[N/I]: caso você seja Ziam shipper, acabei postar uma nova fanfic, também inpirada em fatos reais.
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Não sei quando o trailer sai já que ultimamente tenho andado ocupada o tempo inteiro.
Particulamente, eu odeio o final daquele cap e o começo desse, mas serão coisas que eu só poderei mudar na versão do livro.
Boa leitura!
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Suas mãos apertam minhas coxas e eu puxo o ar de volta para meus pulmões.
_ você é bom o suficiente no que faz. Pode parar agora. - digo rápido, apertando meus lábios para suprimir um gemido quando vejo sua boca se aproximar novamente da minha e sinto seus dedos chegarem até onde ele queria.
Harry para, me encarando incrédulo.
_ o que?
_ eu admiti. - respondo.
_ por que você fez isso? - ele pergunta alto, ofendido.
_ porque eu disse que não queria fazer isso aqui. - sacudo os ombros, percebendo que seus dedos não se moveram nem um centímetro de onde estavam.
Harry levanta uma sobrancelha, fingindo dar de ombros e tirando suas mãos do meu corpo, pronto para se levantar.
_ Olha, me desculpa por isso, eu não sei o que estou fazendo. - Harry suspira baixo, se sentando na cadeira ao lado da minha cama. - na verdade, eu quase nunca sei o que estou fazendo.
_ está tudo bem? - minha voz demonstra preocupação.
_ Não. Está. Não sei. - ele massageia a ponte do nariz. - eu me sinto nervoso e cansado, só isso.
_ você pode ir para casa, eu peço para chamarem minha mãe, não é sua responsabilidade. - sugiro.
_ não, eu já liguei para minha mãe e expliquei tudo. Eu vou ficar aqui. - Styles me encara.
_ por que? - ajeito minha roupa, sentindo sua atenção colada no que eu estou fazendo.
_ porquê. - ele responde.
_ Isso não é uma resposta de verdade. - rebato, vendo-o se recostar melhor na cadeira e fitar o teto como se houvesse algo extraordinário ali.
_ mas continua sendo uma resposta. - sua voz está baixa. - tem coisas que não dá para explicar com palavras, mesmo sendo óbvio.
_ É, - penso um pouco. - Acho que não dá para se explicar coisas óbvias, você sempre vai falar "porque é óbvio" na hora de justificar. - observo seus olhos se fecharem.
_ essa conversa não faz o menor sentido. - Harry dá um sorriso ainda sem abrir seus olhos. Ele parece se divertir com isso.
O observo por alguns minutos.
_ você vai dormir mesmo na cadeira? - pergunto.
_ tem algum lugar melhor? - ele levanta uma sobrancelha, ainda de olhos fechados e com a voz sonolenta.
_ têm uma poltrona bem à suas costas. - respondo.
_ Longe demais. - Harry diz mais baixo. - Como apaga as luzes?
_ bata palmas. - encaro uma das lâmpadas com os olhos semicerrados e o ouço bater palmas, antes de rir.
_ sempre quis fazer isso. - ele responde já sabendo que eu ia perguntar o motivo de sua risada. - você veio aqui muitas vezes? - seu tom é mais sério, mesmo ainda sonolento.
_ mais que deveria. - respondo.
_ isso é bom ou ruim? - Styles questiona e eu ignoro sua pergunta, esperando algum tempo até sua respiração diminuir e ficar mais calma, indicando que ele estava dormindo.
_ acho que estou com medo. - minha voz não demonstra emoção alguma enquanto falo para mim mesmo, em voz alta. - Sabe, acho que pela primeira vez em anos estou realmente preocupado. Eu costumava vir aqui quando era criança, eu tive alguns problemas que não eram nada comparados aos de agora, e eu tinha certeza que sentia medo, mas agora sei que era apenas uma mistura louca de sentimentos, hoje eu estou com medo, eu sei o que significa. É engraçado como todos falam comigo como se fosse uma despedida, isso me deixa triste mesmo que eu não consiga expressar da forma certa. Sabe como é a sensação de todos saberem que você está mal e ninguém estender a mão para você? - pergunto às paredes.
