Não adianta chorar sobre o leite derramado.

179 4 0
                                    

Akashi

Acordo bem disposto e como de costume faço meus exercícios matinais, gosto de manter minha forma em dia afinal tenho uma imagem a zelar.
- fala por que mesmo precisamos fazer isso as sete da manhã Akashi. - Takao meu melhor amigo e segurança fala na porta do meu quarto. - passamos a noite na boate não dormimos nem 3 horas.
- sabíamos que teríamos cobranças hoje. - falo vestindo meu blazer. - vamos quanto mais sedo formos mais cedo essa chatice acaba.
- Takao pode começar sem você hoje. - papai fala atrás do Takao.
Takao e eu nós curvamos em respeito.
- O senhor precisará de mim para algo pai? - pergunto sério.
- Precisamos conversar sobre o futuro. - fala e sai.
- Takao vejo você na boate. - digo e sigo meu pai.
- te vejo lá. - Takao responde saindo.
Quando alcanço meu pai estávamos no jardim interno a poucos passos do seu escritório. Seguimos em silêncio até estamos acomodados na sala dele.
- Makarov entrou em contato comigo me oferecendo um acordo muito vantajoso. - papai fala bebendo um pouco de chá.
- Até onde eu sei nos e os Russos temos uma rixa bem antes dele ou o senhor serem líderes. - falo tomando um puco de chá para limpar à garganta. - o que quer que ele tenha dito não acho que seja verdade. - completo serto das minhas palavras.
- Makarov pode ser um assassino mais tem honra Akashi e não acho que ele ofereceria seu maior tesouro se não fosse verdade. - papai fala pegando um envelope. - Nós vimos a possibilidade de um acordo de paz que jamas poderá ser rompido. - fala calmo.
- Não existe um acordo que não possa ser quebrado. - digo no mesmo tom.
- quando o acordo e selado com sangue sim. - fala me entregando o envelope. - após uma longa discussão chegamos a um acordo, a uma foto no envelope veja e me diga o que acha.
Assim como ele me disse fiz, abri o envelope e tirei a foto de dentro e quase perco o ar.
- ela e linda. - falo fascinado. - Quem é? - pergunto olhando fixamente para a foto.
- o maior tesouro de Makarov sua primogênita Agatha. - papai fala se servindo de mais chá. - ele ofereceu a mão dela em casamento e eu aceitei. - completa me jogando de volta a realidade.
- vai se casar com ela? - perguntei surpreso. - e minha mãe?
- você não deveria se precipitar. - fala pegando a foto da minha mão. - ela de fato vai se casar com alguém da nossa casa e esse alguém e você filho.
Levo um tempo até juntar os fatos e a ficha cair.
- do que o senhor está falando? - pergunto alterado. - eu não concordo com isso, não quero me casar. - falo firme.
- eu não lembro de pedir sua opinião sobre o assunto, você e um homem inteligente Akashi então pense, uma aliança como essa garantirá nossa liderança por várias gerações, nosso poder é influência aumentaram significativamente. - explica calmo.
- e ela aceitou isso? - pergunto buscando me orientar.
- Agatha sabia desde sedo que teria um casamento assim, mesmo sendo a primogênita o clã nunca daria o poder a uma mulher então ela se tornou objeto de barganha. - explica me pegando de surpresa.
- então ela e só uma marionete? - pergunto mais calmo.
- nem de longe, Agatha e conhecida como princesa de prata, a garota e a melhor assassina que Makarov tem, ter uma mulher como ela do seu lado e de várias formas um bom negócio. - fala cosando o queixo.
- se ela não vai assumir quem vai? - pergunto curioso.
- o outro filho dele atualmente o garoto tem por volta de 13 anos de idade ainda falta muito para assumir os negócios. - fala apontando para o garoto que até então não tinha visto na foto. - ela está em um avião nesse momento vindo para o Japão para uma primeira apresentação, acho que amanhã à noite ela já estará aqui.
- não a chances de mudar de idéia? - pergunto so para ter certeza.
- já está decidido. - fala calmo.
Me curvo em respeito e saio da sala deixando ele com seus papéis.
Pego meu carro e vou para a boate o meu escritório e centro do meu território. Logo que chego vejo Takao andado de um lado para o outro.
- vai fazer uma vala desse jeito se não parar. - falo pegando-o de surpresa.
- o que está acontecendo? - Takao pergunta vindo até mim. - estamos com problemas?
- fique tranquilo, não à nada assim. - falo me sentando. - e as cobranças? - pergunto calmo.
