Capítulo VI

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O problema de ir em uma casa em que você não conhece é que você precisa de ajuda para achar tudo, e naquele exato momento eu precisava de achar o banheiro.

- Déniel, onde fica o banheiro?
- Terceira porta, lado direito.
- Obrigada.

Entrei no banheiro e liguei o chuveiro, a água morna me ajudou a relaxar, fiz minha higiene e assim que saí do box notei que não tinha trago a toalha comigo.

-Déniel?
- OI? - Ele gritou do andar de baixo.

- Traz a toalha pra mim?
- Claro.

Eu imaginei ele sorrindo lá de baixo. Ouvi os passos dele na escada. Ele entrou de uma vez, sem bater na porta.

- DÉNIEL! SAÍ DAQUI!
- Tudo bem, mas eu levo a toalha junto.
- Déniel, para da à toalha aqui.
- Tudo bem.

Ele entrou dentro do banheiro e eu estava tentando me esconder atrás da porta do box.

- Ah Maira por favor, que isso? Vai ficar com vergonha do que agora?
- De nada, eu só não quero que você me veja nua.
- Cala a boca e me dá à toalha!
- Uma princesa não deveria falar assim.
- ME DÁ À TOALHA DÉNIEL!

Eu estendi meu braço para pegar à toalha e Déniel me puxou, eu acabei me desequilibrando e ele me segurou, eu me levantei e ele me abraçou, ele foi se aproximando do meu rosto e me beijou, me pegou no colo e me levou até um quarto, ele me deitou na cama e me lembrei de como ele era bom, de como era bom ter o meu corpo junto ao dele, e talvez nós pudéssemos nos dar uma segunda chance.

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Quando acordei, eu estava nos braços de Déniel, me soltei e olhei ele dormir, me sentei na cama e notei que estava de roupas íntimas, levantei e comecei a vasculhar o quarto atrás de uma roupa pra mim vestir, achei uma blusa do Déniel jogada em cima de uma poltrona, vesti ela e fui até o banheiro que tinha no quarto, fiz minha higiene pessoal, prendi meu cabelo num coque despojado e sai do banheiro, Déniel já estava sentado na cama.

- Bom dia. Dormiu bem? -Ele disse passando as mãos no cabelo.
- Bom dia. Dormi e você? - Eu disse me sentando ao lado dele.

- Você fica linda vestida na minha camisa.

Revirei os olhos.

- Não tive escolhas. Essa camisa é enorme. - Disse fazendo uma careta.
- Vestiu porque quis. - Ele disse apontando para mim.
- Ah claro, eu iria embora nua? - Ele riu.

Dei de ombros. Ele se aproximou e me deu um beijo. Ele se levantou da cama e foi em direção ao banheiro. Estava somente de cueca, eu observei o corpo dele definido, não sabia onde ele arranjava tempo para conseguir cuidar de seu corpo, estava sempre ocupado com alguma coisa sobre o castelo. Depois de um tempo ele voltou já vestido.

- Vamos descer, tia Bett já deve ter feito o café da manhã. - Ele disse abrindo à porta.

Descemos as escadas e a Bettany estava colocando uma cesta de pão na mesa.

- Bom dia crianças. - Ela disse colocando uma jarra de suco sobre à mesa.
- Bom dia tia.
- Bom dia Bettany.
- Cade seu vestido meu bem? - Ela disse olhando para à camiseta de Déniel.

Déniel riu e eu fiquei vermelha.

- O pão está maravilhoso tia. - Ele disse com a boca cheia.
- Não fale de boca cheia. Porque a pressa?
- Temos que ir, rei Joel deve estar mandando tropas procurar a Maira.
- Oh que pena. - Ela disse passando a mão na testa.
- Tia a senhora não pode falar para ninguém que a Maira passou à noite aqui.
- Porque?
- O rei Joel não ficaria nada feliz em saber que sua filha passou à noite aqui. E não pergunte o porque, a senhora sabe bem. - Ele disse com a sobrancelha arqueada.
- Tudo bem.

Terminamos de tomar o café da manhã e subimos para o quarto novamente, Déniel trouxe meus vestidos.

- Você está com o corpo ainda mais lindo. - Ele disse enquanto eu vestia um vestido.

- Pode ir parando.
- O que eu disse? Só estou falando a verdade.
- Você fala de mais. Vai trocar de roupas para podermos sair.
- Sim, senhora.

Ele trocou de roupa e descemos juntos as escadas.

- Vocês tem mesmo que ir? - Bettany disse desviando os olhos do jornal.
- Tia por favor, a senhora sabe que ela não pode ficar, não complique mais ainda as coisas.
- Então está bem, até breve princesa Maira. - Ela disse fazendo uma breve reverência.

- Tchau Bettany, foi um prazer.

Ela nos acompanhou até à porta e eu e Déniel fomos caçar o Brenno, depois de alguns minutos de caminhada encontramos ele perto das lojas onde estávamos ontem.

- Você dormiu na carruagem?
- Não senhora. - Ele disse com um sorriso.
- Espero que tenha tido uma boa noite. - Disse com um sorriso.
- Obrigado. - Ele disse abrindo à porta da carruagem.

Eu sorri e ele beijou o topo da minha cabeça, encostei a cabeça em seu ombro e adormeci pensando em tudo que tinha acontecido na noite passada.

Entre BatalhasWhere stories live. Discover now