Será que a verei outra vez?

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Akashi.

Quando acordo já era hora do almoço com Lia batendo em minha porta para me chamar.
- senhor o que ainda faz deitado? - pergunta vendo minha cara amassada.
- eu tenho algo para fazer hoje? - tento me lembrar de qualquer compromisso tendo um branco em minha mente.
- o quarto, seu pai disse que o senhor tem um compromisso marcado com a princesa de prata. - fala baixando a cabeça.
Arregalo os olhos com a informação, por que ele sempre me mete nessas coisas de ultima hora?
- Agatha já está me esperando? - pergunto pulando da cama vendo Lia se virar de costas.
- ao que parece ela está na mesma situação que o senhor. - fala tirando um peso das minhas costas.
- sabe o que está arranjado? - pergunto entrando no banheiro.
- vocês irão almoçar fora e depois passear, ao que parece demonstrar para todos que estão se dando bem e que o laço entre as casas vai mesmo se firmado. - diz enquanto eu tomo meu banho. - eu irei me retirar agora.
Lia sai me deixando sozinho com a água gelada por mais que eu não gostasse não estava com tempo para esperar esquentar.
De banho tomado visto uma calça jeans esporte preta com vários bolsos e uma camiseta branca e um tênis, não e por que eu estava em uma posição importante que eu seria um eterno homem de terno, afinal tenho 26 anos.
Me olho no espelho e não estou nada mau, um visual despojado mais muito bem montado.
Saio do meu quarto e vou até a porta dela e bato.
- Quem é? - ouso sua voz do outro lado.
- Vim ver se já está pronta. - Digo calmo.
- estou quase, entra. - fala me convidando.
Entro meio inseguro já que não sabia o que esperar. No quarto ela estava se debatendo tentando fechar o zíper de sua saia que julguei curta demais.
- pode me ajudar? - pede vindo até mim.
- não acha que essa saia está curta demais não? - falo fechando o zíper.
- sem brigas lembra. - fala me repreendendo.
- sei disso. - falo olhando o pacote completo.
Agatha estava com uma blusa de manga comprida mais que cobria até sua costela e uma saia alta com suspensórios com uma sapatilha nos pés. Seus cabelos estavam soltos e meios cacheados e quase nenhuma maquiagem, Agatha era linda ao natural.
- aonde vamos? - me pergunta cruzando seu braço no meu indicando que já estava pronta para ir. - e a propotosito gostei de saber que tem roupas casuais, não que o terno não lhe caia bem.
- agradeço. - digo meio constrangido por ser elogiado. - fico bem em quase tudo. - desconverso.
Agatha revira os olhos e sorri.
Saímos do quarto dela e fomos direto ao escritório do meu pai afinal foi ele quem armou isso.
- vejo que já estão prontos, acho até que demoraram bastante. - fala assim que entramos na sua sala.
- o senhor nós pegou de supresa pai, admito que estava dormindo. - Falo cumprimentando-o.
- sei disso mais surgiram assuntos de última hora é irei deixar que vocês resolvam. - fala fumando.
- que assuntos? - Agatha pergunta seria.
- alguns clãs não asseitam o nosso acordo com sua família e estão prontos para  fazer pequenos ataques quando estiverem sozinhos ou desprevenidos e como isso e algo que pode demorar para acontecer resolvi criar um momento oportuno. - fala nos encarando. - vão almoçar depois andem por ai tenham um encontro normal e não se preocupem e caso seja necessário podem agir sem problema algum.
- entendido. - eu e Agatha falamos simultaneamente saindo do escritório.
Fomos até o salão principal onde uma seleção de armas estavam dispostas  a nossa escolha.
- o que vai querer? - Takao pergunta assim que me vê.
- uns três pentes e uma semi alto-matica 38.mm . - respondo já pegando a arma e a escondendo na parte de trás da minha roupa.
- e você princesa? - Takao pergunta a ela com um sorriso no rosto.
- eu já escolhi. - ela responde com uma espécie de sombrinha na mão.
- você vai fazer o que com isso? - pergunto menosprezando sua escolha.
