Na terça-feira, Eva voltou à sua rotina normal, tinha muito trabalho para pôr em dia e ainda não tinha começado o projecto da casa do Beiron. Beiron, ele tinha ligado na segunda a noite mas, aproveitando a presença de Jéssica, pediu a amiga para atender e inventar que tinha ido ao supermercado só para não falar com ele, aqueles dias tinham-os aproximado muito e ela sentia que se não se afastasse, corria sérios riscos de cair na tentação e entregar-se a ele e depois sabia que sofreria as consequências. Eram quase oito da noite e sabia que teria que ligar para ele, não conseguiu sequer tocar no seu projecto e tinha de desmarcar a reunião do dia seguinte, pegou no telemovel e fez a ligação:
- Olá Eva - ele atende e ela arrepia-se só de ouvir a sua voz, fecha os olhos para se concentrar na conversa.
- Olá Beiron. Como estás?
- Bem e tu?
- Também
- A tua avó?
- Melhor, obrigada. Estou a ligar-te porque não consegui ainda fazer nada no projecto da tua casa, penso que só sexta-feira terei algo pronto para te mostrar.
- Não tem problema, com tudo o que aconteceu percebo que te tenhas atrasado. Tudo bem eu peço a minha secretária que altere nosso almoço para sexta. Jantamos hoje? - Ele muda de conversa e ela salta na cadeira do escritório.
- Não posso, ainda estou no escritório e tenho uma reunião marcada para daqui a 10 minutos. - ela o houve resmungar do outro lado da linha.
- Não tentes me afastar, sabes que é inutil. - Ele diz zangado
- Beiron eu tenho de desligar, os meus clientes acabaram de chegar, vemo-nos sexta ao almoço.
- Espera, eu vou viajar esta noite e volto sexta-feira de manhã. Não queria viajar sem te ver antes... -Ele houve as pessoas que chegam do outro lado da linha e percebe que ela está a falar a verdade - Mas já vi que não vai ser possível, então até sexta.
- Até sexta. - Ela desliga, ficou claro pelo tom de voz que ele não estava satisfeito, mas para ela foi um alívio saber que ela ai ficar a semana toda fora, talvez assim conseguisse concentrar-se no trabalho em vez de estar constantemente a pensar nele.
Ao meio dia em ponto de sexta-feira, Beiron entra pelos escritórios da Indesign. Eva sentiu sua presença antes mesmo de o ver. Jéssica entra no escritório de Eva pela porta de comunicação entre os seus escritórios:
- O Beiron está lá fora e está a tentar passar por cima da Rita para entrar - Ela conta rindo
- Meu Deus!! - Eva revira os olhos e o interfone começa a tocar. - Sim Rita? - ela responde tentando não rir, como a amiga faz
- Eva está aqui o Sr. Beiron, diz que tem almoço marcado contigo - Dá para perceber pela voz de Rita que ela está aflita por se livrar dele.
- Tudo bem Rita, pede ao Sr. Beiron que aguarde só um pouco que saio já. - Eva suspira
- Agora foste má, ele vai comê-la viva se não saíres rápido. - Jéssica diverte-se com toda a situação
-Preciso de uns minutos para me preparar para o ver de novo. - Eva faz uma careta.
- Eva... - Jéssica hesita - O que sentes por ele?
Eva levanta-se e começa a andar pelo escritório
- Não sei ao certo. É uma mistura de sentimentos que me deixa angustiada. - pára no meio da sala - Tu sabes o que penso sobre homens e relacionamentos, quero distância de tudo isso... - Abana a cabeça como se assim o pudesse afastar de si.
- Eva..Tu sabes que nem todos os homens são como o teu pai. Passaste a adolescência sem ter um único namorado, mas não podes passar o resto da vida sozinha, sabes disso não?
Eva franze a testa, mas não tem tempo de responder, pois a porta abre-se o Beiron entra
- Desculpa Eva, eu pedi que esperasse mas... - Rita tenta desculpar-se
- Tudo bem Rita, podes ir, bom almoço- Eva despensa a funcionária e Jéssica sai de fininho depois de acenar para Beiron.
- Podias...- Eva começa, mas ele interrompe-a com um beijo devastador, só separa os lábios dos dela quando ambos estão completamente ser ar
-Senti a tua falta. - ele diz ofegante e percorre o corpo dela com as mãos. Eva quer afastar-se mas aquelas mãos são como um íman que a impedem de mexer-se. - Vamos almoçar, antes que eu coma já a sobremesa - Ela arrega-la os olhos e ele ri-se da sua reacção, segura-lhe a mão e saem para a rua. Já na rua Eva lembra-se que não leva o projecto e volta para trás para o ir buscar, aquele homem definitivamente não é uma boa influência, é um distabilizador.
Almoçaram no mesmo restaurente onde tinham jantado no outro dia, estava tudo delicioso. No final do almoço dedicaram-se a analisar o projecto:
- Quero que cries uma porta de ligação entre o quarto principal e o do lado e que deixes o quarto do lado de fora do projecto - Eva o olha interrogativa. - O resto da casa está aprovado, inclusivé o quarto principal, basta acrescentares a porta de ligação ao outro quarto. - Eva não entende o pedido dele mas faz sinal de concordância, afinal ele é o dono da casa.
- Agora que já descutimos o projecto, tenho de voltar para o escritório. - Olha para o relógio - Tenho outra reunião dentro de 1 hora.
- Muito bem, vou pedir a conta. - Faz sinal ao empregado de mesa. - Jantamos esta noite - um ordem, não um pedido e isso a enfurece
- Já tenho planos, mas obrigado. - Ela diz altiva e ele enrigesse o máxilar
- Eva, porque insistes em travar batalhas que já estão perdidas desde o inicio?? - ele abana a cabeça
- Não estou a travar batalha nenhuma, sabes que o trabalho para mim vem sempre em primeirro lugar. Tenho um jantar com uns empresários, são clientes importantes, a Jéssica inclusivé também vai. - Ele olha-a nos olhos por uns segundos sério e depois dá-se por vencido.
- Tudo bem. Amanhã passo por tua casa então, quero visitar a Maria - levantou-se dando a conversa por encerrada, Eva ficou furiosa mas não disse nada, se ele achava que ia ficar em casa a sua espera ia ter uma grande surpresa...
O jantar com os clientes correu muito bem, eram donos de um hotel que estava em fase de acabamento e queriam contrata-las para a decoração total do hotel. Eva ficou com a sensação de que Jéssica tinha ficado muito interessada num dos clientes, nunca a tinha visto conversar tanto assim com alguém que não fosse ela, por norma a amiga era mais reservada, mas ele, Ricardo que era um rapaz bastante bonito, Loiro, alto, por volta dos 28 anos também pareceu muito interessado nela, tendo inclusivé a convidado para jantar no dia seguinte. Eva temia pela amiga, não a queria ver sofrer, mas nada disse pois não se sentiu nesse direito.
Sábado revelou-se mais um dia maravilhoso de verão e Eva acho um desperdicio ficar em casa, tinha trabalhado demais nessa semana e ainda se esforçava para estar o máximo de tempo em casa com Maria, mas hoje em casa era o ultimo sitio onde queria estar, ia provar para o Sr. invertidor que ele não podia controlar a sua vida, nenhum homem o fazia.
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A posse
RomansaEva a menina rebelde, que se transforma numa mulher de sucesso, Dona de uma empresa de desing de interiores, dedica todo o seu tempo ao trabalho até que entra na sua vida Beiron, um homem extremamente dominador, seguro de si, que sabe o que quer e n...