- tudo sob controle, kise e os outros foram fazer. - fala me entregando a rota de cada um. - o que está acontecendo? - pergunta se sentando na minha frente. - você está estranho.
- pra você eu não preciso mentir ou esconder. - falo soltando um suspiro.
Levanto vou até a porta após ter certeza de que não há ninguém por ali fechar a porta e a tranco.
- papai conseguiu um acordo de ouro com os Russos. - falo me jogando no sofá.
- então por que você tá com essa cara? -Takao pergunta.
- por que o acordo em questão e uma linda assassina que está vindo para o Japão para ser casar comigo. - digo sentindo um gosto ruim na boca.
Takao estampa em seu rosto uma careta realmente hilaria, se eu estivesse legal teria rido.
- você vai se casar? - pergunta exasperado. - Com uma assassina russa?
- meu destino. - falo passando a mão no cabelo. - ela vai chegar amanhã a noite se der tudo certo. - completo lembrando das palavras do meu pai.
- pode ser uma armadilha dos russos para matar o proximo líder dos Iakuza. - Takao levanta a questão.
- mesmo que fosse não acho que Makarov sacrificaria a própria filha para isso. - falo acendendo um cigarro. - ele da muita importância para o sangue.
- vai se casar com a princesa de prata? - Takao pergunta bem perto de mim. - Que inveja. - completa girando com a cadeira.
- conhece ela? - pergunto me centando.
- Infelizmente não pessoalmente. - fala sonhando acordado. - fiquei sabendo de alguns trabalhos que ela fez e vi algumas fotos ela e deslumbrante. - fala desenhando curvas no ar.
- trocaria comigo se pudesse? - pergunto para ver a reação dele.
- sem pensar duas vezes. - fala firme. - diferente dos outros russos ela e gentil não mata ou tortura pessoas se não receber ordens para isso, já ouvi boatos de pessoas que se apaixonaram por ela depois de uma simples conversa. - explica.
- isso deve ser mentira. - falo incrédulo.
- e verdade pergunta pro Kise, quando ele foi pego quem salvou a vida dele. - Takao fala sério.
- ele falou com ela? - pergunto surpreso.
- Fala com ele. - Takao fala ficando de pé. - tenho que ir no banheiro vai ficar bem sozinho por 15 minutos.
- Acha que sou criança? - pergunto com uma sobrancelha levantada.
Takao ri e sai, me deixando sozinho em meus pensamentos, não demora e kise e os outros entram em minha sala.
- o pagamento desse mês quinto. - kise fala pondo o dinheiro na minha mesa.
Quase todos me chamam de quinto por ser o quinto em nossa família a assumir a liderança do clã.
- algum problema? - pergunto serio guardando o dinheiro em uma gaveta da minha mesa.
- não senhor. - kise responde calmo. - tudo bem não conferir o dinheiro?
- faço isso depois.- falo simples. - preciso conversar com você os outros podem sair.
Os três homens saíram da minha sala me deixando sozinho com kise.
- fiz algo de errado? - pergunta nervoso.
- não fique calmo. - falo afrouxando a gravata. - quero que me conte tudo sobre uma russa que chamam de princesa de prata.
Vejo um brilho nos olhos dele.
- ela salvou minha vida senhor. - fala e deixa escapar um suspiro. - eu tinha sido capturado pelos russos quando ainda trabalhava nas docas, passei 4 dias preso no começo com mais três homens mais a cada dia um deles era levado e nunca mais voltava, quando chegou minha vez fui levado para uma sala alguns caras me bateram me perguntando sobre um conteiner que eu nunca tinha nem visto. - fala tocando a cicatriz na testa. - passou um tempo e eles já tinham decido me matar quando ela apareceu em um vestido preto repreendendo todos naquele lugar.
fiquei surpreso com o fato dele ainda está vivo.
- e então? - pergunto curioso.
- me levaram até um quarto onde me deram um banho e a própria Braxton cuidou dos meus machucados, ela me pedio desculpas pelo o que tinha me acontecido e disse que cuidaria pessoalmente para que eu voltasse para casa a salvo. - fala e vejo seu olhar perdido. - nunca vi em toda a minha vida mulher tão bondosa quanto ela.
- perguntou a ela o motivo de ter te ajudado?- questiono sério.
- perguntei sim e ela respondeu sorrindo " você não merecia o que te fizeram e também não fez nada de errado por que tem que morrer? ". - kise repete as palavras dela.
- isso e tudo pode ir. - digo raciocinando.
- quem e você Agatha Braxton? - pergunto olhando fixamente para o nada.

Destino entre amor e guerraOnde histórias criam vida. Descubra agora