39.Os Perdedores (Em revisão)

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Ajudei alguns soldados a colocar os corpos em algumas carroças para que pudessemos levá-los de volta para a muralha Rose.

Quando fui falar com Erwin percebi que um certo soldado estava reclamando com ele.
O soldado dizia que ele tinha a obrigação de ir atrás do corpo do seu amigo que foi morto.

Me aproximei devagar e disse:

-Erwin, todos os cadáveres já estão nas carroças.

-Não! Ainda falta o meu amigo, não podemos ir sem ele!!-O soldado disse num tom de raiva.

-Os cadáveres não se incomodam de serem deixados para trás. Vamos embora!!-Erwin ordenou e todos os soldados assumiram a sua posição.

O caminho estava bem tranquilo e não tinhamos nos encontrado com nenhum titã.
De repente o chão parecia tremer, olhei para trás e ví um titã indo atrás de dois soldados.

-Mais como foi que esse titã chegou aqui? E bem nessa área?-Perguntei ao Erwin.

-Aquele soldado foi atrás do amigo e atraiu o titã para a formação.-Ele respondeu.

O titã estava se aproximando das carroças em que estavam os cadáveres. A velocidade em que eles estavam não ia ser suficiente para os soldados escaparem.
Rivaille deixa sua posição e vai para o fim da formação.

Continuei olhando para trás e vi que ele disse algo para os soldados. De repente todos os cadáveres foram jogados para fora das carroças.

A velocidade das carroças aumentou e os corpos que foram jogados fizeram o titã desacelerar.

Esse imprevisto só piorou tudo. Imagino a cena de todos nós voltando derrotados e ainda por cima, sem os corpos dos falecidos.

Chegamos até a muralha e fomos recebidos por muitas pessoas. A maioria estava feliz, mas logo todos entenderam o que estava acontecendo.
Dezenas de soldados feridos e outros quase morrendo.
Os cadáveres haviam sido deixados para trás.

Um homem apareceu e foi na direção do Rivaille. Ele estava conversando amigavelmente, parecia que não sabia o que estava realmente acontecendo.
Me aproximei dos dois para saber sobre o que aquele homem estava falando.

-Então Cabo Rivaille, a minha filha Petra sempre quis entrar para o seu esquadrão. Nossa, ela nem faz idéia do quanto eu me preocupo.-Ele disse.

Rivaille não dizia nada. Apenas continuava seguindo o caminho como se nada estivesse acontecendo.
Uma hora o pai de Petra parou e olhou para trás.

-Onde está minha filha?-Ele perguntou.

Nesse momento resolvi ir falar com ele, afinal ele teria que saber o que tinha acontecido com a filha.

-Então você é o pai da Petra, certo?-Pergunto à ele.

-Sim. Você sabe onde ela está?-Ele pergunta preocupado.

-Infelizmente eu sei.

-Como assim "infelizmente"?

Abaixo minha cabeça e fecho os olhos por alguns segundos. Volto a olhar para o pai da Petra e vejo que ele está no chão, chorando. Ele entendeu o que havia acontecido.

-Obrigada por ter falado para ele, eu não sou bom nessas coisas.-Rivaille sussurou em meu ouvido.

Assenti com a cabeça e voltei para a minha posição.

Depois de um tempo Fanz chegou perto de mim e disse:

-Eu não acredito nisso, como é possível que tanta coisa ruim esteja acontecendo?

-Se acalme Fanz, nós não podiamos fazer nada além de seguir as ordens. Erwin vai saber o que fazer.-Digo.

-Você tem certeza disso?-Ele questiona.

-Não, eu não tenho. Mas essa é a única coisa que posso fazer. Temos que confiar nele.

Fanz fica cabisbaixo, mas ele não é o único que está assim. Todos os soldados esperam algo do Erwin. Esperam que ele resolva tudo, assim como sempre faz.

Mas desta vez, sinto que ele não vai conseguir fazer tudo sozinho...

A Garota do Distrito Subterrâneo (Em revisão!!)Onde histórias criam vida. Descubra agora