Capítulo 14

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Eva Termina de se arrumar e sai para ir trabalhar, de nada lhe adiantava ficar a lamentar-se ou alimentar a raiva que estava a sentir, o melhor era ir trabalhar, assim pelo menos mantinha-se ocupada. Quando terminou de descer as escadas, Maria chamou por ela:

- Eva! Chega aqui um instante por favor. - Eva sentou-se junto da avó. - Quero que saibas que estou muito feliz por ti minha neta, o Beiron é um homem de caracter e vai cuidar bem de ti, agora sinto que posso descansar em paz pois sei que te deixo em boas mãos. - Eva levanta-se de um salto.

 - Avó!! Não gosto de a ouvir falar dessa forma, ainda a quero comigo por muitos e muitos anos. - Volta a sentar-se a abraça-a. 

 - Não sei quantos anos mais ainda tenho, se é que os tenho, mas não é isso que importa, o que importa é saber que encontraste o homem certo para ti, o Beiron tem uma personalidade bastante forte, que seria sempre necessária para poder lidar com o teu génio forte, mas também é um homem bom, trata-te bem e sei que vai cuidar bem de ti e dos vossos filhos. 

 - Filhos?? - Eva arregala os olhos. - Eu nunca pensei nisso, nem quero para já. 

 - Normal que depois do casamento, tenham filhos. - Maria fala, sem perceber o quanto estava a perturbar a neta.

 - Avó, eu tenho de ir embora. Falamos depois. - Ela dá um beijo na avó e sai rápido para a rua. Ela nem queria ouvir falar em casamento, quanto mais em filhos, sentia-se a viver um pesadelo.

Trabalhou por horas a fio, só para não pensar no caos que estava sua vida. Já eram seis e meia quando a amiga invadiu o seu escritório:

 - Já chega Eva. Já trabalhaste o suficiente e eu não aguento mais tanta curiosidade. - Faz uma careta. - Conta-me como correram as coisas com o Beiron.

Eva desliga o computador, recosta-se na cadeira e olha para a amiga:

 - Nem te passa pela cabeça o que aconteceu.. - Eva dá um sorriso irónico e relata os acontecimentos da manhã  à amiga. Jéssica ouve tudo com muita atenção, mas quanto mais a amiga lhe conta mais pasma fica, tinha noção de que amiga tinha encontrado um adversário a altura, mas nunca teria imaginado que ele chagaria tão longe.

 - Amiga não sei o que te diga. Esse homem é loco.... completamente loco por ti. - Jéssica não resiste e ri à gargalhada.

 - Jéssica!! Pára de rir, isto não tem piada nenhuma!!! - Eva está a sentir-se ultrajada - Estou desesperada, não sei como me livrar dele sem ferir as pessoas que amo. Tenho tanta raiva dele que até temo o que vai acontecer esta noite ao jantar.

 - Eva olha para mim. - Eva levanta a cabeça e olha para a amiga. - Sê sincera contigo mesma, mais do que comigo. Tu queres mesmo livrar-te dele? Já paraste um pouco para pensar como te sentirias se ele desaparecesse da tua vida e nunca mais o visses? - Eva fica a olhar para a amiga sem reação. - Pois pensa bem nisso antes de fazeres o que quer que seja, para não o lamentares mais tarde. - Pisca-lhe o olho. - Agora vamos para tua casa, eu vou ajudar-te a ficar bem bonita para esse jantar. Estou a ter aqui uma ideia... Que achas de eu e o Ricardo também irmos a esse jantar. Tu apareces deslumbrante ele mal vê a hora de acabar o jantar para te levar para um sitio mais privado, mas de repente eu entro com o Ricardo e tu convidas-nos para jantarmos convosco e assim ele não tem hipótese de tentar nada. Apenas uma pequena vingança pelo que ele fez. - Eva adora a ideia e ambas caem no riso só de imaginar a cena.

Uma hora depois, Eva estava pronta e deslumbrante e nenhum homem com sangue nas veias conseguiria ficar-lhe indiferente, com um vestido  justo, curto e de decote baixo em tons de dourado que em contraste com os seus olhos verdes era estonteante. Jéssica já tinha ido embora, tinham combinado que Eva lhe mandava uma mensagem com o nome do restaurente assim que descobrisse onde iam jantar.

A posseWhere stories live. Discover now