Capítulo 12

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Eva está tão perdida num torbilhão de sentimentos que só se apercebe que estão de volta a casa dele, quando sai do carro, ajudada por ele:

- Porque estamos aqui? - Pergunta alarmada, ele apenas sorri e a conduz para dentro. Na sala pergunta:

- Queres beber alguma coisa?

- Um café por favor. - Precisava de se manter alerta

- Assim não vais conseguir dormir de noite, já bebemos café no restaurente. - Ele lembra

- Ah bebemos?? - Ela não se lembra de mais nada, só das sensações experiênciadas nos seus braços. Ele parece ter o poder de ler seus pensamentos, larga o copo na mesa de bebidas e avança para ela, abraça-a pela cintura e a beija profundamente, suas mãos vagueiam pelo seu corpo e Eva se perde naquele mar de sensações. Agarra-o pelo pescoço e o beija de volta como se sua vida dependesse disso.

- Eu quero-te tanto. - Ele diz junto a sua boca e volta a beija-la com paixão. Eva perde a noção do onde e do quando, todo o seu mundo é ele e as sensações que lhe provoca. Sente que é levantada do chão e que está a ser carregada pelas escadas, mas nada a importa mais.

Já no quarto ele a põe no chão e a beija no pescoço, nos ombros e ela sente que ele lhe abre o feicho do vestido e este cai no chão, ele dá um passo atrás para olhar para o seu corpo e Eva tenta esconder o peito desnudo com os braços, mas ele a impede e segura suas mãos.

- Não faças isso, és linda. - diz com voz rouca e volta a beija-la, pega-a ao colo e deita-a na cama e começa a despir-se, Eva está completamente hipnotizada por aquele corpo. Sua mente diz-lhe que não o deve fazer, que tem de sair dalí mas o seu corpo não se mexe um milimetro, a atração por ele a mantém refém, ele acaba de se despir e como se lê-se seus pensamentos abana a cabeça e deita-se sobre ela:

- Isto estava pre-destiado acontecer, ambos sabíamos que seria assim desde que nos vimos naquela festa. - e volta a beija-la, beija-a na boca e sua mãos acariciam cada cêntimetro do seu corpo, e ela se perde completamente nas sensações maravilhosas que ele lhe provoca, suas mão parecem ter vida própria e também elas vagueiam perdidas pelo corpo dele, não se cansa de sentir aquele torax rijo contra suas mãos. Seu corpo clama por ele e arqueia as costas de encontro a ele.

- Eu sei querida, apenas mais um pouco de paciência. - Ele pede junto ao seus lábios, a mão dele desce pela sua barriga até encontrar a ultima barreira que os separa, ele tira- lhe esta ultima peça e toca-lhe no centro da sua feminilidade, sente que ela está pronta para ele, posiciona-se no meio das suas pernas e inicia a penetração, imidiatamente todo o corpo dela fica rigido, por momentos ele fica confuso mas depois relaxa e a beija apaixonadamente - És minha, só minha. - Sussura e volta a beija-la até a fazer relaxar de novo e quando o consegue, entra totalmente nela e nesse momento ambos experiênciam algo que jamais teriam imaginado possível, uma sensação maravilhosa, como um retorno a casa depois de anos de afastamento. Ele a aperta contra sim e começa lentamente a dança do amor, seus corpos sincronizados na perfeição, um feito exclusivamente para dar prazer ao outro, vão aumentando o ritmo até que ambos explodem num climax completamente surpreendente.

Lentamente suas respirações vão voltando à normalidade e beiron levanta a cabeça e olha Eva nos olhos, ela o olha de volta:

- Foi maravilhoso, mas isso eu já sabia que seria - Ele sorri e lhe beija o nariz,ela não resiste e ri-se

Ele levanta-se e pega nela ao colo e a leva direto para o chuveiro, na casa de banho, pousa-a, abre a torneira e entra com ela debaixo de água e beija-a profundamente enquanto a água cai sobre seus corpos, de seguida dá-lhe banho, pega na esponja e a passa lentamente pelo corpo dela, Eva sente-se novamente perdida naquelas sensações maravilhosas, nunca teria imaginado que seria possível tamanho prazer apenas por ele a tocar. Quando ele termina ela enche-se de coragem e faz o mesmo com ele, passa a esponja lentamente pelos seus ombros largos, quando já vai na cintura ele segura o seu pulso, pega-a ao colo encosta-a na parede e a possui ali mesmo. Se possível ela diria que foi mais maravilhoso que da primeira vez. No final ele a tira do chuveiro seca-a e a si mesmo e a leva para a cama onde se deitam e adormecem profundamente.

