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A partir daqui a narração fica somente por conta da autora 😉

Any olhava pra Poncho com admiração e amor, aprendera a amar aquele homem gentil e carinhoso que estava sempre ao lado dela.
Xavier: senhora Velasco? - chamou-a trazendo de volta a realidade - Vamos precisar fazer alguns exames, mas acho que posso dispensar o pulmonar. Pelo tanto que gritou ele parece muito bem. - sorriu ao se aproximar.
Any corou: desculpa, é que não gosto dele. - o rosto se retorceu em repulsa.
Xavier: e por que não? - ergueu uma sobrancelha - Você já o conhecia?
Any: não. - negou - Ele tentou abusar de mim quando estava em coma.
Xavier olhou pra Poncho: e como sabe disso?
Any: eu senti as mãos dele. - fez uma careta - Escutei o que ele falava e senti o cheiro dele.
Xavier: e por que não me avisou? Por que chamar o enfermeiro Herrera?
Any: porque confio nele, Poncho disse que me protegeria do outro lá.
Poncho estava aos pés da cama, somente ouvindo as explicações.
Xavier: e por que o chamou de Poncho e não Herrera como todos o chamam aqui?
Any olhou pra Poncho: porque ele disse uma vez, e uma moça com perfume doce e voz tranquila também o chamou assim.
Poncho sorriu: certo, agora já sabemos que a mocinha ouviu tudo ao seu redor durante essas duas semanas.
Any negou: não, só de alguns dias pra cá.
Xavier: Herrera,depois vamos conversar sobre Rodrigo. Agora, precisamos fazer os exames necessarios pra verificar algum tipo de sequela. - fez uma pausa - Quanto ao seu marido senhora Velasco... - foi interrompido.
Any: não, por favor, não avisa ele que eu acordei, por favor, não. - os olhos azuis assustados, as lágrimas já começavam a cair.
Xavier suspirou: Herrera, fique a vontade, faça a mágica de acalmar a senhora.
Poncho segurou a mão dela: calma pequena, ele não tem como saber. Fica calma. - passou uma mão pelos cabelos dela - Por que tá tão assustada?
Any: porque se ele me achar...vai me trancar de novo... e me bater de novo. - voltou a chorar - Não deixa ele entrar aqui.
Mas nem Poncho e nem Xavier prestavam mais atenção no que ela dizia.
Xavier: ele deve ter causado as fraturas antigas que ela possui. - falou pensativo - E seu pai senhorita?
Any: não, ele também não! - secando as lágrimas - A culpa é toda dele!
Poncho: por que? - tentando manter a calma, mesmo explodindo por dentro.
Any: porque foi ele que me vendeu pro Manuel. - a voz baixa, com vergonha do que dizia.
Xavier: céus! - exclamou horrorizado - Essa garota não tem ninguém!
Poncho acariciou o rosto dela: não precisa se preocupar mais com o seu marido, ele morreu no acidente.
Um alívio imediato se instalou em Any, poderia viver em paz agora.

Tu Voz Me DespiertaOnde histórias criam vida. Descubra agora