Capítulo 6 - parte 2

20 3 0
                                    


Já nos Estados Unidos, em Nova York, Augusto e Briana estão sentados em uma praça, ele deseja muito falar com a família e finalmente toma coragem de fazer isso, quer telefonar para eles.

– Você sabe como fazer uma ligação internacional? – perguntou para Briana.

– Sei sim, eu só preciso do código. Espera ai, vou procurar aqui no meu celular.

Ela achou o número.

– Anota ai, agora é só digitar o número para qual você vai ligar.

– Obrigado Briana.

Ele começa a digitar o número, sente um grande nervosismo e fica muito tenso, Augusto tem medo de como a família vai reagir, ele respira fundo, o telefone começa a chamar, ele aguarda que alguém atenda, mas ninguém atende.

– Será que não tem ninguém em casa?

– Deve ser, tenta depois.

Augusto tentou ligar novamente, mas ninguém atendeu, ele tentou de novo, logo em seguida soube que o número não existe mais.

Assim que saem do hotel de manhã, eles vão para o estado do Texas, em Dallas para verem a casa que vão alugar.

Eles veem uma casa simples de cor marrom, as paredes são bege, dentro da casa tem alguns móveis, na cozinha tinha um armário grande de madeira, dois quartos, um banheiro e sala. O aluguel é de setecentos dólares, eles tentam negociar com o dono para que abaixe o preço enquanto tomam café da tarde, os dois explicam a situação pela qual estão passando, prometem cuidar bem do imóvel, o dono então aceita cobrar quinhentos e setenta dólares. Assim que o dono vai embora.

– Conseguimos! – disse Briana aliviada. – Você gostou mesmo da casa?

– É bonita e melhor do que a casinha onde eu morava.

– A caminho daqui eu vi que estão precisando de alguém para trabalhar em um café.

– Eu também terei que trabalhar e estudar inglês, que bom que encontrei um curso que não é tão caro por mês.

– Você esqueceu–se de algo?

– O que?

– Ensaiar as suas músicas já que você quer ser um astro do rock – disse enquanto ia até a cozinha e Augusto a seguia. – Ah e também lavar a louça, maricón! – provocou.

– Maricona!

Briana ri.

– Isso não existe! – respondeu em tom de brincadeira.

– Não tem uma máquina que lava louça?

– Tem, mas esta quebrada.

– Falando sério, você não acha que é loucura eu estar fazendo tudo isso?

– Não, loucura é não lutar por um sonho. Você chegou a ter uma banda de rock no Brasil?

– Não, mas eu procurei gravadoras, teve um empresário que gostou muito da minha voz, disse que eu tinha nascido para isso, fiquei animado, mas logo depois eu soube da realidade... – disse Augusto que para de falar.

– Que realidade?

– Ele não iria investir em mim, a não ser que eu mudasse um pouco o estilo que eu canto, então eu não aceitei. Sofri muito com isso, eu também recebi alguns ''nãos''.

– E sua família te apoiou? – ela quis saber mais.

– Eles nunca ficaram sabendo disso, eu sempre fui muito fechado quanto a isso.

Dois mundos - conectados ao amor -(degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora