Capítulo 15 - Apartamento

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Finalmente aqueles corpos haviam se consumido com paixão e desejo, se completaram, se uniram. Tudo era diferente aos olhos deles, agora, apesar de não terem certeza disso até então. Ambos trataram de levar a vida como sempre, sem deixar transparecer que o erro estava feito e que a consumação era um fato, mas começavam a deixar rastros.

Até mesmo o maior mentiroso de Seattle parecia estar em problemas. Horas depois de estar com Cassie, presenciou uma Carla feliz por estar em casa, mas, também, fogosa e sedenta do próprio marido. Fazia certo tempo desde a última vez e ele não a procurou durante a viagem, mas a loira estava disposta à mudar isso, quando saiu do banheiro de toalha e a deixou cair, como em um filme de Hollywood. Ela tem um sorriso ardente e o corpo espetacular, que sempre chamou sua atenção.


"O que quer?", Adrian fechou o notebook e observou seu corpo.

"Não parece óbvio?", revirou os olhos com deboche e riu. "Eu sou sua esposa, me tome!"

"Venha até mim e será exatamente isso que farei."

"Eu não irei."

"Certo."


Ele se levantou e deu a volta na cama, indo até ela, jogando-a na mesma. Ela riu e afastou as pernas, observando-o tirar a camisa, a calça e mergulhar em seu corpo. Os dois começaram a se beijar e não demorou muito para que Adrian sentisse sua mulher totalmente excitada, encostando e esfregando o sexo sobre sua cueca. Carla sabia se mover e seduzí-lo com excelência, mas não naquele momento. Não naquela transa.

Algo estava diferente. Apesar das investidas da loira, ele não conseguia prosseguir no jogo dela. Algo falhava em seu interior... E em seu membro. Homens falham e é um fato certo, mas poucas vezes isso havia assombrado sua vida e parecera que isso estava batendo em sua porta, no momento. "Isso não pode estar acontecendo. Não comigo! Vamos, funcione.", mas estava dando errado. A lembrança da última frase que disse para Cassie o perturbou. Se ela estava desafiada à esperar o próximo orgasmo com ele, parece que o corpo dele estava se preparando para o mesmo.

Ele não poderia esperar para sempre. Aqueles beijos e toques fortes não durariam a noite toda e, para ele, seria vergonhoso dar o próximo passo e que ela notasse o problema. Adrian precisava pensar rápido e pelo visto, essa qualidade ainda estava funcionando, ao menos.


"Querida... Querida, ouça.", Carla beijava seu pescoço enquanto ele tinha as mãos em seus braços.

"Adrian, não quero ouvir nada a não ser um gemido pedindo por misericórdia.", sorriu, arranhando seu peitoral.

"Antes...", fez uma pausa, medindo suas palavras. "Sua mãe está no quarto ao lado, por que a colocou tão perto?"

"O que?", franziu o cenho. "Talvez porque pensei que ela fosse precisar de mim. Acha que deveria transferí-la de quarto, amanhã?"

"Talvez ela realmente precise de você e você não a checou antes de dormir. E também...", levou uma mão ao cabelo, jogando-o para trás. "Nós vamos acordá-la, sabe como podemos ser escandalosos."

Carla cruzou os braços e o fitou por um momento. Esse, que parecera crucial para ele, já que precisava que sua mentira fosse aprovada, sem que ela notasse nada errado à sua volta. Os traços de Adrian pareciam convincentes e seguros o suficiente, que a fez ceder. Ela deslizou para o lado e ele se deitou, observando-a se trocar. Podia respirar fundo, pois havia conseguido terminar com sucesso.

"Espero que mamãe se recupere logo. Mal posso esperar para ser escandalosa com você."

"Eu também, querida. Eu também..."

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