Tu Voz Me Despierta

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Mai estava atrasada, Any andava de um lado ao outro na sala, esperando a amiga chegar.
Já passavam das oito da noite e Poncho tinha saído há cinco minutos para cumprir seu plantão.
O telefone tocou e mesmo com receio Any atendeu.
Any: alô? - a voz trêmula, com medo.
Mai: sou eu Any, o pneu do meu carro estourou e tive que parar pra trocá-lo, já tô quase chegando na sua casa.
Any suspirou aliviada: ainda bem Mai, eu não consigo mais ficar sozinha.
Mai: Tulia está aí?
Any: deitada na sala, me fazendo companhia, mas mesmo assim, tenho medo até de atender ao telefone.
Mai: aguenta mais um pouquinho.
Any: tá bom.
Cinco minutos se passaram após desligar o telefone e Tulia começou a latir, assustada, Any se levantou no exato momento em que a porta foi ao chão.
Any gritou assustada quando dois homens enormes entraram na sala, um agarrou-a pelo braço enquanto o outro jogou Tulia na cozinha fechando a porta.
Any se debatia nervosa e chorando, mas congelou ao ouvir a voz.
XXX: pensou que eu não ía me vingar pelo meu amigo?
Any: vo...você? - gaguejou, agora mais nervosa que antes.
XXX: vejo que não me esqueceu. - rindo cinicamente.
Any: o que quer de mim Derick?
Derick: terminar o que Velasco começou sua pequena vadia. - se aproximou dela - Se for uma vadia obediente, talvez eu seja mais bonzinho que meu amigo.
Any gritou: PREFIRO MORRER A TER QUE SUPORTAR VOCÊ!
Derick deu-lhe uma bofetada: grite mais uma vez comigo e vai implorar pra que Velasco estivesse vivo. - a voz cheia de ira - Levem-na para o carro agora, eu vou deixar um recadinho pro nosso amigo.
Os seguranças sairam e ele deixou sobre a mesa de centro o recado direcionado a Poncho.

Mai empurrou a porta e gritou horrorizada ao ver parte da sala destruida, ouviu Tulia chorar e correu pra cozinha com a esperança de que Any estivesse lá, mas a esperança morreu ao ver Tulia mancando e tão desesperada quanto ela.
Mai: céus, Poncho vai me matar! - conseguiu falar antes de cair num choro convulsivo.