_ é como se ninguém desse a mínima para a sua existência. E você começa a se perguntar qual o sentido da sua vida, por quê logo você nasceu, se ninguém se importa. - Harry responde dando um suspiro no escuro.
_ você sabe fingir bem que está dormindo. - minha voz continua com seu tom frio, monótono.
_ e você sabe fingir bem que está apenas chapado e não destruído completamente por dentro. - Styles rebate calmamente.
Passo um dedo em volta das picadas de agulha nas costas de minha mão, dando uma risada fraca.
_ como você pode saber isso?
_ do mesmo jeito que sei que nunca irei deixar de ser um completo idiota, mesmo que eu queira. - o ouço se mexer na cadeira. - acho que isso está ficando meio depressivo, nós deveríamos dormir. Mesmo que dormir não resolva nada, afasta mais problemas. - ele fala antes do quarto cair em silêncio outra vez, dando por encerrado o assunto até o outro dia chegar.
Um dia que eu não desejava nem um pouco a chegada.
Um cara alto, moreno e magro se encontrava a minha frente na cama, ajeitando seu óculos nervosamente. Ele pareceria bonito se não estivesse com cara de remorso.
Harry não estava no quarto, apenas minha mãe, nos encarando de braços cruzados.
_ você sabe que tem...? - ele me encara deixando a pergunta no ar, o olhar pesado da minha mãe se dirige a mim.
_ tumor no cérebro. - completo, me recostando contra os travesseiros e mordendo o lábio inferior com força.
_ e você sabe que não só é maligno quanto está meio... avançado agora? - ele diz as palavras com cuidado, enquanto eu aceno positivamente a contragosto. O médico suspira, se sentando na cadeira vazia. - sua mãe me disse o que acontece com você, Louis. Isso não é algo que uma pessoa deva fazer, e antes que você diga, é claro que eu sei que a vida é sua e que você diria algo como "eu vou acabar morrendo mesmo algum dia", mas mesmo assim eu vou te perguntar algo: o que você acha que nós devemos fazer nessa situação?
_ deixar eu ir para casa. - respondo mesmo sabendo que não seria a resposta correta.
Minha mãe joga os braços ao lado do corpo, me encarando como se pedisse mentalmente para ter outro filho qualquer agora ao invés de mim.
_ se eu te deixasse ir para casa agora, você deixaria o que faz de lado e viria aqui todos os dias? - o médico continua.
_ não. - fito seus olhos claros.
_ ok. - ele dá de ombros e se levanta, fitando minha mãe. - posso conversar com a senhora por um instante?
Minha mãe acena positivamente e vai até o corredor com o cara, onde eles sussurram algo.
Olho para a mesinha ao lado da cama, onde tem um pequeno papel dobrado, reconheço a letra assim que o abro.
"Tenho prova hoje, tudo bem se eu te ligar depois?
- Harry."Volto a amassar o papel entre meus dedos assim que ouço os passos se aproximarem e vejo minha mãe entrar no quarto. Ela parece realmente triste, a ponto de chorar.
_ vamos embora? - olho para o soro, sem ter notado antes que haviam trocado.
_ Não, você será transferido. Você não está doente, Louis. Você é doente. - ela diz firmemente.
_ por que? - minha boca está entreaberta, enquanto afundo minha cabeça nos travesseiros e sinto sua voz vacilar por um momento, antes dela cerrar o maxilar e voltar a pose decidida.
_ porque eu cansei de ver você se matar aos poucos na minha frente.
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On Drugs (L.S.) #Wattys2016
Non-FictionQuando uma história é inspirada em fatos reais, ela se torna tão confusa quanto nossos pensamentos, e faz questão de entrar em nossa cabeça, para depois se despedaçar juntamente com nosso coração. E, mesmo quando faltar palavras entre eles, você a...