Capítulo 5 A festa parte II

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- Que se passou ali dentro Eva!!! - exclama Jéssica

 - Estas a falar do quê? - pergunta Eva ainda aturdida

- Vá lá, percebi que algo muito estranho se passou entre ti e o investidor do meu pai.

 - Aquele homem é o investidor do teu pai? - Eva estava preplexa - tem idade para ser teu irmão, nunca pensei que o investidor do teu pai fosse tão novo.

 - Chamam-lhe o génio dos negócios, começou muito cedo nessa área. -Jéssica explica encolhendo os ombros.

- Não sei o que se passou, mas não gostei dele, causa-me arrepios - Eva diz abraçando-se a si mesma como se tivesse com frio.

- Pois a mim pareceu-me que  ele gostou muito de ti, muito mesmo, parecia que te ia devorar alí mesmo a nossa frente. - Jéssica ri muito.

- Não tem piada nenhuma Jéssica, pára de rir - ralha - E vamos lá rever o pessoal da escola e esquecer este incidente

- Vamos - Jéssica puxa Eva para o meio da confusão do terraço.

 Por uma hora Eva conseguiu esquecer o incidente com o investidor do pai da amiga, mas se fosse realmente sincera consigo mesma sabia que não o tinha esquecido, apenas o tinha guardado num canto profundo da sua mente e se recusava a deixa-lo sair de lá. Naquele momento estava a dançar com o Bruno, um amigo dos tempo do secundário, já não se viam desde aí e estavam a dançar e a por a conversa em dia, quando Eva sentiu o seu corpo ficar novamente em alerta.

-Peço desculpa por interromper- aquela voz profunda só podia pertencer a uma pessoa da festa, e Eva não a queria por perto. - Mas gostaria de lhe roubar o par, Bruno - ele falou com uma confiança impressionante.

 - Claro Beiron, mas apenas por esta dança eu e Eva ainda temos muito que conversar depois de tanto tempo sem nos vermos . - Bruno nem deu hipotese a Eva de dizer nada, apenas piscou para ela e prometeu voltar na próxima musica. Antes que pudesse fazer algo contra, Eva viu-se nos braços de Beiron, todo o seu corpo tremia, não sabia explicar o que se passava com ela sempre que estava próxima daquele homem. Ele a aconchegou mais em seus braço e Eva teve a certeza que ele sentia seu corpo tremer. Apercebeu-se que apesar de ser uma mulher alta, com o seu metro e setenta e dois, ainda assim a sua cabeça mal chegava ao ombro dele.

 - o que signifa o Bruno para ti? - ele pergunta de pronto

- desculpa? Não percebi a pergunta - Eva estava tão concentrada nas sensações que ele lhe provocava que nem conseguia raciocionar em condições.

 - É teu namorado?

 - O Bruno? - Eva pergunta pasma.

 - Quero que acabes tudo com ele ainda esta noite  - ele fala arrogante e Eva perde o passo e tropeça nele.

 - Isso é alguma brincadeira? - pergunta olhado para ele, outro erro, já era dificil se concentrar estando nos braços dele, pior agora perdida naquele mar azul

 - Não, isto é muito sério, a partir deste momento não quero mais nenhum homem perto de ti que não seja eu.

Eva olha para ele à espera que ele comece a rir, porque o que disse só pode ser uma piada

 - Ok, tens piada tenho de admitir- ela sorri incerta do que fazer

- Não é paida nenhuma - ele diz apertando-a mais em seus braços - A partir desta noite és minha e não quero  que mais homem nenhum chegue perto de ti, não o vou permitir, percebeste?? - Ele está sério demais para estar a brincar, Eva pensa, então só pode ser completamente louco, conclui.

 - Tens noção da barbaridade que estás a dizer? - ela pergunta. Ele a olha como se ela é que não percebesse algo muito facil de enterder.

- Quanto mais cedo aceitares melhor para nós dois. Infelizmente amanhã tenho de viajar para Londres logo cedo e devo ficar uma semana por lá, mas quando voltar vou-te levar a jantar fora. - Agora tenho de ir tratar de negócios antes de deixar a festa, mas lembra-te - faz uma pausa e toca-lhe o rosto com a palma da mão - És minha e não quero que nem esse Bruno ou nenhum outro homem se aproxime de ti, até a minha volta - Beija-lhe rápidamente os lábios, mas de uma forma tão segura que a deixa ofegante como se o beijo tivesse durado longos minutos. Ele sai do terraço e a deixa ali prostada, sem reacção, e ali ela fica olhando para a porta por onde ele desaparece sentindo tanta coisa ao mesmo tempo, raiva, frustação e ao mesmo tempo frio, mas frio, não da temperatura que até estava bastante agradável, mas frio de não estar mais eu seus braços e isso era completamente incoerente e assustador.....




A posseWhere stories live. Discover now