Capítulo 13

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Eva nem deu pelo dia passar, as lembranças da noite anterior não a deixavam um segundo. A noite tinha sido maravilhosa, nenhum livro, nenhum filme ou mesmo nenhuma experiência contada por suas amigas da universidade a teriam feito sequer imaginar que seria possível sentir tanto prazer. Queria que fosse possível fechar os olhos e quando os voltasse a abrir, já não se lembrasse da noite anterior, que fosse possível apagar aquela noite de sua vida, porque assim seria muito mais fácil seguir com sua vida sem ele.

Ao final da tarde a Jéssica chegou, depois do Beiron ter saído Eva ligou para a amiga para lhe contar que ele a tinha seguido e combinaram jantar juntas, Jéssica ia passar num restaurante chinês e trazer jantar para as duas.

- Então como te sentes? Já sabes o que vais dizer-lhe amanhã? - Jéssica pergunta depois do jantar quando bebiam café na sala.

- Vou-lhe dizer a única coisa possível, que o que aconteceu foi um erro e que não devemos nos ver mais. - Eva encolhe os ombros resignada.

- Eva, essa não é a única saída possível. Tu sabes que podes tentar. Eu conheço-te, nunca vi nenhum homem chegar sequer perto de ti, tu não davas hipótese, mas o Beiron é diferente, tu gostas dele, dá para ver isso nos teus olhos quando estás com ele, tu ganhas vida perto dele. Então porque não tentares? Ambos são livres nada vos impede de serem felizes juntos.

- Até quando Jéssica? Até ele se fartar e procurar nova companhia? até as coisas ficarem dificeis e ele desaparecer?

- Eva!!! Tu não podes pensar assim, nem todos os homens são como o Artur. Por favor tu és uma mulher inteligente sabes que essa tua forma de pensar não tem lógica. Tens tantos exemplos de casais felizes que ficaram juntos por anos. Pensa bem, podes estar a afastar a pessoa que te pode fazer feliz.

Eva não responde, fica pensativa e a amiga dá-lhe um beijo na cabeça e sai, deixando-a com seus pensamentos mas com a esperança de que aquela conversa sirva para ela pensar bem antes de afastar aquele homem de sua vida.

Eva passou a noite em claro, tinha a cabeça a fervilhar com as palavras da amiga. talvez ela tivesse certa mas não podia arriscar-se, gostava da sua vida com ela era antes de ele entrar nela e ia fazer de tudo para o expulsar de sua vida para sempre. O sol já nascia quando finalmente o cansaço a venceu e adormeceu.

Acordou com o som insistente da campainha, rolou na cama e tapou a cabeça com a almofada, não queria acordar ainda. Mas o som da campainha não parava e teve de se levantar, apertou bem o robe e foi abrir a porta.

- Não posso crer que ainda estavas a dormir!! São 10 da manhã.

- Ui que humor!!! - Eva faz uma careta e ele fica ainda mais irritado

- Vai vestir alguma coisa decente, eu preparo o pequeno-almoço. - Ele ordena cortante

Eva não espera ele dizer uma segunda vez, vai para dentro, toma banho e veste as suas roupas novamente.

Enconta-o na cozinha com o pequeno-almoço pronto.

- Mesmo a tempo. Já estava para te ir buscar. - O mau humor permanecia

- Já cá estou, então vamos comer. - Ela senta-se e come sem olhar para ele. No fim levanta a mesa, lava a loiça e vai encontrá-lo na sala, não há como adiar mais a conversa que precisam ter.

- Beiron..

- Antes que digas qualquer disparate, vou já avisando que não estou com paciência nenhuma.

- Muito bem, vamos ser objectivos. A noite de sábado foi um erro e não vai voltar a acontecer. - Eva o encara com coragem. Ele salta do sofá e caminha até onde ela está, segura-a pelos braços:

A posseWhere stories live. Discover now