Oi leitores, este livro ficará completo até 5 de junho, postarei toda semana conforme for revisando, desculpem se encontrarem algum erro, fiz mais de duas revisões e mesmo assim sempre fica algum erro.
Que tenham uma boa leitura, estou dividindo alguns primeiros capítulos em duas partes para não ficar muito grande e cansativo.
Aguardo seus comentários e votos que me deixarão muito motivada :)
...
A jovem Evelyn caminha por uma rua pouco iluminada passando por casas simples, ela se dirige até sua casa, que tinha um quintal cheio de terra e mal acabado, portão enferrujado e sem cor alguma. Ela segura algumas sacolas carregando apenas o básico e para a semana.
Quem a recebe na porta é seu irmão caçula.
– Você trouxe doce, bala – disse ele enquanto olhava a sacola.
– Só uma bala de troco – disse Evelyn entregando a única bala ao irmão.
– Obrigada filha, vou cozinhar o arroz – disse a mãe com uma expressão triste no olhar.
– Pai, eu não tenho lápis de cor para pintar meu desenho, é para a escola – disse Isabel, irmã dela que tinha 11 anos, cabelos castanhos encaracolados, olhos castanhos.
– Pede emprestado para a sua colega que mora aqui ao lado. Eu não posso comprar agora, mal temos dinheiro para comprar comida... Queria que tivéssemos uma vida melhor, mas estou fazendo o possível – disse Estevão, o pai dela indo até o quarto para que a família não visse as suas lágrimas.
– Augusto vai levar a sua irmã para a casa da colega pedir o lápis de cor emprestado – pediu Helena, a mãe deles.
– Estou cansado – respondeu Augusto sentando em um sofá velho. Ele tinha cabelos pretos, olhos azuis, tinha 19 anos. – Amanhã tenho que me matar de trabalho, eu não aguento aquele lugar, eles me fazem de escravo, logo tenho que procurar outro trabalho, porque esta impossível viver assim.
Ele se levantou e acompanhou a irmãzinha até a casa da colega. Evelyn se sentou e olhou aquela estante sem televisão, se sentindo impotente, ela pensava em uma maneira de ajudar a família. Então decide depois da escola caminhar até o centro da cidade e pedir dinheiro, ela nunca teve que fazer isso e sentia um grande receio e falta de coragem, mas faria por amor a sua família, isso era o que mais a movia a agir para solucionar um pouco a situação.
No dia seguinte à tarde sem dizer nada a família, ela saiu caminhando até chegar a um local onde encontraria várias pessoas, com a camisa da escola e usando uma calça jeans simples a jovem de cabelos ondulados e olhos castanhos amendoados começa a pedir dinheiro, com ombros encolhidos e com medo da reação das pessoas. Primeiro fala com uma mulher que estava bem arrumada e parecia ser uma boa pessoa, a mulher parou e ouviu o que Evelyn disse.
– Eu não tenho dinheiro agora, desculpa – disse a mulher enquanto vai embora.
Evelyn prossegue procurando coragem para falar com mais alguém, com um olhar de receio ela busca tentar falar com outro alguém. Com muito esforço ela conseguiu algumas poucas moedas, mas não era o suficiente. Cansada ela encostou–se à calçada e esticou as pernas, um rapaz loiro de olhos claros, que parecia usar roupas caras, passava apressadamente e tropeçou nos pés dela.
– Desculpa – disse Evelyn falando baixo.
– Porque não vai estudar em vez de ficar ai parada! – disse ele irritado e saindo sem ouvir uma explicação.
Ela se sentiu humilhada, era humilhante fazer aquilo, por mais que a vontade de desistir fosse maior, ela decidiu ser forte e continuou a pedir dinheiro. As quatro e meia ela decide ir embora, assim que chega em casa.
– Onde você estava? – perguntou a mãe.
– Isso é para vocês – disse entregando algumas notas e moedas para a mãe.
– Como você conseguiu isso?
– Eu pedi na rua.
– Evelyn! Não volte a fazer isso.
– Eu só queria ajudar – respondeu com a cabeça baixa.
– Tá bom, mas não faça mais isso.
Ela se dirigiu até seu simples quarto que compartilhava com a irmã, ela se deita no colchão já que nem tinha cama. Começa a sonhar com uma vida melhor, ao fechar os olhos imagina a família feliz e vivendo em um lugar melhor, sem ter preocupações financeiras, todos sentados à mesa olhando uma mesa farta de alimentos. A imaginação dela parecia tão real que por um momento ela sorriu como se tudo fosse verdadeiro. Evelyn abre os olhos e volta à realidade dos problemas que ela não sabia quando acabariam.
A família esta jantando, Evelyn aparece e se senta a mesa.
– Eu não aguento mais aquele emprego, eu odeio trabalhar lá – reclamou Augusto.
– Filho, faça algo que você gosta, não precisa perder o sono e se estressar fazendo o que não que gosta, logo sua mãe estará recuperada da cirurgia na perna e poderá voltar a trabalhar, não vamos depender tanto da sua ajuda – respondeu o pai que tinha olhos azuis, cabelos castanhos.
– Obrigado, não quero ficar ganhando um salário mínimo e fazendo o que não quero, sem ter a perspectiva de crescer na vida. Esse emprego me esgota e me deixa doente. Espero encontrar forças para aguentar esse trabalho por mais algum tempo, espero que não fique depressivo. Seria o fim! Parece que estou prestes a enlouquecer e fazer uma loucura.
– Filho, não fale isso, tudo vai se resolver.
– Eu também posso trabalhar se quiserem, não quero ver essa situação nos abalando. Também eu preciso de um vestido para ir à festa na casa da Adriane.
– Não precisa ir tão arrumada na casa da sua amiga – disse a mãe.
– Mas vão ter alguns garotos e eu não quero estar feia.
– Garotos! O que falamos sobre isso?
– Que eu não posso namorar, sou muito nova. Não estou interessada em ninguém, só quero me sentir confiante.
– Eu vou mandar a dona Arlete reformar um vestido seu, ela é uma costureira caprichosa.
– Obrigada mãe – ela aceitou o que a mãe disse sem reclamar.
Logo a situação pareceu piorar, a luz foi cortada e a família teve que passar os dias no escuro, Evelyn estava triste vivendo naquela subvida e ninguém parecia se importar, ela se sentia excluída e diferente da sociedade.
Sem forças para voltar a casa e mais uma vez não encontrar comida, ela começou a chorar enquanto estava no centro da cidade. Alguns minutos depois um casal se aproximou.
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Dois mundos - conectados ao amor -(degustação)
Fiction généraleEvelyn tem três irmãos, Augusto, Isabel e Bruno. Sua família é pobre e eles sempre passaram por dificuldades financeiras. Em seu bairro vive Nico, um jovem de boa aparência que sempre fica a paquerando e que nem ao menos terminou os estudos. Um dia...