Cheap Thrills

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Mabelle queria não pensar nas coisas que Sophia pôs em sua cabeça.

Mas pelo resto da semana a desconfiança habitava suas conversas com Marco.

Ele também parecia diferente. Um pouco receoso, mas concordaram que precisavam se ver.

Já fazia quase um mês que se falavam, mas não podia dizer que se conheciam de verdade.

Apesar de sentir falta quanto não podia comentar com ele sobre certo desastre que acontecera com ela e ouvir sua risada.

Só não compreendia ainda porque isso a afetava. E porque a ideia de ele ser casado também.

E não sabia ainda como ia descobrir isso. Ainda esperava pelo plano brilhante de Sophia.

Era sábado à tarde, e Mabelle estava em sua escrivaninha planejando sua tese para o trabalho final do semestre. Mabelle tivera a ideia de pesquisar os índices de estresse e ansiedade nos jogadores em suas principais competições.

Seu professor Schulz apoiava a ideia e ainda lhe propôs fazer a pesquisa com os jogadores do Borussia Dortmund.

Mas só soube disso àquela tarde.

Seria uma oportunidade incrível e ela o agradeceria eternamente.

Ele já tinha até marcado um encontro para a semana seguinte, porque segundo ele o time estava na semifinal da Copa da Alemanha.

Com os olhos cansados, estava prestes a olhar a lista de jogadores do Dortmund quando seu celular vibrou.

Veste o seu melhor vestido! Hoje vamos descobrir quem é o misterioso Marco ;)

Oh, Deus! Mais uma festa. Sophia e suas invenções. Já ia perguntar o que uma festa ia dizer sobre Marco quando chegou mais mensagem sua.

Você não disse que ele era empresário? Descobri um lugar onde só gente importante vai. Temos entrada garantida. Até às nove, Bjos.

Mabelle balançou a cabeça. Isso não ia dar certo. Mais uma vez tinha essa sensação. Mas sua curiosidade era maior.

E a curiosidade matou o gato, né?

••••

Marco estava nervoso.

Já trocara de chuteira duas vezes, sentindo os dedos apertados mesmo que o número de suas chuteiras fossem todas iguais.

O time estava no vestiário se preparando para entrar em campo.

Thomas Tuchel seguia explicando alguma coisa sobre a marcação do time do Stuttgart.

Mas Reus não prestava atenção. Stuttgart não lhe preocupava tanto.

O que lhe afligia era a vontade de mostrar serviço em campo, e o medo de se machucar novamente.

As duas coisas corriam juntas. Em todos os jogos. Ele sabia que podia fazer mais, mas o temor se impregnou e não o deixava fazer o que sabia melhor.

Mas hoje seria diferente. Era quarta de final, um jogo no Signal. Não ia ser tão difícil assim se o time se mantivesse organizado.

Tuchel passou por ele em direção ao campo dando um tapinha em seu ombro.

- Vamos lá, garoto, você sabe que consegue.

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