— Não posso falar, ele iria achar que eu sou uma atirada. — Eu disse sorrindo.
— Tenho certeza que ele não acharia isso, faz quanto tempo que vocês se conhecem? — Disse colocando sua mão sobre à minha, esse simples toque me fez arrepiar.
— Acho que conheço ele desde... Sei lá, sempre. Mas eu me aproximei dele agora, nesse último mês.
— Então se você conhece ele desde sempre porque pensa que ele iria te achar atirada? — Ele se aproximou mais um pouco, o espaço entre nós era minúsculo, acho que uns dois dedos de distância um do outro.
— Eu não sei. — Confessei suspirando, eu também não sabia porque estava pensando que eu ia parecer uma atirada, na verdade eu estava com medo, estava com medo de me apaixonar por ele e acabar me decepcionando, e ter que ir correndo para o colo de Maira chorar pelo coração partido.
— Então não tem porque pensar assim, tenho certeza que ele também deve gostar muito de você.
— Como pode ter tanta certeza disso?
— Por que qualquer pessoa com o mínimo de visão se apaixonaria por você, você é linda.Então ele se aproximou de mim e o espaço que existia entre nós acabou, ele colocou a mão nos meus cabelos e eu joguei meus braços em volta do seu pescoço, ficamos assim durante longos minutos, até nos separarmos para retomar o fôlego.
— Nossa... — Eu disse meio ofegante.
— O que foi? Não gostou? Me desculpe. — Disse se afastando de mim e passando à mão pelo cabelo desajeitadamente.
— Não, não, claro que não, eu gostei, na verdade eu amei. Foi ótimo. — Disse constrangida enquanto passava às mãos na minha roupa tirando qualquer sujeira que estivesse ali.
— Sério? — Ele disse sorrindo.
— Sim. — Minhas bochechas estavam queimando, eu devia estar igual à uma pimenta e esse pensamento fez minhas bochechas queimarem ainda mais.
Ele me puxou pela cintura e colou nossos lábios novamente, ficamos assim durante mais um tempo, até que lembrei que já estávamos fora do castelo durante um bom tempo, papai deveria estar preocupado.— Temos que ir. — Disse separando nossos lábios e apoiando minha testa na dele.
— Mas já? Porque? — Ele disse passando a mão em uma mecha do meu cabelo.
— Faz tempo que saímos do castelo, já devem ter procurado a gente por todos os lugares, papai deve estar preocupado.
— Tudo bem, vamos lá. — Ele disse se levando e me ajudando à levantar.Saímos do jardim e fomos em direção ao castelo, um guarda nos parou na entrada.
— Princesa Maira, onde estava? Já íamos te caçar. — Disse o guarda fazendo uma referência.
— Nos jardins Victor. Estou bem não se preocupe.Passamos pelos guardas e Gustavo sussurrou em meu ouvido.
— Para onde vamos agora?
— Bem, não sei.
— Posso te acompanhar até o seu quarto?
— Claro.Caminhamos até o meu quarto em silêncio, eu estava perdida em meus pensamentos, eu tinha acabado de beijar Gustavo, quando Maira soubesse iria me matar, mas bem, ela iria casar com um deles agora. Eu estava eufórica de mais, não conseguia parar de sorrir para o nada e estava me sentindo uma completa idiota por estar agindo assim, mas bem eu não conseguia me controlar.
— Do que está rindo? — A voz de Gustavo me fez sair do meio dos meus pensamentos.
— Ah, nada, só estou feliz, só isso. — Disse com as bochechas queimando e colocando o cabelo atrás da orelha atrapalhadamente.
— Feliz? Porque? Espero que seja por causa de mim. — Ele disse com um sorriso enorme.Eu sorri pra ele e parei em frente à porta do meu quarto.
— Bom, então até mais tarde. — Eu disse me virando para entrar em meu quarto.
— Ei, não vai me chamar para conhecer seus aposentos? — Ele disse segurando meu braço.
— É, acho melhor não, sabe é que alguém pode aparecer e interpretar mal e bem você sabe, não quero que você se meta em confusão por causa de mim e acabe indo embora. — Eu disse me atrapalhando toda.
— Você não quer que eu vá embora então?
— Bem, não.
— Tudo bem, eu também não pretendo ir embora. Até mais tarde Laila. — Então ele deu um último beijo em mim e saiu.— Até mais Gustavo. — Sussurrei baixinho.
Fiquei parada na porta olhando ele virar no final do corredor rumo ao seu quarto...
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Entre Batalhas
RandomMaira está no meio de uma guerra. Não só no seu reino, mas também de uma guerra interna. Está sendo obrigada à se casar. À ir morar com seu noivo. Não poderá lutar para ajudar seu reino. Ela se acha responsável pelas mortes que acontecerá, ela queri...