Depois do que se passou com Beiron, Eva já não conguiu se divertir mais na festa e acabou por inventar uma desculpa e ir para casa, Clara e Maria estranharam mas acabaram por acompanha-la pois também estavam cansadas.
No domingo Eva não saiu de casa, ainda estava muito perturbada com tudo o que se tinha passado, tudo parecia tão surreal que tinha duvidas se ela ou se ele estavam loucos.Segunda de manhã mal chegou ao escritório foi bombardeada com perguntas pela amiga:
- No Sábado já não consegui falar contigo, que se passou? O bruno também estranhou não te ver mais, pois tinham combinado voltar a dançar. O que ele te disse para ires embora logo de seguida?
- Bom dia para ti também Jéssica. Estou bem e tu como estás? - ambas fazem uma careta ao mesmo tempo.
- Bom dia Eva. Agora conta-me tudo. - Jéssica senta-se na frente da secretária de Eva.
Eva respira fundo e conta tudo a amiga.
- Bem, que filme - Jéssica diz ainda atordoada com toda a história - Como te vais safar deste? - ri-se - não vai ser nada fácil, ao que parece....
- Não sei e também não quero pensar nisso, quem sabe durante esta semana ele encontra outra diversão por Londres e esquece que eu existo. - Eva pisca o olho à amiga - agora vamos trabalhar.
Foi uma semana dura, muito trabalho mas também muita tensão acomulada. Eva passou a semana a tentar convenser-se de que ele não ia procura-la mais, que tudo não tinha passado de uma brincadeira de mau gosto da parte dele. Só à sexta-feira a noite, por volta das oito e meia quando chegou a casa para jantar sentiu-se realmente relaxada, a semana tinha chegado ao fim e ele não tinha mais dado noticias. Depois de jantar juntou-se a Maria na sala para assistirem a um filme, Clara prefere se retirar para o quarto para dormir, pois estava um pouco cansada.
- Como foi a tua semana? - Pergunta Maria - Muito trabalho?
- Sim, mas quanto mais trabalho melhor - Eva sorri - os negócios estão a correr bem.
- E aquele homem da Festa? o Sr. Beiron voltaste a vê-lo? - Maria pergunta calmamente
- Não, nunca mais o vi. Porque perguntas? - Eva tenta disfraçar mas fica perturbada com a pergunta
- Ele pareceu-me bastante interessado, senti que havia uma quimica forte entre vocês os dois.
- Não, foi impressão tua Maria - Eva ri nervosa - Concerteza o sr. Investidor já nem se lembra da festa de sábado e a avó sabe o que penso sobre relacionamentos, não me interessam para nada.
- Sabes que um dia, quer queiras quer não o amor vai-te encontrar e não vais conseguir fugir dele - Maria tenta avisa-la.
- Disparates.... - Eva diz sorrindo e dá um beijo na face da avó - vamos ver o nosso filme.
O sábado amanheceu com sol e calor, estava um belo dia para passear, mas infelizmente pelo menos da parte da manhã não ia ser possível pois na sexta ao final do dia tinha recebido um telefonema de uma senhora a pedir uma entrevista em sua nova casa para a empresa fazer a decoração total, Jéssica ainda se ofereceu para ela mesma tratar disso, mas a senhora foi clara que preferia que fosse Eva a tratar da sua casa, afirmou que tinha um casal amigo cujo a casa tinha sido decorada por ela e tinha adorado. Assim, logo cedo, Eva saiu de casa pois a moradia do novo trabalho ainda era longe e queria despachar o trabalho cedo para aproveitar o resto do dia para descansar e apanhar um pouco de sol.
A casa era maravilhosa, Imponente e a piscina maravilhosa. Eva já estava a imaginar como ia decorar o jardim e a tentar imaginar como a casa de dividia por dentro. Saltou, entusiamada, para fora do carro e tocou a campainha, uma senhora abriu a porta:
- Srª Eva por favor pode entrar - Eva entrou a a Srª fechou a porta - Siga-me por favor. Eva foi levada pelo hall que era enorme e todo branco, até uma sala grande que no fundo tinha grandes portadas para um terraço que dava acesso à piscina.
