Às vezes, estar diante de algo novo pode te fazer agir de diversas maneiras. Alguns encaram a realidade de frente. Outros se esquivam, fogem, ou faz de tudo para aquilo sumir. É uma espécie de fobia. Você pode se comportar de diversas maneiras e ninguém a sua volta irá te entender, a não ser você mesmo, ou não.
...
Assim que o intervalo chegou, como de costume, eu e as meninas descemos para comer alguma coisa. O assunto inteiro foi o fato de eu estar trabalhando com Alex e Jhony.
- Liza, agora não tem mais desculpa para você não falar com os meninos. - disse Kate.
- Isso não muda nada. Eu vou continuar saindo antes do intervalo na quarta e na quinta, não tem jeito de eu vê-los. - expliquei.
- Poxa vida, precisamos marcar logo alguma coisa com os meninos, já estou com saudades deles. - avisou Sam.
- Você não está precisando fazer alguma reforma no seu quarto? Trocar uns armários ou algo do tipo? - perguntei.
- O que isso tem a ver? - perguntou Sam.
- Você pode passar na empresa e pedir para o Jhony dar uma sofisticada a mais no seu quarto. Ele deve conhecer camas incríveis e você aproveita para matar a saudade dele. - brinquei rindo e as meninas me acompanharam. E Sam me deu um tapa de leve no braço.
- Claro que não. Imagina. - riu sem graça.
- Boa Liza! - ajudou Kate que não conseguia para de rir.
Back olha por trás de mim e faz sinal para eu me virar. Assim eu faço. Ele se aproximou da nossa mesa e cumprimentou as meninas.
-Olá meninas! Como estão? - Certeza que essa simpatia toda não era comigo.
- Estamos bem. - respondeu Back pelas meninas. - Estávamos falando agora mesmo de você.
Nessa hora eu havia me virado, de forma a ficar de costas a Alex. Eu não disse absolutamente nada.
- De mim? Por que? - perguntou surpreso.
- Ah você sabe, sobre o fato de Liza estar trabalhando com você e Jhony. - Respondeu Sam.
Alex passou a mão pelos cabelos encaracolados e pigarreou:
- Claro. Falando nisso, Liza, preciso falar com você, é possível? - pediu. Incrível como seu tom havia mudado na maior naturalidade. Não respondi, só levantei da mesa e o acompanhei.
Fomos em direção ao portão da Universidade onde se encontravam apenas algumas pessoas, pois era mais fácil para conversar. Paramos de andar e ele se posicionou a minha frente.
- O que aconteceu com o seu celular? - perguntou grosseiramente.
- Está sem bateria, por quê? - devolvi no mesmo tom.
- Porque faz horas estou te mandando mensagens, te ligando, e nada. - ele falava como se fosse me contar uma tragédia.
- Meu Deus, quem é que morreu? – provoquei.
- Não morreu ninguém, mas eu gastei tempo e gasolina para vir até aqui. Sabe quantos quilômetros dá da minha casa até aqui?
- Não sei e nem quero saber. - cruzei os braços.
- Claro, porque a gasolina não é sua.
- Vai falar ou não vai o que veio fazer aqui? – retruquei.
Alex respirou fundo:
- Preciso de você amanhã cedo.
Descruzei o braço e franzi o cenho:
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No tempo certo - A distância LIVRO1
Romance(Revisado) Se você tivesse sua vida inteira planejada, o que te faria abrir mão de seus sonhos? Após um longo histórico de decepções amorosas, Liza decide fechar seu coração por completo. Sendo assim, ela dedica a sua vida a uma carreira profissiona...