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Any recebeu alta dois dias depois, Derrick estava preso e graças a algumas investigações particulares que Ruth estava pagando, muitas fraudes e problemas com a justiça em nome dele foram surgindo. Junto com o ato de sequestro e tentativa de homicídio, ele ficaria um bom tempo preso, sem nenhum tipo de regalia.
Ao chegarem na porta da casa, Any ficou atônita com o que viu.
Henrique encostado ao carro, braços cruzados e cara de poucos amigos.
Henrique: você me enganou! - gritou indo em direção a Poncho.
Poncho deu de ombros: um dia isso ía acontecer. A mesa virou Portilla.
Any olhou os dois atônita sem entender nada.
Henrique: eu passei a informação que você queria e quero o dinheiro que você prometeu!
Poncho sorriu cinico: eu não prometi nada, eu perguntei quanto você queria e coloquei o valor no cheque, só que não falei nada sobre deixar o dinheiro com você.
Henrique: você é um filho da...
Ruth: ei ei ei ei ei ei! -interrompeu-o - Nem pense em completar essa frase! O unico filho de algo que não preste aqui é você! Onde já se viu, cobrar pra fornecer informações que salvariam a vida da filha!
Henrique: por mim Derrick poderia por fim de uma vez, eu nunca quis uma filha. - falou com desdém.
Any: ÓTIMO! PORQUE EU NUNCA PEDI UM MONSTRO COMO PAI! - gritou furiosa - EU QUERO QUE VOCÊ SUMA DAQUI. AGORA!
Poncho: você ouviu Portilla. Ela quer que você desapareça. - caminhou em direção a Henrique.
Henrique: não saio daqui sem meu dinheiro. - apesar de sentir medo não sairia dali de mãos vazias.
Ruth: ah mais vai sim! A menos que queira apodrecer na prisão com Derrick por toda sonegação de impostos e fraudes em que seu nome consta.
Henrique: como? - perguntou atordoado.
Ruth: achei interessante investigar sua vida e não encontrei coisas boas a seu respeito. Só não o entreguei por respeito a Any, mas ela não parece se importar.
Any: não mesmo. Posso muito bem me desfazer do Portilla e carregar somente o Puente da minha mãe.
Henrique: ok, não precisamos chegar tão longe. - abriu a porta do carro - Eu posso viver bem com o que tenho.
Poncho: ótimo, então fora daqui e de nossas vidas antes que eu resolva ligar pra policia e incluir seu nome no inquérito.
Henrique rosnou baixo de raiva, entrou no carro e saiu cantando pneus.
Poncho abraçou Any e a levou pra dentro direto ao quarto, onde Tulia esperava deitada no tapete e com um pouquinho de esforço se levantou pra recebê-los alegremente.
Any: Tulia está bem?
Poncho: só a pata dianteira machucada, uma leve torção.
Any: menos mal. - acariciou a cabeça da cachorra que se apoiava nela.
Poncho: agora já pra cama, o doutor disse que ainda deveria ficar em repouso.
Any: mas Poncho! - reclamou manhosa.
Poncho sorriu: quietinha, me deixe te mimar um pouco.
Deu um leve beijo em seus labios antes de sair do quarto.

Tu Voz Me DespiertaOnde histórias criam vida. Descubra agora