Capítulo 24 - Segurança

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A recuperação de Adrian estava dentro do estipulado e correndo melhor do que esperavam, visto que ele já não é tão jovem assim. Seu fígado estava com mais da metade da regeneração concluída, mas ainda requeria descanso e cuidados. Todo seu trabalho era feito em casa, de forma compacta. Ele precisava se manter calmo e longe de preocupações, assim que apenas lhe chegavam papéis para assinar depois de passar por uma junta de empresários e advogados, livrando-o do estresse de altas decisões. 

Carla vetou qualquer visita senão os próprios familiares ou seguranças, mantendo o esquema do hospital. Adrian tentou enfrentá-la por alguns dias e até se negou a conversar com ela senão retirasse a ordem, mas assim que conseguiu falar com Cassie, a mesma fez seu melhor para tranquilizá-lo, argumentando que não seria bom os dois estarem juntos sob o mesmo teto onde ele é o marido de outra mulher. Apesar da saudade e da ânsia em se verem, acabaram por concordar com isso. 

Cassie lhe mandava mensagens e ligava todos os dias, desejando saber cada passo da recuperação e a fim de reduzir a distância entre os dois. Ele havia lhe mandado um celular no momento que conseguiu falar com Thomas, à sós. Os pertences de Cassie, dentro da mochila, permaneceram no galpão e, consequentemente, usados como evidência no crime, estando retidos pela polícia.

Menos pálido e se aproveitando de que Carla havia retomado seus compromissos e voltara às aulas de tênis, após o horário em que controlava sua empresa, Adrian chamou a garota através de uma videoconferência, a qual eles vinham usando desde o primeiro dia. Entretanto, esse era primeiro dia para se falarem com calma e na visão do moreno, era motivo para comemorar. 

A tarde estava um pouco ensolarada, entre algumas nuvens, que já indicavam que a noite não demorara tanto a vir. A garota ainda não havia retornado à faculdade e passava seus dias trancada em casa. Qualquer ligação era um motivo de festa pois indicava apenas algo: era ele. Apenas ele tinha aquele número e o toque era tão alto e estridente como seu próprio coração quando o ouvia.


"Oi!", sentou-se rápido, apertando o botão para vê-lo. 

"Olá...", sorriu e admirou-a. Era notável o que ele estava fazendo.

"Pare de me olhar desse jeito, eu pareço até bonita, assim.", abaixou as sobrancelhas, fingindo sinal de desaprovação e arrumando a blusa justa que trazia ao corpo.

"Você é. Não precisa se arrumar para que eu a veja. Devo lembrá-la que já vi o que há debaixo disso.", seu rosto estava travesso, um humor brincava nos seus lábios, outra vez.

"Adrian!", arregalou os olhos e soltou uma gargalhada como não fizera há algum tempo.

"Eu não estou mentindo. Aliás, eu tenho saudades de ver o que há embaixo desses panos, você poderia fazer algo sobre isso algum dia desses...", riu também ao se contagiar pela sua garota.

"Não!", seu queixo estava caído, entre risadas, demonstrando sua surpresa.

"Vamos... Eu sou um pobre homem doente, não é bonito me negar coisas!", pressionou os lábios, fazendo bico e mandando um beijo depois.

"Você é horrível! Um pervertido.", apontou a tela, descendo-a um pouco para mostrar seu decote, retornando logo depois. "Mas, ainda assim, é o meu pervertido."

"Porra! Eles cresceram ou o quê?", seus olhos estavam grandes e concentrados nos seios empinados e duros da garota. "Você pode me dar mais que isso."

"Está falando sério? Isso é tipo... Um desejo real? Me ver sem poder tocar?", debochou.

"É muito real. Eu sinto que estou virando pó longe de possuir seu corpo durante esse tempo todo.", rebateu.

A AmanteOnde histórias criam vida. Descubra agora