A posse

Capítulo 18

- Mais alguma duvida? - Ele pergunta irónico

- Eu quero ir para casa se não te importas. - Ela diz decidida

- Importo-me e muito Eva. Quero que olhes para mim. - Ele pega-lhe pelo queixo e obriga-a a olhar para ele. - O que aquela louca disse é a verdade, eu nunca mais saí com nenhuma mulher desde que te conheci, por Deus Eva eu passei o meu tempo, metade a programar como te conquistar e a outra a brigar contigo para me aceitares na tua vida e pelo meio ainda tive de trabalhar, achas mesmo que tinha tempo para outras mulheres??? 

Ela tenta afastar-se mas ele não permite:

 - Não Eva, não vou deixar-te ir. - beija-a profundamente, apertando-a contra si com desespero, percorrendo o seu corpo com as mãos e Eva não resiste, e acaba por beijá-lo também com desespero, ele tinha-se tornado tão importante para ela que as ultimas horas tinham sido de profundo sofrimento e era isso que seu beijo transmitia. Beiron pegou-a ao colo e levou-a para cima, para o seu quarto, tirou-lhe a roupa rápidamente, despiu-se e sem mais contemplações possuiu-a, desta vez não havia carinho no ato, mas desespero e mágoa, ele a possuiu uma e outra vez, cada vez com mais possecividade, como se a podesse marcar e assim certificar-se que ela seria sua para sempre.  Eva nunca imaginou que pudesse sentir tanto prazer, sempre tinha imaginado que  fazer amor devia ser  com carinho, mas se da primeira vez tinha sentido um prazer inigualável, desta vez tinha superado tudo o que se lembrava.

Quando suas respirações voltaram à normalidade ele beijou-a, desta vez com carinho, abriu a gaveta da mesa de cabeceira e de lá tirou o anel de noivado, pegou na mão dela, mas Eva tenta impedi-lo

 - Não, eu... 

 - Shhhh,  não estragues tudo. - pôs-lhe o anel no dedo e voltou a beija-la, ela entrega-se ao beijo e desta vez fazem amor com todo o carinho e sensualidade, sem barreiras entre eles, totalmente entregues um ao outro.

O sol já nascia quando finalmente, exaustos, cairam no sono. Acordaram com o som de telemovel dele a tocar sem parar. Beiron levanta-se e vai buscar o telemovel ao bolso das calças:

 - Estou?

 - Beiron, onde está a Eva? 

 - Bom dia Jéssica, a Eva está comigo em minha casa e tu é melhor apressares-te se não quiseres perder a nossa festa de noivado. 

 - Graças a Deus. fizeram as pazes. Ontem à noite liguei para casa da Eva e a Maria contou-me tudo o que se passou. Deixa-me falar com ela. - Beiron passa o telemovel a Eva

 - Estou?

 - Parabéns!!  - Ela grita. - Que bom que tudo se resolveu. Eu vou já para aí, o Filipe está aqui comigo e já mandou preparar o Jacto, estarei aí logo depois de almoço.

 - Vai ter comigo lá a casa. Beijinhos até logo. - Eva despediu-se da amiga e entregou o telemovel a ele.

 - Eu tenho de ir. 

 - Não.

 - Não? 

 - A tua mãe e a tua avó devem de estar a chegar.

- A chegar? Aqui?

 - Tu sabes onde vai ser a nossa festa de noivado? - Ele pergunta espantado

- Não, eu não faço ideia. - Ela responde, nem tinha pensado nisso.

 - Meu Deus como é possível não saberes que a festa é aqui no salão de Baile.

- Ah, sim lembro-me de ter projectado uma decoração bem bonita para ele, pena que não tivemos tempo de o preparar antes da festa.