Capítulo 11

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 - Jéssica. É Eva o que achas de dedicarmos o dia de hoje a nós, umas compras, salão de beleza? sei que tens um compromisso à noite e achei que poderias estar a precisar de um banho de loja e beleza. - Ambas riem muito

 - Excelente ideia Eva, vou-te buscar em 20 minutos.

 - Combinado.  - Eva desliga o telemovel e atira-o para cima da cama, não vai precisar dele o resto do dia.

Quatro horas depois as duas caminhavam pelas ruas das principais lojas, ainda não tinham feito qualquer compra, mas já tinham almoçado, ido ao cabeleireiro e feito uma massagem relaxante, sentiam-se como novas, cheias de energia para percorrer as lojas em busca do vestido perfeito para o grande encontro de Jéssica nessa noite.

Finalmente encontraram um vestido dourado, justo com mangas rendadas que chegava um pouco a cima do joelho perfeito para essa noite, sexy mas sem ser demasiado provocante. Dando-se por satisfeitas, decidem ir lanchar a uma esplanada, estão para se sentar numa mesa, quando avistam noutra o Bruno a acenar-lhes:

 -Olá princesas, sentem-se aqui comigo - Ele diz alegremente. As amigas sorriem e aceitam o convite. A conversa flui com naturalidade, desde a escola sempre foram bons amigos.

 - Bem tenho de ir. - Jéssica afirma passado algum tempo.

 - Ohh já? - Bruno pergunta triste

 - Tenho mesmo de ir, tenho um encontro muito importante hoje - Ela pisca para ele.

 - Hum... interessante. E tu Eva também tens um encontro para hoje? 

 - Não e ainda vou ficar mais um pouco a aproveitar este sol. - sorri

 - Assim é que se fala!! - Ele comemora - Vou pedir mais uma bebida para nós. - Eva assente em concordância.

 - Bem meninos portem-se bem, eu vou andando- Jéssica levanta-se e pega nas suas compras.

- Boa sorte para logo a noite, diverte-te e não vás na conversa dele logo ao primeiro encontro, tens de o fazer sofrer. - Eva pisca para amiga e sorri. Jéssica retribui o sorriso e vai embora.

Ainda ficaram na esplanada por mais uma hora, o dia estava agradável e sabia bem apanhar aquele sol de fim de tarde. Por volta das seis e meia da tarde resolveram ir andando, como Eva estava sem carro, o Bruno ofereceu-se para a levar a casa, ele pegou nos sacos que ela tinha e sairam abraçados pela rua até ao estacionamento, a meio do caminho ouviram uma travagem um pouco brusca ao lado deles e ambos olharam ao mesmo tempo para o carro. Eva sente uma pontada forte no coração e separa-se de um salto do abraço do amigo.

 -Olha não é o... - O Bruno começou a dizer mas não teve tempo de terminar

 - Entra já no carro Eva - Beiron salta do carro, agarra-a pelo braço e puxa-a

  - Mas o que se passa aqui ? - Bruno pergunta confuso, mas entrega os sacos a Eva

 - Não te metas!!! - Beiron grita - E mantém-te longe dela daqui por  diante. - Ele o ameaça

 - Está tudo bem Bruno, eu depois ligo-te - Eva ainda teve tempo de dizer antes de Beiron a por dentro do carro e arrancar a toda a velocidade.

 - Importaste de ir mais devagar?? - Ela pede em pânico, ele ignora-a e segue à mesma velocidade pela estrada, Eva fecha os olhos assustada.

Ele para o carro e ela abre os olhos, estão na casa dele.

 - O que fazemos aqui? - Ele sorri

 - Estamos em minha casa.

- Eu sei onde estamos, não foi isso que perguntei. Porque não me levaste para minha casa? - Ele agarra-a pelos braços:

 - O que estavas a fazer na rua abraçada a ele?  - Ele pergunta com raiva

 - Não é da tua conta!!! - Ela dispara e ele a beija enfurecido, ela tanta resistir mas ele está furioso e não lhe dá qualquer chance de fugir, beija-a com brutalidade, ao ponto dela sentir gosto de sangue nos lábios, quando ele a solta, estão ofegantes:

 - Não me provoques Eva, não vais conseguir nada com isso. Agora vamos para dentro. - Ele salta do carro e vai abrir-lhe a porta para ela sair, agarra nos sacos e seguem para dentro de casa. Na sala entrega-lhe os sacos:

 - Sobe, escolhe um quarto e prepara-te vamos jantar fora. - Ele ordena

 - Eu não... - Ela começa, mas ele avança para ela

 - Não discutas Eva, sobe e prepara-te, tens meia hora. - Eva estremece com o mau humor dele e sobe as escadas sem dizer mais nada.

