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Terceiro dia na ilha, Rick é um doido cheirador de café

Assim que Rick inicou a corrida até a floresta meu coração começou a palpitar mais rápido que uma batedeira. Jesus Cristo, Rick decidiu suicidar-se! Na minha mente várias cobras e insetos estavam escondidos, esperando a primeira oportunidade para nos atacar, o problema é que Rick decidiu atacar primeiro. Ele simplesmente atirou-se sem olhar para trás, e eu como trouxa que sou, fui atrás dele.

- Rick! Espera. Não. Não faça isso, você não sabe aonde está indo! Volte para a praia agora!

Quanto mais eu seguia Richard, mais eu era engolida pela selva. Eu sentia o chão úmido embaixo dos meus pés, folhas secas e gravetos estalavam conforme eu andava, por algumas vezes ouvi aves com um canto assustador, sentia que a qualquer momento seria atacada.

- Rick pare!

- Eu não posso simplesmente não posso. É a nossa chance de sair daqui.

Richard respondia gritando enquanto corria. Então eu percebi o clima mudar, ficar mais claro e quente. A luz do sol cegou meus olhos. Senti meu corpo chochar-se com algo e em seguida cai, me emaranhei em algo macio, enquanto rolava no solo quente e úmido. Deus, o que diabos está acontecendo?

Senti algo me segurar pela cintura, só então me toquei que estava embaraçada em Rick. Os braços dele me envolveram, uma de suas mãos foi à minha cabeça, mantendo meu rosto colado sem seu pescoço.

- O que está fazendo?

A única resposta foi ter seu corpo mais próximo do meu. Então paramos. Levantei-me e deparei com o rosto de Rick bem próximo ao meu. Ele estava em cima de mim. Nossos olhores estavam fixos um no outro, eu analisava a situação e processava tudo de um modo lento. Caímos? Onde estamos? Rick está comigo. Rick está próximo demais. Próximo. Rick.

A associação de tais informações me fizeram virar o rosto e levantar. Meu coração e mente pareciam ter parado de funcionar. Tudo o que eu sentia era um forte cheiro de café.

+++

Basicamente eu havia trombado com Rick que estava a beira de uma ladeira de poucos metros, descemos da melhor forma possível: rolando. Foi assim que Richard foi parar deitado sobre mim. E sim, tudo isso por conta da intuição maluca dele e uma bússola biológica que apontava para onde havia café recentemente fervido.

- Como vamos voltar para a praia?

- Não vamos, olha só.

Richard apontou para uma clareira e em meio às árvores pude observar os contornos de uma casa. Corri em direção a clareira, era a nossa chance de sair da ilha! Então parei de ao notar que não era apenas uma casa e sim várias, mais precisamente estufas gigantes e brancas.

- Que diabos é isso?

- Estufas - respondi.

- Com certeza tem alguém por aqui. Ninguém construiria estufas numa ilha e depois daria o fora. Além de que também sinto cheiro de pão.

- Rick, acho melhor voltarmos. A pessoa que vive aqui com certeza não quer visitas. Estufas no meio de uma ilha deserta. Sinceramente?

- Não é deserta. Nós estamos aqui.

Revirei os olhos - Richard...

Perdida Na IlhaOnde histórias criam vida. Descubra agora