- vou desmebra-los. - responde revelando que a sombrinha na verdade e uma espada disfarçada.
- entendo. - respondo me arrependendo de ter perguntado.
Saímos de lá a pé já que o plano era faze-los pensar que estávamos endefezos.
- o que quer fazer? - pergunto vendo ela olhar atenta para tudo.
- o que você faz nesse tipo de situação? - pergunta me olhando séria.
- que situação? - a questiono.
- o que se deve fazer em um encontro?
- você não sabe? - pergunto surpreso.
- não, nunca estive em um na minha vida já li sobre isso em livros e mangas mais nunca tive um. - diz abaixando a cabeça constrangida.
- então descobriremos juntos. - falo estendendo a mão para ela. - não tive interesse nesse tipo de coisa quando adolescente então e a minha primeira experiência.
Agatha sorri e segura a minha mão. E assim fomos em um restaurante familiar almoçar, Agatha comeu bem depois que paguei a conta estávamos passeando na rua quando ela se aproxima de mim abraçando meu braco.
- estão nos seguindo. - diz baixo e sorrindo disfarçando.
- são os homens do meu pai? - pergunto só para ter certeza.
- sim e não. - responde me puxando para perto de uma vitrine. - quando saímos da mansão haviam 4 homens nos seguindo. - diz apontando para as localizações deles. - agora tem seis.
Concordo com a cabeça e entramos na loja como parte do teatrinho mais ela acaba comprando um vestido me fazendo pagar, não que eu me importe com isso.
- como pode está tão tranquila a ponto de fazer compras? - pergunto segurando a sacola.
- mesmo sendo seguidos ainda estamos em um encontro, mais não qualquer encontro o nosso primeiro nem todas as pessoas do mundo vão atrapalhar isso. - diz andando na minha frente. - que tal irmos a um parque de diversões? - propõe vendo um cartaz que anunciava o lugar.
- parque de diversões? - pergunto calmo. - que ir para um lugar em que eles podem se misturar ainda mais?
- quero me divertir e diferente, é eles não vão tentar algo com tantas testemunhas assim. - diz parando na minha frente. - vamos?
Olho seus olhos que passam confiança de sua longa esperiencia e uma animação infantil tremenda.
- se você diz então vamos. - falo e vejo um lindo sorriso nascer em seus rosto.
Uma das coisas que descobri e que gosto muito do sorriso dela, e outra era que eu estava disposto a aceitar coisas das quais nem imaginava ser capaz para vê-lo em seu rosto.
Fomos ao parque onde ela olhava encantada para tudo.
- então isso e um parque? - pergunta segurando minha mão com força.
- sua primeira visita? - pergunto chocado.
- sim. - diz me olhando nos olhos.
Vendo sua sinceridade começo a questionar como foi sua infância e criação, parques e encontros são duas esperiencias que fazem parte do crescimento ate eu já estive em um parque antes.
- aonde quer ir primeiro? - pergunto feliz por ela.
Ela olha o lugar atenta.
-  no tiro ao alvo. - fala apontando para a barraquinha.
Segurei sua mão e a puxei para lá, Agatha foi contente comigo.
- boa tarde senhor, vai tentar ganhar um premio para sua namorada? - o atendente fala vendo que estamos de mãos dadas.
- vamos competir. - Agatha fala me olhando. - quero saber se e bom com uma arma na mão.
- você vai se surpreender com o que sou capaz de fazer. - digo aceitando seu desafio.
- então são duas armas, quantas munições? - o atendente pergunta.
- 12 para cada. - digo pagando.
- fiquem a vontade. - ele fala e nós da espaço.
Carregamos as pistolas e nos preparamos para atirar.
Agatha atira e acerta o alvo assim como eu, e os outros 11 tiros foram iguais, nos deixando empatados.
- porque você não usa uma arma sendo tão boa assim? - pergunto guardando os colares que escolhi como prêmio e Agatha um urso quase maior que ela.
- gosto de laminas, armas são barulhentas. - fala me puxando para a fila da montanha russa.
- mais em uma luta uma arma tem vantagem. - digo comprando os ingressos.