Eva acorda confusa, não está em seu quarto e cada cêntimetro do seu corpo está durido. De repente lembra-se da noite anterior e arregala os olhos, "perdi completamente o Juizo" ela pensa. Olha para o lado e ele ainda dorme ao seu lado, levanta-se lentamente para não o acordar e sai do quarto, entra no quarto onde na noite anterior trocou de roupa, veste rápidamente as suas roupas, agarra na sua mala, desce as escadas sem fazer barulho e na sala pega no primeiro telefone que encontra e liga para Jéssica:

- Estou? - a amiga atende.

- Jéssica, sou eu, a Eva por favor vem buscar-me a casa do Beiron

- O quê?

- Não me fassas perguntas agora, vem rápido eu vou esperar ao portão.

- Ok, eu vou já então

- Obrigado. - Eva desliga e sai rápido, morre de medo que ele acorde e que tenha de o enfrentar. "que vergonha" ela pensa enquanto se encaminha para o portão, como pôde se entregar assim, tudo bem que a atracção era demasiado forte mas não podia ter cedido, pensa para si mesma.

Jéssica, felizmente, foi rápida

- Para tua casa? - Pergunta quando a amiga entra no carro.

- Não!!! - Eva quase grita. - Preciso estar sozinha, para pensar.

- Então vou levar-te para o meu apartamento na praia grande. Está vazio e meus pais foram a Lisboa este fim-de-semana, só voltam no final da semana que vem. Eva eu não sei o que se passou mas pela hora da manhã posso imaginar...

- Eu não quero falar agora Jéssica, por favor...

- Tudo bem, vou deixar-te lá, e nao te preocupes, eu seguro as pontas no escritório. Tens roupas minhas no armário do meu quarto, usa o que precisares. - Ela sorri - Vou também ligar para tua casa e avisar que tiveste de viajar de urgência por causa de um trabalho.

- Obrigado amiga por tudo, neste momento estou um pouco perdida.

- Fazias o mesmo por mim. -Jéssica pisca-lhe o olho e sorri.

Eva despede-se e sobe para o apartamento com as chaves que a amiga lhe deu. A primeira coisa que faz é ir tomar um banho, mas lembranças da noite anterior invadem sua mente, nunca deveria ter-se entregado a ele, agora tinha de viver com aquelas lembranças de como eram maravilhosos juntos, fecha os olhos e encosta a testa na parede. De repente ouve a campainha a tocar, estranha, mas deve ser Jéssica que se esqueceu de algo. sai do banho, enrola-se numa toalha e vai abrir a porta, quase cai para trás quando abre a porta e vê o Beiron a acupar toda a porta, sem lhe dar tempo para reagir entra pelo apartamento a dentro e fecha a porta.

- Isso são maneiras de abrir a porta??? - Ele pergunta irritado. - Podia ser qualquer pessoa.

- Eu pensei que era a Jéssica . - Ela responde em sua defesa e aperta a toalha junto ao corpo. - O que estás a fazer aqui? como me descobriste? - Ele ri-se de forma cruel

- Acordei assim que saíste da cama, pela forma como saíste deu para perceber que não ias preparar o nosso pequeno almoço. - diz irónico. - Por isso deixei-me estar e resolvi seguir-te, confesso que esperava tudo menos que fugisse. Não faz o teu género Eva . - ele diz com desprezo
Eva vira-lhe as costas:
- Estou confusa com tudo o que aconteceu, eu não sou aquela mulher de ontem à noite. - ele a segura pelos ombros e vira-a para ele
- Não, está é que não é a verdadeira Eva, tu não és cobarde e eu não te vou deixar esconder. Esquece Eva, vais voltar comigo. - ela abana a cabeça em negação
- Não, eu preciso ficar sozinha. Beiron por favor respeita a minha vontade pelo menos desta vez, é tudo o que te peço. - Ele aperta os ombros dela com força, está claramente furioso, beija-a com brutalidade e larga-a.
- Tens até amanhã para pôr os pensamentos em ordem, nem mais um dia. Amanhã venho buscar-te e nem te atrevas a ir embora sem mim.
- Tudo bem, eu espero por ti amanhã. - Ele a beija de novo e sai furioso. Eva suspira de alívio, naquele momento teria concordado com tudo só para o ver pelas costas. Bem, pelo menos tinha ganho vinte e quatro horas, Eva pensa para si mesma.






A posseWhere stories live. Discover now