- Por favor sente-se - a Srª disse, apontado para um dos sofás - Já virão recebê-la - disse e retirou-se
Eva assentiu mas continuou de pé observando a sala, apesar de estar bem decorada faltava-lhe um pouco de calor para se parecer mais com um lar.
- Ola Eva... - Aquela voz quase provoca uma paragem no coração de Eva
- Beiron?? - pergunta confusa- Eu pensei que.... - para e percebe que parva estava a ser. - Penso que tenho hora marcada com a tua esposa ela me ligou ontem a pedir para me encontrar com ela hoje.
Ele sorri
- Não sou casado Eva.
- Então quem me ligou ontem? estou no endereço errado é isso? - Eva cada vez percebia menos, e a próximidade dele não ajudava seu raciocinio.
- Estás no sitio certo, eu pedi para a minha secretária te ligar. - ele sorri e aproxima-se, está agora bem junto a Eva e toca-lhe o rosto com a mão, Eva sente que está perdida não consegue mexer um musculo sequer, tem noção que ele a vai beijar, mas não consegue impedi-lo. Quando seus lábios se tocam um grande fogo de artificio rebenta em volta deles, só existem eles e aquela explosão de cores e sons à sua volta, Eva põe as mãos no peito dele para se segurar, não confia nas suas pernas para se suster.
- Senti a tua falta.. - ele susurra junto ao lábios dela. - Foi a semana mais longa da minha vida . - ele a abraça forte, mas ela tenta soltar-se.
- Larga-me por favor - pede com um fio de voz
- Eu até te largava se acreditasse que era isso mesmo que querias, mas eu sinto o teu corpo tremer junto ao meu - ele a aperta com mais força - Eu consigo ouvir o teu coração a bater rápido no teu peito, eu sinto o teu desejo por mim e .......sei que também consegues sentir o meu. - ele a beija novamente, um beijo longo, sensual que prometia mais e mais.
Eva quase se perde naquele turbilhão de emoções, mas tem de ser forte e resistir se não quer sofrer como sua mãe, ela não vai ser abandonada, não vai sofrer toda a vida por homem nenhum. Estes pensamentos dão-lhe forças e solta-se dele.
- Eu não quero que me toques - diz ofegante e afasta-se para a outra ponta da sala
- Ah queres sim, todo o teu corpo implora para que lhe toque - ele diz com confiança - Mas eu sou um homem paciente, posso esperar que te habitues, vamos-nos conhecer melhor. Vamos, vou-te mostrar todas as divisões da casa primeiro, depois vamos para a biblioteca onde tenho plantas com todos os detalhes. - Vendo o olhar confuso dela ele sorri e explica: - Para redecorares a minha casa, quero o teu toque em cada canto desta casa.
Eva arrepiou-se, a forma dele falar tinha esse efeito nela, mas o seu lado profissional venceu e ela segui-o pela casa. Durante algum tempo vaguearam pela casa , percorreram todas as divisões, as ideias já fervilhavam na mente de Eva. Na biblioteca analisaram as plantas, Eva pediu cópias de todas elas e deu o seu trabalho por terminado naquele dia:
- Para já tenho tudo o que preciso, no máximo quarta-feira podemos voltar a encontra-nos para apresentação do primeiro esboço. - ele sorri
- Muito bem, quarta-feira almoçamos e apresentas-me o projecto. Agora vamos esquecer o trabalho, vamos almoçar e depoia aproveitar a piscina. Eva quase se engasga
- Como? eu não posso ficar, lamento. Tenho coisas marcadas.. - inventa
- Que coisas? - ele pergunta
- Desculpa?? Não acho que tenha de te dar explicações. - Ele avança para ela e ela recua
- Que coisas? - insiste
- Não é da tua conta - Ela o enfrenta já a perder a paciência. Encaminha-se para a porta. - Passe bem sr. Beiron. - sai e respira fundo, até foi mais fácil se livrar dele do que esperava, mas jogando pelo seguro, entra no carro rápido e sai dalí.
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A posse
RomanceEva a menina rebelde, que se transforma numa mulher de sucesso, Dona de uma empresa de desing de interiores, dedica todo o seu tempo ao trabalho até que entra na sua vida Beiron, um homem extremamente dominador, seguro de si, que sabe o que quer e n...