- depende do inimigo. - fala pondo o urso dela no chão para podermos sentar no carrinho. - comigo por exemplo.
Olho para ela que parece esta meio nervosa.
- o que foi? - pergunto com o carrinho já em movimento.
- estou preocupada com o brinquedo que nunca andei.
Sorrio por que isso vai ser engraçado.
O brinquedo ganha velocidade na descida e Agatha se segura em mim com muita força.
- a gente vai cair. - ela fala em meio a berros.
- calma e assim mesmo. - digo tentando evitar que as unhas dela entrem no meu braço.
Nos lups ela gritava ainda mais e eu ria da inocência dela, era realmente como andar com uma criança.
- pensei que fosse morrer. - fala assim que saimos do brinquedo, Agatha estava gelada.
- algum dia vai voltar a andar? - pergunto só pra provocar.
- nem sob tortura. - responde agarrando seu urso.
Rio dela que me da um tapa em protesto.
Nos visitamos varias barracas e atrações do parque, Agatha só falto subir em cima de mim na casa assombrada. Quando dou por mim já estava escurecendo e o parque já estava ficando cada vez mais vaziu.
- que tal um último brinquedo para fechar o dia? - proponho.
- em qual vamos andar? - pergunta atenta.
- roda gigante. - digo calmo.
Andamos ate lá e quase não havia fila então não tivemos que esperar muito, entramos em uma cabine e esperamos ela subir.
- que linda vista do por do sol. - fala atenta ao lado de fora. - obrigado Akashi por ter passado o dia comigo, sei que deve ser chato para um homem como você andar com uma mulher infantil como eu. - fala virando seu rosto para mim, essa foi a primeira vez que vejo esse olhar em uma mulher que não fosse minha mãe, ela me olhava com carinho.
- pelo contrario eu que deveria te agradecer. - digo segurando sua mão. - agradecer por me mostrar sua gentileza e me ensinar a apreciar as pequenas coisas. - digo a vendo corar.
- eu sou uma falhar como assassina, ficar tão envergonhada por um elogio assim. - fala apertando minha mão, ela estava vermelha até a ponta das orelhas.
Sinto uma sensação de prazer que nunca esperimentei com mulher alguma. Me levanto e me sento ao seu lado e dou um beijo em sua testa a puxando para mim. Agatha se aninha em meu peito e ficamos assim, até sairmos do brinquedo, não dissemos nada a respeito apenas ficamos de mãos dadas.
- preciso usar o banheiro. - fala entrando no lugar.
Fico segurando o urso dela esperando sentado em um banco.
- fique quieto e apenas escute. - o cara fantasiado de urso falou do meu lado me fazendo entrar em alerta. - colocamos explosivos naquele banheiro e se não fizer o que eu mandar vou detonar mandando sua amada princesa para o outro mundo. - fala me fazendo gelar, acho que nunca fiquei com tanto medo assim.
- o que você quer? - pergunto tirando a mão da arma, discartando a possibilidade de atirar.
- jogue sua arma no lixeiro e siga até a entrada lá terá um carro preto a sua espera. - fala passando por mim. - decida bem, qual vai ser a escolha certa?
O homem fantasiado sai ficando em uma distância segura do banheiro mais não se afastou muito, não penso duas vezes e tiro a arma da cintura a jogando no lixeiro, junto com os pentes, meu celular começa a tocar na hora eu sabia que estava sendo vigiado.
- o que você esta fazendo? - Takao praticamente grita em meu ouvido.
- não tenho tempo para explicar, não me siga e se sertifique que Agatha chegue segura até meu pai. - digo pegando os cordões do meu bolso um eu pondo no urso e outro no meu pescoço. - e Takao não vou te perdoar se algo acontecer com ela.
Desligo meu celular e o jogo no lixo também acho que não ia mais precisar dele, saio de lá sentindo um aperto no peito mais sabia que estava fazendo a escolha certa, do lado de fora entro no carro e logo sou apagado.
- será que terei a chance de vê-la outra vez?

Destino entre amor e guerraOnde histórias criam vida. Descubra agora