu não preciso me esconder dele.

-Você precisa tomar cuidado, eu não te treinei para ser submissa.- ele disse com firmeza.- Chegamos!

Com isso ele encerrou a conversa e nós entramos numa sala grande e fria, onde ficava a máquina de raio-x.

-Como você tem estado ? Faz muito tempo que não ouço nada de você, simplesmente desapareceu.-pergunto com curiosidade

-Estou bem, estou trabalhando muito e fodendo pouco. Isso já está me estressando. Eu estou sem uma submissa há 3 meses e não estou interessado em treinar outras. Eu queria alguma experiente, como você.

-Em primeiro lugar, eu estou com o François e não pretendo deixá-lo até que eu morra. E em segundo,eu já não ajo como submissa a muito tempo.- digo, pensando no acordo que havia feito com François de deixá-lo me dominar na cama.

-Ele realmente te amarrou, o que ele fez ?- ele sorri ternamente, enquanto me posiciona em frente à máquina.- Eu não consegui ficar com você, e olha que você foi a única que eu quis que fosse minha permanentemente.

-Isso é passado, Connor. Eu amo ele, e eu simplesmente não te amava. Naquela época eu não conseguia amar mais nada, só a mim mesma e às vezes nem à mim. Eu só tinha ódio, amargura e vontade de nunca mais deixar nada sair ao meu controle. O François foi inesperado, eu nunca havia me permitido perder o controle, mas com ele aconteceu.

-Hum, interessante. -ele murmura baixo.

-Você nunca me amou, Connor, você só queria que eu preenchesse o seu vazio e eu não iria conseguir já que eu sou conseguia preencher nem o meu.

-Eu sei, mas nós éramos ótimos juntos não queria ter perdido aquilo.

-Nós ainda somos bons amigos.

-Não acredito que o seu namorado aprovaria isso.

-Ele não precisa saber do nosso passado.- digo exasperante- Afinal, é passado.

-Prontinho, agorinha as radiografias vão sair e eu te levo para o seu quarto.

-Okay- suspiro cansada.

.......

Já faz uns 25 minutos que aquele médico levou ela. Eu não gosto disso, não gosto nem um pouco de ficar tanto tempo longe dela e ainda por cima acompanhada daquele médico.
Eles se conhecem, parecem íntimos demais, será que já tiveram algo ? Não, ele era médico dela !!
Mas eu era o Sócio dela e mesmo assim ela dormiu comigo. Porra, eu não sei se quero saber disso. Por um lado eles parecem amigos, mas por outro se eles já dormiram juntos não quero que ele fique por perto. Eu quero ela só pra mim, nós já tivemos problemas demais em tão pouco tempo e eu já amo ela demais pra ter que disputar ela com outro cara.
As lembranças da nossa noite na França voltam a minha cabeça.
Ela disse que me amava e que me queria muito, não posso duvidar dela, preciso confiar nela. Mas não preciso confiar no médico.