Capítulo 2

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Olá leitores, começamos o segundo capítulo, postarei no decorrer dos capítulos algumas músicas da trilha sonora, e fotos que representam alguns personagens, mas imaginem do jeito que quiserem.

Escrevi esse livro no final de 2013 e estou muito feliz de poder compartilhar com vocês :D

Um abraço e boa leitura. 

...

Helena, a mãe de Evelyn finalmente conseguiu um novo emprego. Evelyn cuidava dos irmãos à tarde, Augusto estava trabalhando em dois empregos embora não fosse mais necessário.

Ela sai para buscar pão e vê Nico sentando na calçada, ele olha para Evelyn e sorri lançando um olhar irresistível, ela ficou incomodada e parou de olhar para ele, continuou a caminhar sem confiança pensando estar sendo avaliada.

Ao tomar café da tarde a família toda sentou a mesa, as coisas iam se resolvendo, todos valorizavam o que tinham e os momentos em família, mas algo preocupava Evelyn que notava que Augusto esta afastado da família e mal conversava, ele só olhava seu café e parecia pensativo.

– Amanhã tenho um trabalho para fazer talvez eu volte mais tarde – avisou Evelyn.

– Tá bom filha, eu falo para a vizinha cuidar da Isabel e do Bruninho – respondeu a mãe.

– Bruninho não, eu já tenho 9 anos – reclamou ele.

– Nunca me acostumo, vocês crescem tão rápido.

– Tenho que sair – disse Augusto se levantando.

– Aonde você vai?

– Para o meu outro emprego.

– Filho, você não precisa se matar de trabalhar, as coisas vão ficar melhores.

– Mãe, você não entende, eu estou fazendo isso por mim. Bom, vou levar a chave, volto de madrugada, tchau – disse se retirando sem mais explicações.

Dia seguinte Evelyn ia até sua casa no fim de tarde após ter feito um trabalho de escola. Já estava escurecendo e mal tinha iluminação naquelas ruas próximas a sua casa. Até que alguém a segura pelo braço e a leva até o muro, ele coloca as duas mãos no muro, deixando Evelyn bloqueada sem espaço para sair. Era Nico.

– Olá.

– Oi – respondeu ela com os ombros encolhidos.

– Que bom ter ver de novo. Senti sua falta – disse ele que se aproxima dela que vira o rosto.

– Eu tenho que ir para casa.

– Mas já? Ainda nem conversamos.

– Eu não tenho tempo agora.

– Você tem quantos anos?

– Quinze – respondeu secamente.

– Eu tenho 22 anos.

– Pode me deixar ir?

– Eu até posso, mas eu não consigo parar de olhar nos seus belos olhos – pronunciou com uma voz charmosa.

Evelyn se sentiu tocada por aquelas palavras, sentiu uma imensa vontade de ficar lá e conversar com o Nico, mas lembrou de que alguém poderia ver aquela cena. Ela então segurou um braço dele e tirou do muro.

– Não pode fugir de mim assim. Eu vou te encontrar de novo.

– Tchau – respondeu ela.

Ao voltar para casa Evelyn não esqueceu aquela situação e não sabia o que fazer, se sentia confusa, ela começou a ter o desejo de estar com Nico, mas sabia que talvez essa não seria a melhor decisão já que ela se considerava muito jovem para namorar, mas o desejo era maior, suas emoções pareciam a controlar.

Dois mundos - conectados ao amor -(degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora