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Passou a noite acordada, esperando qualquer sinal de Poncho, mas ele não ligou, nem mesmo uma mensagem.
Ao amanhecer ficou atenta a chegada dele e de forma dolorosa percebeu que ao invés de ir a casa dela como sempre fazia, seguiu para a dele.
Any queria ir lá e gritar com ele por desistir tão fácil, por não entende-la, mas se deu conta que fora ela que cometera o erro, o mesmo erro que as ex mesquinhas e egoistas que ele teve e com sua instabilidade emocional não faria sentido procurá-lo, não pra voltarem a brigar.
Any: Dul, pode dar uma olhada na minha agenda e verificar se tenho algum cliente importante hoje, por favor. - pediu ansiosa por telefone.
Dul: hoje não Any, sua agenda tá tranquila, mas amanhã você tem 4 clientes. - fez uma pausa - Aconteceu alguma coisa?
Any: aconteceu sim Dul, aconteceu que sou uma burra, teimosa e egoísta. - bufou nervosa - Assim que puder eu te conto, mas hoje preciso do dia livre pra resolver um problema.
Dul: tá certo Any, vou cobrir você hoje e qualquer coisa é só me chamar.
Any: obrigada Dul.
Após desligar, Any se arrumou, pegou sua bolsa e saiu. Foi doloroso passar ao lado da casa de Poncho, saber que ele estava lá e não poder entrar para vê-lo.
Seguiu seu caminho ao endereço que constava no cartão e respirando fundo obrigou-se a entrar no elevador.
"É por Poncho e por mim" repetia em sua cabeça enquanto sentava no sofá preto de couro aguardando ser chamada.
XXX: pode entrar senhorita Puente. - a secretária indicou a porta.
Any: doutora Paulina. - chamou próximo a porta ainda.
Paulina: olá senhorita Puente. - levantou com um sorriso amigável - Entre e sente-se.
Any: obrigada.
Paulina: creio que possa te chamar de Anahi.
Any sorriu: Any seria melhor.
Paulina: ok Any, e como posso ajudá-la querida?

Tu Voz Me DespiertaOnde histórias criam vida. Descubra agora