Por sorte tinha comprado um vestido e uns sapatos a condizer, apesar de quando os comprou não ter imaginado que os usaria nessa mesma noite, não era de todo o vestido indicado para sair com ele, o vestido era justo com um decote fundo e deixava boa parte das pernas à mostra que em conjunto com os sapatos altos deixavam-na muito sensual. O cabelo estava óptimo, uma vez que tinha ido ao cabeleireiro, só teve de o escovar, retocou a maquilhagem e olhou-se no espelho, estava perfeita. Respirou fundo e saiu do quarto, quando ia a meio das escadas, ele virou-se para a ver e ela percebeu nos olhos dele, as pupilas a dilatar, ele estava a gostar do que estava a ver e muito. Eva não sabia se se sentia feliz por o conseguir provocar, se medo.

 - Estou pronta. - Diz altiva e ele aperta o maxilar 

 - Muito bem, vamos embora. - ele põe a mão em suas costas ao sairem e ela sente uma descarga eléctrica pelo corpo todo. A sua pele fica toda arrepiada e ele sorri de lado.

 - Tens frio? - pergunta provocante. - Posso emprestar-te um casaco se quiseres. - Ele sabe tão bem como ela que  não é de frio que se arrepia, estão pelo menos 24 graus de temperatura.

 - Não obrigado. - Ela responde cortante e entra no carro. Ele ri-se e dá volta, entra no carro e o põe em andamento.

O restaurante não era longe, em cinco minutos chegaram. Era muito sofisticado, com as mesas bem separadas umas das outras para privacidade dos clientes e tinha uma pista de dança num canto da sala. Foram dirigidos a um mesa junto a janela, perto da pista. Depois de fazerem o pedido, Eva lembrou-se: 

 - Devia ligar para casa para avisar onde estou, elas devem estar preocupadas comigo. - Ele a olha durante um pouco, mas depois dá-lhe o seu telemovel para ela fazer a ligação.

 - Elas devem saber que estás comigo uma vez que estive lá esta tarde a visitar a Maria, tal como te tinha dito que faria e quando saí disse que ia tentar apanhar-te na baixa. Não percebo como deixas o  telemovel em casa, que irresponsabilidade. - ele a sencura.

Ela encolhe os ombros e faz a ligação:

 - Mãe, sou eu. Estou a ligar para te avisar que encontrei com o Beiron na baixa e resolvemos jantar juntos,  dá um beijo na avó e por favor não esperem por mim acordadas. Beijinhos. - Mal deu tempo da mãe  falar, não queria responder a perguntas complicadas na frente dele. entregou-lhe o telemovel. - Obrigado. 

Passaram a refeição toda em silêncio, já que ele a tinha obrigado a ir jantar com ele ia fazer de tudo para ser a noite mais chata da vida dele. Mas ele parecia divertir-se com o seu silêncio e depois do café, levantou-se e estendeu o braço:

 - Dançamos?  - Pergunta com um sorriso de gozo

 - Eu.... - Ela ia começar a recusar, mas ele não lhe deu tempo, puxou-a pelo braço e levou-a para a pista de dança. Não tinha como recusar sem fazer uma cena, por isso cedeu. A música era lenta e ele segura-a bem junto do seu corpo, é impossível ignorar as sensações que ele lhe provoca, todo o seu corpo treme e sente a pele a arrepiar-se debaixo das suas mãos que passeiam pela pele nua de suas costas, ele a puxa para mais perto e torna-se evidente que ela não é a única que está extremamente perturbada. Ele a aperta um pouco mais, se é que é possível e depois a larga e diz:

- Vamos embora, vou pedir a conta. 




A posseWhere stories live. Discover now