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A semana passou tensa para todos, após o buquê, Any começou a receber chamadas anônimas e mudas, bilhetes deixados em sua casa, com a secretária do ateliê ou por e-mail. Todos dizendo basicamente a mesma coisa, que ela deveria voltar ao inferno em que vivia e que logo isso iria acontecer.
Poncho, preocupado com a segurança dela, criou um esquema entre os amigos pra que ela nunca ficasse sozinha, sempre alguém a levava ou buscava no trabalho e quando ele estava de plantão, um dos quatro amigos dormia na casa de Any.
Poncho: não fica assim princesa, nós já prestamos queixa na policia e eles já estão investigando e tem sempre um de nós por perto. - tentando acalmá-la após mais um bilhete.
Any: eu não sei amor, mas sinto algo ruim aqui. - apontou seu coração - Um aperto, uma angustia, eu tenho medo de passar por tudo aquilo de novo. - se agarrando mais a ele.
Poncho suspirou: não vai pequena, tudo vai ficar bem, eu prometo. - beijou a testa dela - Olha só, o que você acha de sairmos um pouco?
Any: pra onde? - perguntou curiosa.
Poncho sorriu: uma surpresa. Vai se arrumar, uma calça e blusinha tá ótimo!
Any sorriu: já volto. - animada pela primeira vez naquela semana.

No carro, Poncho colocou uma musica animada sabendo que Any logo começaria a cantar e se distrair, e realmente não demorou muito.
Quando Any percebeu onde estavam, seu sorriso abriu mais ainda, os olhos cintilando.
Any: um parque de diversões?
Poncho sorriu: com direito a roda gigante e algodão doce pra minha pequena princesa.
Não precisou falar mais nada, e nem conseguiu, Any o arrastou parque adentro, perdida entre os brinquedos.
Eles foram a roda gigante, montanha russa, a pedido dela no carrossel e muitos outros brinquedos.
Any estava feliz e relaxada e isso tranquilizou Poncho que se divertia ao vê-la tão radiante.
Poncho: tá gostando?
Any riu: tô amando! Só falta uma coisinha. - fez um biquinho.
Poncho sorriu: e o que é? - perguntou depois de roubar um selinho.
Any: uma maçã do amor bem grandona!
Poncho: então vamos realizar seu desejo!
Any: obrigada Poncho. - o abraçou e depois lhe dei um beijo.
Poncho: não precisa agradecer. - apertou a cintura dela - Pelo menos não aqui, em casa eu penso numa forma de você agradecer. - gargalhou quando ela começou a distribuir tapinhas no braço dele.
Any sorrindo: você é um safado senhor Herrera!
Poncho a abraçou de lado e foram comprar a maçã do amor que Any tanto queria.
Já era noite quando voltaram pra casa, exaustos, mas felizes. Tanto que não perceberam o carro preto do outro lado da rua.
XXX: vamos embora, semana que vem espero poder agir. - e o carro se afastou lentamente.

Tu Voz Me DespiertaOnde histórias criam vida. Descubra agora