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Any: pensei que você deveria estar cansado dos congelados durante esses quatro dias e vim trazer isso. - ergueu uma vasilha fazendo um aroma maravilhoso flutuar em volta de Poncho.
Poncho: Anahi, comida caseira não vai me subornar. - falou tentando conter o sorriso.
Any: bom...na verdade, preciso conversar com você também, acho que isso é mais uma bandeira branca pela guerra que eu provoquei.
Morrendo de saudades e sem poder se conter ao ver aqueles lindos olhos azuis, Poncho deu espaço pra que ela entrasse e seguiram para a cozinha.
Any afastou o prato de comida congelada e serviu o que levara a Poncho, esperou que ele comesse pra poder conversar.
Poncho sorriu: obrigado, estava maravilhoso o risoto.
Any sorriu de volta: que bom que minha bandeira branca foi bem aceita. - colocou o cabelo atrás da orelha - Poncho, eu...eu procurei uma terapeuta. - levantou a vista para olhá-lo, como ele se manteve calado, prosseguiu - Conversei com ela descobri que toda essa minha bipolaridade é por stress pós-traumático, ela me indicou uma outra medica e fiz alguns exames também. - disse nervosa.
Poncho: você tá bem pequena? Algo com sua saúde? - colocou a mão sobre a dela na mesa, visivelmente preocupado.
Any: a verdade é que descobri que existe outro motivo pra minha fase bipolar.
Poncho: o que é Any? - apertou a mão dela para dar confiança.
Any: descobri que esse motivo, é que...bem, eu...eu estou grávida. - os olhos encheram de lágrimas.
Poncho ficou estático, não conseguia entender mais nada, só sabia que tinha ouvido ela dizer que estava grávida.
Poncho: mas você disse...
Any o cortou furiosa: isso foi o que aquele monstro me fez acreditar! Eu nunca fui estéril, nunca tive problema algum!
Poncho: mas o médico te examinou e falou...você disse que sim...
Any: isso é o que vou descobrir amanhã quando for atrás daquele pilantra! - a determinação e raiva em sua voz.
Poncho se levantou e deu a volta a mesa, ficando de joelhos a frente dela.
Poncho: então você... nós...eu... - não conseguia completar a frase.
Any sorriu: é Poncho, eu vou ser mamãe, nós vamos ser papais, você vai ser papai.
Poncho continuou paralisado.
Any: mas se você não quiser mais voltar...
Dessa vez foi ela que não terminou a frase, sendo beijada com paixão, amor, carinho e devoção por Poncho.
Poncho: eu vou ser pai! - falou se afastando dela - EU VOU SER PAI! TE AMO PEQUENA! - gritava sem parar enquanto a rodava no ar.
Any gargalhava entre lágrimas de alivio e felicidade.
Poncho sorriu: vamos ter um bebê lindo! Lindo como a mãe! - se ajoelhou ficando a altura da barriga dela - E você bebê, não sei ainda se é meu campeão ou minha florzinha, mas saiba que vai ser muito, muito amado bebê, vou te encher de mimos e ser o melhor pai que eu puder ser. - a voz embargada pelo choro contido.
Any afagava os cabelos negro do homem amado, emocionada por cada palavra proferida.

Tu Voz Me DespiertaOnde histórias criam vida. Descubra agora