Capitulo IX

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O aniversário é meu, mas o presente é de vcs
Bjs na testa meus lindos.
—•••—
•5 meses depois•
Maria

Eu pensei que as dificuldades iriam passar, mas eu estava muito enganada. Fiz inúmeras entrevistas de emprego, mas não consegui nada. Hoje eu estava completando 6 meses de gestação, minha menina estava crescendo muito rápido, eu ja estava com a barriga bem avantajada. Meus seios haviam dobrado de tamanho, e as estrias haviam aparecido feito mágica. Com a falta de emprego eu tive que vender meu carro, e talvez eu aguente até o ano que vem. Eu ainda tenho os enjoos, pelo que entendi dependia de cada mulher o tempo que essa fase durava. Quando me olho no espelho tenho vontade de chorar, parece tudo tão desproporcional, parece que eu emagreci e depois engoli uma melancia.

Era dia de consulta, e eu ja estava sentada esperando para chamarem meu nome, notei os casais juntos, suspirei tristonha e acariciei a minha barriga, Liliana chutava muito forte, eu decidi dar o nome da minha mãe a ela, acredito que ela merecia uma homenagem dessas. Acariciei minha barriga inchada e tentei parar de pensar em uma solução para os meus problemas, e aproveitar o momento. Me chamaram e eu entrei no consultório.

Eu tirei algumas dúvidas e minha médica me alertou sobre o meu peso, se eu continuasse desse jeito ela teria que entrar com um remédio mais forte contra vômitos, ou eu ficaria desnutrida. Depois ela me levou para a maca onde o ultrassom era feito, ela explicou que Lilliana estava bem saudável, e na posição certa, pude respirar mais aliviada, se ela estava bem, nada mais importava.

Pude ouvir seu coração batendo, e meus olhos se encheram de lágrimas, ela era meu pequeno milagre, depois de ter se certificado que estava tudo realmente bem, a médica me dispensou.

Fui até a recepção para marcar a próxima consulta, entreguei o meu cartão do convênio a recepcionista e esperei ela fazer registrar tudo.

-Sinto muito, senhora. Mas aqui está dizendo que este cartão de convênio não esta mais válido.-Arregalei os olhos.

-Não pode ser!-eu soltei um grito.

-Mas senhora, o seu cartão do convênio está vencido, não podemos usar, terá que pagar com seu próprio dinheiro.

-M-Mas...-Estava tudo contado, para eu conseguir comprar o enxoval do bebê, o que eu faria agora?!

Comecei a mexer na minha bolsa, eu não podia fazer nada. Estava pegando a minha carteira quando ouvi uma mulher conversando com a recepcionista, ela tinha cabelos ruivos, e era muito bonita e elegante.

-Com licença, quanto custa?

-Não! Não precisa senhorita, muito obrigada, mas...-Eu tentei para-la. Mas ela me cortou.

-Não se preocupe.

-Custa 180 euros.-A recepcionista disse, ela tirou da carteira o dinheiro e entregou para ela. Eu fiquei ainda mais desesperada.

Ela saiu andando, e eu a segui.

-Por que fez isto?

-Por que parecia o certo.-Ela disse simplesmente, e estendeu a mão.-Giulliana Bertamontti.

-Maria Certtare.-Eu me apresentei e apertei a mão dela.-E-Eu vou pagar, eu juro...-Me odiei por estar gaguejando.

Ela me entregou um cartão com seu nome.

-Não é necessário, desculpe a intromissão, mas você tem emprego?-Por um momento tive esperanças, de talvez conseguir um emprego.

-N-Não...-Admiti.

-Me ligue assim que puder, acredito que posso te ajudar.-Ela disse sorrindo e saiu.

Apertei a alça da minha bolsa e suspirei. Fui andando até em casa, não era tão longe. Entrei na minha sala e tranquei a porta. Me deitei no sofá e peguei o cartão no meu bolso. Girei ele em meus dedos e pensei em ligar para ela.

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