53.Recolhendo Informações (Em revisão)

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2 dias depois

A noite caiu rápido sobre o alojamento, mal pude ver quando o sol finalmente se foi.
Acho que de todas as loucuras que já fiz, a que irei fazer agora está entre as mais insanas.

Me aproximo do castelo e ativo o DIM em duas árvores, indo para o teto e andando até encontrar a biblioteca, que se destacava por ter uma parte do teto com vidro.
Olho em volta e vejo se há algum sinal de gente mas para minha sorte, não havia ninguém lá dentro e nem nos arredores.

Tento abrir o vidro várias vezes mas sem sucesso, e isso acaba me irritando bastante, até chego ao ponto de quase desistir.
Mas então me lembro de um recurso que o DIM possui.

Ele tem um tipo de mini alavanca na parte de baixo que quando ativada solta uma reserva de gás muito forte, que só deveria ser usada em casos de emergência.

Olho novamente em volta e posiciono a válvula perto das trincas do vidro. Em menos de um segundo uma grande quantidade de gás se chocou contra o vidro e ele abriu quase que no mesmo instante.
Fecho rapidamente válvula e fico quieta por um tempo. Só tenho uma chance, não pode haver erros.

Pego um dos "ganchos" do DIM e prendo na parte metálica do vidro enquanto agarro a parte redonda do dispositivo e aos poucos vou descendo a linha.
Ao chegar ao chão coloco o DIM atrás de uma cortina, que por acaso, também escondia parte da linha que estava presa ao vidro.

Começo a olhar em volta até que finalmente acho um lampião mas estava apagado. Pego uma das tochas que pouco iluminavam a rústica parede e reacendo o lampião.

Ando pela espaçosa biblioteca com um certo medo de me perder em meio a tantos livros e estantes.
Chego até a sessão de mapas e puxo alguns rolos. Estava ficando difícil ler qualquer coisa, mesmo assim, continuei procurando até que achei um mapa que estava escrito "Grupo Exploratório Temporário".

Tentei achar o canto mais isolado da biblioteca e ao encontrar me sentei no chão e comecei a desenrolar o pergaminho, que por sinal, ainda estava novo.
Não havia muita coisa além de estar incompleto.
Ele só mostrava a rota que iriamos seguir para sair das muralhas, que era passando pela região de Shinganshina.

Fiquei me perguntando o porquê de terem escolhido uma área tão perigosa, nem mesmo eu que estou na tropa há anos não tenho chance de passar por isso sem ao menos perder uma perna.

A grande e velha porta de madeira faz um rangido alto e claro que faz meu coração parar.
Enrolo o mais rápido possível o pergaminho e o coloco de volta em seu lugar.

Apago o lampião e tento voltar para o lugar aonde deixei o dispositivo. Mas ao me aproximar vi uma sombra andar em minha direção em passos lentos, parecia não ter sentido minha presença, por enquanto.

Tento respirar o mínimo possível, me escondendo sobre as grandes estantes que quase iam até o teto.
A sombra se aproximava ainda mais e meu tempo parecia estar se esgotando.

Olho para trás e vejo que fui parar em um corredor sem saída, a pessoa poderia me encontrar tanto pela minha respiração quanto pelas batidas do meu coração que estavam muito altas.

Então olho para cima e tento escalar uma das estantes que estava com uma falta de livros algumas partes. Essa seria minha última chance de escapar.

Subo cuidadosamente ainda com receio de que a estante poderia não aguentar meu peso e cair de uma vez, e ai sim, eu estaria ferrada.

Consigo subir mas acabo derrubando um livro o que faz a pessoa parar de andar e meus ossos congelarem.
Tento ir o mais depressa mas ao mesmo tempo com cuidado para o chão do outro lado.

E o pior era que a madeira do chão parecia rangir mais do que a própria porta velha, o que me impedia de sair correndo.
Saio do corredor ainda vendo a sombra mas ao longe escuto mais passos e vozes vindo para a biblioteca mas dessa vez eram muitas pessoas.

Corro para o dispositivo tentando fazer com que subisse o mais silenciosamente possível e conforme subia as sombras apareciam por debaixo da porta.

Consigo apoiar a perna no vidro e me escondo no telhado puxando o equipamento contra meu corpo.
Não me arrisco a olhar pelo vidro e nem em tentar fechá-lo.
Saio daquele lugar o mais rápido possível, esperando que ninguém tenha me visto e muito menos me seguido.

A Garota do Distrito Subterrâneo (Em revisão!!)Onde histórias criam vida. Descubra agora