Acordei no dia seguinte com os braços de Rafael em minha cintura.
- O QUE VOCÊ PENSA QUE ESTÁ FAZENDO? - Eu disse gritando. Rafael levantou com um pulo.
- Você tem problemas garota? - Ele disse enquanto passava às mãos no seu cabelo, que já estava perfeitamente arrumado.
- Eu tenho problemas? Eu não disse que era pra você ficar longe de mim?
- Eu estava dormindo. Não tenho culpa. E porque VOCÊ não ficou longe de mim? - Ele estava apontando o dedo para mim, eu odiava que apontassem o dedo para mim.
- Por que a cama é minha, era pra você ter dormido no chão. E não aponta esse dedo pra mim não. - Eu disse apontando o dedo para ele.
- Vamos deixar algumas coisas claras aqui. Eu não faço à mínima questão de estar aqui, você acha que eu não preferiria estar no meu quarto agora? Na minha cama confortável, com meu travesseiro e lençóis macios? Você acha que eu gosto de dividir uma cama? Principalmente com uma pessoa tão chata quanto você? Não ache que eu estou gostando disso, porque eu estou tão feliz quanto você. Só que a diferença entre mim e você, é que eu não fico descontando o meu péssimo humor em pessoas aleatórias que não tem nada haver com isso.
- Dito isso ele se levantou e foi até a escrivaninha, onde tinha um par de roupas dele, eu me perguntei em que momento alguém tinha entrado aqui para deixar aquelas roupas, e será que tinha visto a gente dormindo?.
- Tudo bem. - Eu disse por fim. Me levantei e fui até à porta do banheiro.
- Eu posso tomar banho primeiro pelo menos? - Eu disse encostada na porta do banheiro.Ele olhou pra mim e depois deu de ombros.
- Tanto faz, o quarto é seu não é mesmo? - Disse se sentando na cadeira.
Entrei no banheiro e fiz minha higiene pessoal, escovei meus cabelos, me enrolei na toalha e saí.
Ele abriu um sorriso e logo depois desfez o sorriso com um careta.
- O que aconteceu?
- Nada, vou tomar banho. Um tal de Déniel veio nos chamar para o café.
- O Déniel veio aqui? - Eu disse nervosa.
- Sim e antes de sair me desejou boa sorte, muita boa sorte.
- Porque será?
- Talvez seja por causa daquela conversa que você teve com ele?! . - Ele disse com um sorriso de lado.
- Conversa? Que conversa? - Fingi pessimamente não saber de nada.
- Não se faça de besta Maira. Eu ouvi à sua conversa com ele. Então você teve um caso com um criado? Sua família sabe? Agora está explicado porque você me odeia tanto, você queria casar com ele não é mesmo? - Olhei chocada para ele, e então ele abriu um sorriso macabro como se dissesse: " estou certo não é mesmo?"
- Agora você anda ouvindo às conversas alheias?
- Qualquer um que passasse por ali poderia ouvir à conversa de vocês dois. E quem não pararia para ver um criado agredindo a princesa não é?Revirei os olhos.
- Ele não me agrediu. - Rapidamente olhei para o braço que Déniel apertou, estava uma marca roxa lá, eu teria que vestir um vestido de manga para tapar aquilo.
- Ah claro, e essa marca aqui é o que? - Ele disse pegando no braço marcado, puxei o braço assim que ele o tocou.
- Me larga, não é da sua conta o que é, e o que não é.
- Infelizmente eu sou seu noivo, e faz parte da minha educação defender a honra de minha esposa, então mesmo que não valha muito à pena, se eu ver ele perto de você de novo terei que ter uma conversinha com ele.Bufei.
- Tanto faz, agora se você me der licença eu preciso trocar de roupa.
Ele pegou uma toalha que estava junto com as roupas dele e foi para o banheiro.
Parei em frente ao meu guarda-roupa e comecei à caçar um vestido que pudesse tapar à marca dos dedos de Déniel do meu braço, eu não tinha à mesma diversidade de vestidos que Laila, então só achei um vestido que tivesse uma manga longa o suficiente para conseguir tapar à marca, terminei de me vestir e fui até a minha escrivaninha, onde eu tinha largado a minha coroa na noite passada, assim que coloquei ela Rafael saiu do banheiro, já vestido.- Está pronta?
- Sim e você? - Ele pegou à coroa dele que estava em cima do criado mudo e à colocou.
- Agora sim. Vamos, acho que já estamos bem atrasados.Ele abriu à porta do meu quarto e eu saí na frente.
- Ei, me espera, não é legal que você não chegue acompanhada de seu noivo. - Revirei os olhos e continuei andando.
- Eu estou falando sério Maira, o que as pessoas vão pensar?
- Não ligo para o que as pessoas vão pensar. - Eu disse dando de ombros.
- Eu estou tão feliz quanto você em ter que fazer isso. Quanto mais rápido a gente fizer isso, mais rápido isso acaba.Dei de ombros e ele entrelaçou seus dedos aos meus. Puxei minha mão rapidamente e ele me lançou um olhar de reprovação.
- Vamos lá Maira, só um pouquinho.
Então ele entrelaçou nossos dedos de novo e descemos às escadas juntos.
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Entre Batalhas
De TodoMaira está no meio de uma guerra. Não só no seu reino, mas também de uma guerra interna. Está sendo obrigada à se casar. À ir morar com seu noivo. Não poderá lutar para ajudar seu reino. Ela se acha responsável pelas mortes que acontecerá, ela queri...